Repertório de Rodrigo
Aquela velha fragata
Abandonada no cais
É imagem que retrata
Algo que não volta mais
Tão velha como o arrais
Que a contempla entristecido
E á noite, chora no cais
Saudades do rio perdido
Velha fragata
Que a contempla entristecido
E á noite, chora no cais
Saudades do rio perdido
Velha fragata
Que o tempo mata, presa no cais
Sem reforma que os sustente
No pior dos temporais
Vão morrendo lentamente
A fragata e o arrais
Já não te vejo
Enfeitar o Tejo com teu arrais
As tuas velas
Outrora belas, cheias de vento
Pareciam aves em voos suaves
Rasgando o tempo
Ao sol, á chuva e ao frio
Tempestades e infernos
Na rude faina do rio
Lutaram setenta invernos
Ao sol, á chuva e ao frio
Tempestades e infernos
Na rude faina do rio
Lutaram setenta invernos
Sem reforma que os sustente
No pior dos temporais
Vão morrendo lentamente
A fragata e o arrais