António
Tavares Teles / Carlos da Maia
Repertório
de Carlos Zel
Viela
é rua de fado
Rua
estreita sem um lado
Quase
um beco de tão estreita
Rua
sem sol todo o dia
Rua
escura, rua fria
Com
olhar de quem não se deita
Rua
encostada a uma esquina
Que
a petróleo se ilumina / Sendo
afinal banais
Mas
à luz de um candeeiro
Até
o dia é primeiro / Até
a noite é demais
Por
isso é fado a viela
Porque
à luz de uma candeia / Mesmo
a dor é menos triste
É
uma doce melopeia
Acompanhada
à viola / E
à guitarra pelo fadista
Viela
é rua de fado
Rua
estreita sem um lado / Quase
um beco de tão estreita
Onde o fado é voz da gente
Quem não cala não consente / Canta o fado e não se deita
Onde o fado é voz da gente
Quem não cala não consente / Canta o fado e não se deita