Repertório de Joaquim Pimentel
Na cela do seu convento
Rodeada de roseiras
Onde entrara nova ainda;
Sem um ai, sem um lamento
Entre tantas lindas freiras
Morrera a freira mais linda
Era tida como santa
A sua graça era tanta
E simples o seu sentir
Que no seu cárcere deitada
A freira santificada
Que no seu cárcere deitada
A freira santificada
Levava a vida a sorrir
A todas dizia ela
Que nunca amara na vida
Que nunca amara na vida
Homem algum, pelo visto
Sózinha na sua cela
Em orações recolhida
Sózinha na sua cela
Em orações recolhida
Apenas amara Cristo
Logo que a freira morreu
E a Abadessa apareceu
Logo que a freira morreu
E a Abadessa apareceu
Para em tais termos dizer
Ponham-lhe nas mãos, em cruz
A medalha de Jesus
Ponham-lhe nas mãos, em cruz
A medalha de Jesus
Que ela beijou ao morrer
Mas quando uma freira absorta
Acercando-se da morta
Mas quando uma freira absorta
Acercando-se da morta
Nessa medalha pegou
Pôs-se a gritar: Deus nos valha
Não é de Cristo a medalha
Pôs-se a gritar: Deus nos valha
Não é de Cristo a medalha
Mas do homem que ela amou
A estrofe assinalada a vermelho não faz parte
A estrofe assinalada a vermelho não faz parte
da gravação do Joaquim Pimentel