Fernando Teles / Alfredo Duarte *marcha do marceneiro*
Repertório de Alfredo Marceneiro
Foi na velha Mouraria
De ruas tristes, escuras
Bairro antigo de mistério
Que sorrindo de alegria
Ou chorando desventuras
Teve o fado o seu império
Quando passo à Mouraria
Em noite de chuva e vento / Que é quando a tristeza impera
Todo o meu sangue se esfria
Se penso no sofrimento / Do Custódio p'la Severa
É que esse pobre aleijado
Tendo no peito a fibra / Da raça sentimental
Era por ela mandado
Tinha de ir beijar a mão / Ao fidalgo, seu rival
Dos seus lábios sensuais
Um beijo voluptuoso / Nunca o Custódio acolheu
Por isso, ele sofreu mais
Do que o próprio Vimioso / Quando a Severa morreu