Repertório de Amélia Muge
Passou um mosquito, mordeu-me no olho
Não vi a lagarta, comi o repolho
Comi a lagarta que o repolho tinha
E disse à lagarta que a couve era minha
E a lagartinha deu-me uma resposta
E eu não repito, que você não gosta
O raio da lagarta tão mal se portou
Um raio que a parta, tanto me enojou
Comi a lagarta, fiquei enjoada
Mordeu-me o mosquito e não vejo nada
Vejo agora ali aquilo que eu queria
Vi o que já vi, que é da minha tia
É o seu burrico que passa na estrada
Aqui já não fico, vou nele montada
Burro sem ser burro, burro sem burrice
Burro inteligente, que grande chatice
Sem andar prá frente, nem andar p’ra trás
Apanhou-me rente, deu um coice… zás
E disse à lagarta que a couve era minha
E a lagartinha deu-me uma resposta
E eu não repito, que você não gosta
O raio da lagarta tão mal se portou
Um raio que a parta, tanto me enojou
Comi a lagarta, fiquei enjoada
Mordeu-me o mosquito e não vejo nada
Vejo agora ali aquilo que eu queria
Vi o que já vi, que é da minha tia
É o seu burrico que passa na estrada
Aqui já não fico, vou nele montada
Burro sem ser burro, burro sem burrice
Burro inteligente, que grande chatice
Sem andar prá frente, nem andar p’ra trás
Apanhou-me rente, deu um coice… zás