Repertório de Alfredo Guedes
Criança, verbo para começar
A ouvir e a falar... o vento
Criança, asa nova de partida
Para a viagem da vida... no tempo
Teus olhos duas meigas abelhinhas
Nos favos das adivinhas... de mel
Sonhando que o fel é sempre doce
Como se o fel não fosse... de fel
Sementes
Em seara de ilusão
Deixa-as o homem no chão
Para o vento dispersar
Tão fortes
Deixa-as o homem no chão
Para o vento dispersar
Tão fortes
Que mesmo assim pequeninas
Rompem raízes sozinhas
Que ninguém pode arrancar
Criança, pensamento renovado
De quem vive acorrentado... ao cais
Esperança que se faz pela revolta
Desse tempo que não volta... jamais
Mãozitas com destinos sem fronteiras
Amarradas nas barreiras... tão cedo
Brincando aos soldadinhos de guerra
Por entre as grades da terra... sem medo
Rompem raízes sozinhas
Que ninguém pode arrancar
Criança, pensamento renovado
De quem vive acorrentado... ao cais
Esperança que se faz pela revolta
Desse tempo que não volta... jamais
Mãozitas com destinos sem fronteiras
Amarradas nas barreiras... tão cedo
Brincando aos soldadinhos de guerra
Por entre as grades da terra... sem medo