Não navega a carcaça nunca mais
A morte são destroços sem retorno
Mil milhas navegou a favor e contra o vento
Muitas vidas salvou porque não recusou
No azul velas brancas tão heróicas
Na solidão de agora se apodrecem
Brancura de batalhas muito estóicas
São lágrimas que os risos nunca esquecem
Madeira enegrecida nas ondas do sargaço
Ossada ressequida, um corpo teve vida
Fora das rotas nada mais lhe resta
Das barcaças em rumo, nem adeus
Relembra então no molho em fim de festa
As memórias dos sonhos que eram seus
O jovem não entende, há nas almas destreza
Uma luz quando acende, brilhante, incandescente