Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO apadrinhado pelo mestre RODRIGO

*CLIQUE e OIÇA*

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AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
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ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO - - -
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
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Nasceu campino

Carlos Conde / Alfredo Correeiro *marcha do correeiro*
Repertório de Raúl Pereira

Enquanto o moço campino
Cercava toiro por toiro
Sem a força de aguilhões
O sol escorria a pino
A sua poalha de oiro
Nas lezírias de Pegões

Á tarde, já quando o gado / De pinta, raça e nobreza
Ruminava lentamente
O curro estava marcado / P’ra toirada a portuguesa

Na Praça de Benavente

Domingo, após a corrida / Exaltaram-lhe o valor
No oiro de uma medalha
E foi, durante uma vida / O mais fiel seguidor
Do Van-Zeller e do Palha

Hoje, apesar de velhinho / Ainda teima em ser escravo
Da saudade em que delira
Encontrei-o á bocadinho / Á porta do *Gado Bravo*
Em Vila Franca de Xira


Ainda comentando a letra acima transcrita, há nela uma daquelas intenções que
consoante a subtileza do cantador, podia ludibriar o censor de serviço e, ainda hoje, 
levar o leitor/ouvinte a considerar este fado, paradoxalmente, «de esquerda» ou «de direita». 
Repare-se nos versos

«Hoje, apesar de velhinho
Inda teima em ser escravo
Da saudade em que delira

Informação trancrita do livro*Poetas da Fado-Tradicional* de
Daniel Gouveia e Francisco Mendes