José
Fernandes Castro / Ferrer Trindade *lisboa*
Repertório de Manuel Delindro
Guitarras,
soltem a voz
E
dizei o que sentis
No
peito de todos nós
Pulsa
melhor o país
Soltem
também o gemido
Que
se tornou numa prece
Assim,
o amor sofrido
Sorri
e desaparece
Uma cigarra, uma guitarra
triste
Tocando sentimento
Ao
sol dum dia novo
Uma guitarra, qual grito
que persiste
Para que a voz do vento
Possa dar voz ao povo
E quando a dor vier depor a
mágoa
Meus olhos rasos de água
Terão um tom magoado
Velhas guitarras
Velhas amigas da minha
saudade
Façam cantigas de
felicidade
P’ra que meu sonho seja
fado
Soltem
a cor do ciúme
Nos
versos duma saudade
Tornando
melhor, o lume
Que
provém da tempestade
Guitarras,
boas amigas
Companheiras
dedicadas
O
sal das vossas cantigas
Dá tempero às madrugadas