Repertório de Maria Valejo
Bati à porta da vida
Para pedir um lugar
A dor abriu-me em seguida
A dor abriu-me em seguida
Dizendo, podes entrar
Disse adeus ao meu natal
Disse adeus ao meu natal
E entrei de olhos risonhos
Trazia por enxoval
Trazia por enxoval
Um baú cheio de sonhos
Estranha pousada
Estranha pousada
Sem luz nem repouso
Destino maldoso
Destino maldoso
Que um fado talhou
Gastei os meus olhos
Gastei os meus olhos
Perdi-me de mim
Não sei donde vim
Não sei donde vim
Nem sei onde vou
Paguei a estadia
Paguei o amor
Paguei o favor
Paguei o favor
De ser desgraçada
Paguei a alegria
Paguei a alegria
Pequena e mesquinha
Gastei quanto tinha
Gastei quanto tinha
E fiquei sem nada
Meu viver é vida morta
Meu viver é vida morta
Que anseia por liberdade
Para ir de porta em porta
Para ir de porta em porta
Matar a minha saudade
Eu quero ser uma escrava
Eu quero ser uma escrava
E não mais te pertencer
Se até na vida se paga
Se até na vida se paga
Licença, para viver