Repertório de Cristina Branco
De que túnel, de que árvore
De que tero de remorso
De que rasura do vento;
De que núpcias de que mármore
De que frestas, de que pórtico
Saíste neste momento
Para que praia, que porto
Que fugitiva garupa
Que torre desconhecida
Que mãos, que braços, que rosto
Que tempestade difusa
Que mãos, que braços, que rosto
Que tempestade difusa
Te encontras já de partida
Não és de nenhum sossego
Vives no cume do ser
Não és de nenhum sossego
Vives no cume do ser
Nas fronteiras do devir
E assim me tornas eu mesma
Entre nascer e morrer
E assim me tornas eu mesma
Entre nascer e morrer
Entre chegar e partir