Repertório de Amália
Mar de mágoa sem marés
Onde não há sinal de qualquer porto
De lés a lés o céu é cor de cinza
E o mundo desconforto
No quadrante deste mar que vai rasgando
Horizontes sempre iguais à minha frente
Há um sonho agonizando
No quadrante deste mar que vai rasgando
Horizontes sempre iguais à minha frente
Há um sonho agonizando
Lentamente, tristemente
Mãos e braços, para quê?
E para quê, os meus cinco sentidos?
Se a gente não se abraça e não se vê
Mãos e braços, para quê?
E para quê, os meus cinco sentidos?
Se a gente não se abraça e não se vê
Ambos perdidos
Nau da vida que me leva
Nau da vida que me leva
Naufragando em mar de treva
Com meus sonhos de menina...
Com meus sonhos de menina...
Triste sina
Pelas rochas se quebrou
E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
Pelas rochas se quebrou
E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
A desfazer-se em bruma
No meu jeito de sorrir ficou vincada
A tristeza, de por ti não ser beijada
Meu senhor de todo o sempre
No meu jeito de sorrir ficou vincada
A tristeza, de por ti não ser beijada
Meu senhor de todo o sempre
Sendo tudo, não és nada