Rui Filipe / Johnny Galvão
Repertório de Rosa Negra
O meu fado é a luz que me orienta
Na penumbra do lamento
O meu fado é a voz do sentimento
Sofrimento que se inventa
Ai a vida vai... ai a vida vem
Ás vezes vai ao fundo
Ai a vida tem... pena de ninguém
Que a pena é de todo o mundo
Ás vezes vai ao fundo
Ai a vida tem... pena de ninguém
Que a pena é de todo o mundo
O meu fado já não é aquele fado
Como era antigamente
Minha alma sente que tem um passado
Mas que vive no presente
Vou na dança do meu fado
Que me leva a todo o lado e me faz sentir mulher
E se não balanço a quatro
Vai a dois ou vai de lado, sem ter medo de sofrer
E a voz sempre embargada
Da saudade e da guitarra
Esta rima vai mudar minha sina assassinada
Vou na dança do meu fado
Que me leva a todo o lado e me faz sentir mulher
E a sorte que é malvada
Há-de vir o dia que se vai arrepender
Trago no me peito o fogo do lamento
Sangue da minha cultura
Tenho um gesto a preto e branco que herdei
Mas tenho uma cor mais pura
Tanto mar de compaixão
Navegando, navegado de queixumes, de gemer
Mas quem tem um coração
Vai poder cantar o fado mesmo sem o conhecer