Repertório
de Carlos Leitão
Na distância que me deixa sem te ver
Há a saudade a sufocar-me sem gritar
O sangue quer correr, mas já não corre
O dia quer morrer, mas já não morre
Porque ao cantar
Seremos sempre a sede eterna
Do meu corpo por te amar
Não sei ser apenas eu
Escreverei as cartas vãs em alma nua
Não sei ser apenas eu
A chuva certa e o teu nome pela rua
E como não sei ser apenas eu
Deixa-me a distância, meu amor
Pois só assim
Te sei mentir como estou bem
Chorar-te o meu sorriso
Como se fosse preciso
Chamar-te amor
Como não sei chamar a mais ninguém