Letra
e música José da Câmara e Daniel Gouveia
Repertório
de José da Câmara
Quando
crianças, entre um berlinde e um pião
Eis
que bate o coração, em contra-danças
Saltando
à corda, acorda o primeiro amor
Pintado
a lápis de cor, cor de esperanças;
Num
dó, ré, mi, sai na vozinha insegura
Aquela
frase tão pura: gosto de ti
Sendo a paixão uma
coisa que mata
E que maltrata
E que maltrata
E que maltrata
Há o cuidado de nos
defender
P’ra não sofrer
P’ra não sofrer
P’ra não sofrer
Nunca esquecendo que
o melhor segredo
É não ter medo
É não ter medo
É não ter medo
Olhos nos olhos, vou
perguntar
Queres namorar
Queres namorar?
Queres namorar?
Mais
crescidinhos, calam-se as bocas coladas
Falam
as mãos apressadas noutros caminhos
Os
anos correm, fazem-se planos futuros
Sem
capital mas com juros, já casadinhos;
E
o que era a dois, faz que apareça mais gente
Que
deita nova semente, tempos depois
Sorrindo
aos netos com a manta nos joelhos
Eis
que chegaram a velhos, velhos afetos
Dois
anciãos, mas as mãos já engelhadas
Continuam
enlaçadas, cheias de nós;
Como
eram lindos com o seu ar namoradeiro
Um caso de amor inteiro, os meus avós