J. Serrano / Júlio Proença (puxavante c(versículo)
Repertório de Nuno de Aguiar
Troçaste dela, porquê / diz-me porém
Troçar é do teu agrado / e não do meu
Ela finge que não vê / e entende bem
Porque é feliz a meu lado / como eu
Só quem te conhece bem / como eu conheço
Na tua maldade crê / e na intenção
Não negues porque vi bem / e não mereço
Troçaste dela, porquê / sem ter razão
Troçaste só por me ver / um certo dia
A passar com ela ao lado / ternamente
És a mesma até morrer / tua magia
Troçar é do teu agrado / infelizmente
O passado é folha morta / que revive
Por teu defeito rever / e a tua imagem
Tua causa pouca importa / pois não vive
Ela finge que não vê / embora veja
Ela sorriu para mim / enternecida
Dizendo ter perdoado / mas porém
Como vês, ela é assim / na minha vida
Porque é feliz a meu lado / e eu sou também
Improviso ao desafio
Carlos Conde / Várias músicas com direitos reservados
Repertório de Fernando Maurício e Francisco Martinho
FADO MOURARIA (popular)
Martinho, se és meu amigo
E o fado não te afadiga
Vem daí cantar comigo
Um despique à moda antiga
FADO MENOR (popular)
Contigo, amigo Maurício
Cantarei com muito agrado
Nunca o fado é sacrifício
Quando se gosta do fado
FADO HELENA de Casimiro Ramos
Já que és fadista eleito
Do fado triste e dolente
Vamos cantar a preceito
Mas naquele mesmo jeito
Do fado de antigamente
FADO ZÉ NEGRO de Francisco José Marques
Fadista também tu és
Da cabeça até aos pés
E altamente consagrado
Porém, se o fado é do povo
Tanto faz ser velho ou novo
O que é preciso é ser fado
FADO ALBERTO de Miguel Ramos
Cantar o rigoroso faz lembrar
Aquele orgulho nobre, aquele brio
Que havia nas cantigas a atirar
Nos motes de improviso ao desafio
ALEXANDRINO DO JOAQUIM CAMPOS
Temos ambos razão, mas p’ra irmos além
De falsas discussões ou de meras conquistas
Não basta só cantar, é preciso erguer bem
A grandeza do fado e a honra dos fadistas
Repertório de Fernando Maurício e Francisco Martinho
FADO MOURARIA (popular)
Martinho, se és meu amigo
E o fado não te afadiga
Vem daí cantar comigo
Um despique à moda antiga
FADO MENOR (popular)
Contigo, amigo Maurício
Cantarei com muito agrado
Nunca o fado é sacrifício
Quando se gosta do fado
FADO HELENA de Casimiro Ramos
Já que és fadista eleito
Do fado triste e dolente
Vamos cantar a preceito
Mas naquele mesmo jeito
Do fado de antigamente
FADO ZÉ NEGRO de Francisco José Marques
Fadista também tu és
Da cabeça até aos pés
E altamente consagrado
Porém, se o fado é do povo
Tanto faz ser velho ou novo
O que é preciso é ser fado
FADO ALBERTO de Miguel Ramos
Cantar o rigoroso faz lembrar
Aquele orgulho nobre, aquele brio
Que havia nas cantigas a atirar
Nos motes de improviso ao desafio
ALEXANDRINO DO JOAQUIM CAMPOS
Temos ambos razão, mas p’ra irmos além
De falsas discussões ou de meras conquistas
Não basta só cantar, é preciso erguer bem
A grandeza do fado e a honra dos fadistas
Maria Alquimia
Joana Alegre / Maria Ana
Repertório de Maria Ana Bobone
De noite e dia, terra e mar são par
E eu sou ar sem chão p’ra me inteirar
Cativa de uma simples melodia
Que ecoa e rodopia, Alquimia
Sou corpo, som e voz dessa magia
Feitiço. encanto e toda a nostalgia
Quisera eu ser livre e perder
O dom de me entregar no que há de ser
Do avesso não seria quem eu sou
Saudade e alegria em que me dou
E toda a ventania e maresia
Areia, sal e fado sem Maria
Eu sou uma guitarra em oração
Saudade e alegria e uma canção
E toda a ventania e maresia
Areia, sal e fado e sou Maria
Repertório de Maria Ana Bobone
De noite e dia, terra e mar são par
E eu sou ar sem chão p’ra me inteirar
Cativa de uma simples melodia
Que ecoa e rodopia, Alquimia
Sou corpo, som e voz dessa magia
Feitiço. encanto e toda a nostalgia
Quisera eu ser livre e perder
O dom de me entregar no que há de ser
Do avesso não seria quem eu sou
Saudade e alegria em que me dou
E toda a ventania e maresia
Areia, sal e fado sem Maria
Eu sou uma guitarra em oração
Saudade e alegria e uma canção
E toda a ventania e maresia
Areia, sal e fado e sou Maria
O que é o fado
Domingos Gonçalves Costa / Popular *fado *Mouraria*
Repertório de Fernando Maurício
O Fado é beijo de amor
Queixume d’alma traída
Suave pranto de dor
É o retrato da vida
Esta canção divinal
Tão nossa, tão portuguesa
É porta-voz da tristeza
Dos filhos de Portugal;
Padrão de raça imortal
Que nas naus de proa erguida
Cantou a fé mais sentida
Deste povo sonhador;
O Fado é beijo de amor
Queixume d’alma traída
Ser fadista é, na verdade
A real definição
De quem traz no coração
Amor, tristeza e saudade;
Fado é meiga claridade
De Primavera florida
Embalada e estremecida
E refúgio de amargor;
Suave pranto de dor
É o retrato da vida
Repertório de Fernando Maurício
O Fado é beijo de amor
Queixume d’alma traída
Suave pranto de dor
É o retrato da vida
Esta canção divinal
Tão nossa, tão portuguesa
É porta-voz da tristeza
Dos filhos de Portugal;
Padrão de raça imortal
Que nas naus de proa erguida
Cantou a fé mais sentida
Deste povo sonhador;
O Fado é beijo de amor
Queixume d’alma traída
Ser fadista é, na verdade
A real definição
De quem traz no coração
Amor, tristeza e saudade;
Fado é meiga claridade
De Primavera florida
Embalada e estremecida
E refúgio de amargor;
Suave pranto de dor
É o retrato da vida
Minha mãe chamou por Ana
Popular / Manuel Bobone / Popular
Repertório de Maria Ana Bobone
Minha mãe chamou por Ana
Mas a Ana não está cá
O Ana… ó Ana
Senhora minha mãe vou já
Ó figueira dá-me um figo
Ó Silva dá-me uma amora
Ó meu amor dá-me um beijo
Que eu amanhã vou-me embora
Repertório de Maria Ana Bobone
Minha mãe chamou por Ana
Mas a Ana não está cá
O Ana… ó Ana
Senhora minha mãe vou já
Ó figueira dá-me um figo
Ó Silva dá-me uma amora
Ó meu amor dá-me um beijo
Que eu amanhã vou-me embora
Tudo me fala de nós
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De muitas rosas vermelhas
Assim se enchem as ruas
As tuas mãos são centelhas
Velhas, cansadas e nuas
Castelos caem com o vento
Deles ficam as ilusões
Cai a luz no firmamento
De longe chegam canções
Ouço então a tua voz
Sempre mais triste a cantar
Tudo me fala de nós
E eu sonho p’ra não chorar
Sonho, sonho e vou cantando
Também cantas dentro em mim
Já vai a noite acabando
Acaba mas sem ter fim
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De muitas rosas vermelhas
Assim se enchem as ruas
As tuas mãos são centelhas
Velhas, cansadas e nuas
Castelos caem com o vento
Deles ficam as ilusões
Cai a luz no firmamento
De longe chegam canções
Ouço então a tua voz
Sempre mais triste a cantar
Tudo me fala de nós
E eu sonho p’ra não chorar
Sonho, sonho e vou cantando
Também cantas dentro em mim
Já vai a noite acabando
Acaba mas sem ter fim
Lisboa abençoa
Joana Alegre/ Maria Ana
Repertório de Maria Ana Bobone
Meio dia maré cheia
E a conversa corriqueira
Repertório de Maria Ana Bobone
Meio dia maré cheia
E a conversa corriqueira
Na varanda da vizinha
Manjerico e sardinheira
Bebem a luz mais trigueira
Manjerico e sardinheira
Bebem a luz mais trigueira
Deste raiar alfacinha
Vem a tarde soalheira
Ao cimo de uma ladeira
Vem a tarde soalheira
Ao cimo de uma ladeira
Já na fila p’rá carreira
Do porto sai a traineira
Vai deixando a sua esteira
Do porto sai a traineira
Vai deixando a sua esteira
E um cheirinho a maresia
Lisboa, abençoa
Cidade que apregoa
Lisboa é gente boa
De Alfama à Madragoa
Meia-noite lua cheia
Soa a festa toda inteira
Lisboa, abençoa
Cidade que apregoa
Lisboa é gente boa
De Alfama à Madragoa
Meia-noite lua cheia
Soa a festa toda inteira
É dia de Santo António
Mesa e bancos de madeira
E os enfeites na videira
Mesa e bancos de madeira
E os enfeites na videira
Adivinham matrimónio
Sardinhada e barulheira
A sangria bem caseira
Sardinhada e barulheira
A sangria bem caseira
E o quentinho da braseira
Bailarico à maneira
E alegria verdadeira
Bailarico à maneira
E alegria verdadeira
Parece que dá casório
Tejo em cada esquina, em cada colina
Todo o sino é sina, Lisboa varina
Tejo em cada esquina, em cada colina
Todo o sino é sina, Lisboa varina
Eu não penso
Fernando Pessoa (encadeamento de dois poemas) / Maria Ana
Repertório de Maria Ana Bobone
Se estou só, quero não estar
Se não estou, quero estar só
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou
Ser feliz é ser aquele
E aquele não é feliz
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada
Mas falha se o não fizer
Fica perdido na estrada
Lá fora, as árvores são
O que se mexe a parar
Não vejo nada senão
Depois das árvores, o mar
É azul intensamente
Salpicado de luzir
E tem na onda indolente
Um suspirar de dormir
Mas nem durmo eu nem o mar
Ambos nós, no dia brando
Ele sossega a avançar
E eu não penso e estou pensando
Repertório de Maria Ana Bobone
Se estou só, quero não estar
Se não estou, quero estar só
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou
Ser feliz é ser aquele
E aquele não é feliz
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis
A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada
Mas falha se o não fizer
Fica perdido na estrada
Lá fora, as árvores são
O que se mexe a parar
Não vejo nada senão
Depois das árvores, o mar
É azul intensamente
Salpicado de luzir
E tem na onda indolente
Um suspirar de dormir
Mas nem durmo eu nem o mar
Ambos nós, no dia brando
Ele sossega a avançar
E eu não penso e estou pensando
Para ser fadista
Letra e música de João Viana
Repertório de Fernando Maurício
Na sua fé altruísta
Um bom fadista tem por divisa
Marcar estilo que apresenta
Na vestimenta que o simboliza
Andar metido em tipóias
E ter ramboias com guitarradas
Petiscos fora de portas
A horas mortas com desgarradas
P’ra ser fadista perfeito
É ter no peito bom coração
Dedilhar com certa garra
Uma guitarra na perfeição;
Ir às esperas de gado
Cantar o fado com altivez
Assim é que é ser fadista
É ser artista e bom português
Andar um pouco gingado
Melena ao lado a cair no rosto
A calça à boca de sino
E o seu varino feito com gosto
Beber, amar e sentir o fado a carpir
Mais quente que o lume
E junto com a verdade
Ter a saudade e mais o ciúme
Repertório de Fernando Maurício
Na sua fé altruísta
Um bom fadista tem por divisa
Marcar estilo que apresenta
Na vestimenta que o simboliza
Andar metido em tipóias
E ter ramboias com guitarradas
Petiscos fora de portas
A horas mortas com desgarradas
P’ra ser fadista perfeito
É ter no peito bom coração
Dedilhar com certa garra
Uma guitarra na perfeição;
Ir às esperas de gado
Cantar o fado com altivez
Assim é que é ser fadista
É ser artista e bom português
Andar um pouco gingado
Melena ao lado a cair no rosto
A calça à boca de sino
E o seu varino feito com gosto
Beber, amar e sentir o fado a carpir
Mais quente que o lume
E junto com a verdade
Ter a saudade e mais o ciúme
Sem Amália
Henrique Segurado / José Fontes Rocha *fado dos sentidos*
Repertório de Maria Ana Bobone
Parece cidade aberta
À mercê do inimigo
E o sol se nos desperta
Não traz o calor antigo;
Piso as ruas que pisaste
Da tua sombra ando atrás
Quem diria que ficaste
Neste sítio onde não estás
Jamais as vozes cantaram
A vida à tua maneira
Que caminhos te levaram
A sair da nossa beira;
Por ti há quem reze o terço
Sem desfiar o rosário
Nesta Lisboa, teu berço
Eu rezo o terço ao contrário
Estarás em cada guitarra
Em bater de coração
Pois quando canta a cigarra
Não se vê na escuridão;
Deixaste a lua partida
Sempre a mudar de recorte
Que estranha forma de vida
Pode haver depois da morte
Repertório de Maria Ana Bobone
Parece cidade aberta
À mercê do inimigo
E o sol se nos desperta
Não traz o calor antigo;
Piso as ruas que pisaste
Da tua sombra ando atrás
Quem diria que ficaste
Neste sítio onde não estás
Jamais as vozes cantaram
A vida à tua maneira
Que caminhos te levaram
A sair da nossa beira;
Por ti há quem reze o terço
Sem desfiar o rosário
Nesta Lisboa, teu berço
Eu rezo o terço ao contrário
Estarás em cada guitarra
Em bater de coração
Pois quando canta a cigarra
Não se vê na escuridão;
Deixaste a lua partida
Sempre a mudar de recorte
Que estranha forma de vida
Pode haver depois da morte
Meu berço minha raiz
Tony Carolas / Nel Garcia *fado sincopado*
Repertório de Bruno Alves
Mui nobre cidade invicta
Ser teu filho, acredita
Faz de mim um ser feliz
Vou andar de braço dado
Contigo neste meu fado
Meu berço minha raiz
Por vezes se me ausento
Só tenho no pensamento
Voltar para os teus braços
Cidade por mim amada
Longe de ti não sou nada
Tão fortes são nossos laços
Depois assim que cá chego
Ao sentir o aconchego
Que me enche o coração
A vida volta a ser vida
Vem a alegria perdida
Meu berço minha paixão
Repertório de Bruno Alves
Mui nobre cidade invicta
Ser teu filho, acredita
Faz de mim um ser feliz
Vou andar de braço dado
Contigo neste meu fado
Meu berço minha raiz
Por vezes se me ausento
Só tenho no pensamento
Voltar para os teus braços
Cidade por mim amada
Longe de ti não sou nada
Tão fortes são nossos laços
Depois assim que cá chego
Ao sentir o aconchego
Que me enche o coração
A vida volta a ser vida
Vem a alegria perdida
Meu berço minha paixão
Não sei porque te calas
Manuel Bobone / Popular
Repertório de Maria Ana Bobone
Minha alma pediu à tua
Uma jurinha de amor
Mas tu és tal como a lua
Que brilha e não dá calor
Repertório de Maria Ana Bobone
Minha alma pediu à tua
Uma jurinha de amor
Mas tu és tal como a lua
Que brilha e não dá calor
Cantei p’ra ti uma vez
Mas não sei se me entendeste
Nem sei mesmo se talvez
Tudo o que eu disse esqueceste
Eu gostava de saber
O que diz o teu olhar
Mas tu nada queres dizer
E eu não devo perguntar
Por muito que eu te diga
Deste fogo que em mim lavra
Talvez eu nunca consiga
Arrancar-te uma palavra
Se um dia eu ficar calada
Tanto pior para os dois
Nunca mais te digo nada
Mas não te queixes depois
Lisboa, o Tejo e o mar
Letra de Isidoro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Vem correndo pelo Tejo
Água de fontes nascida
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Vem correndo pelo Tejo
Água de fontes nascida
No alto da serrania
Doce como um doce beijo
Viva como a própria vida
Doce como um doce beijo
Viva como a própria vida
Traz saúde e alegria
Água salgada do mar
Vem convidando à aventura
Água salgada do mar
Vem convidando à aventura
Na ânsia de liberdade
Mas na hora de embarcar
Há lágrimas de amargura
Mas na hora de embarcar
Há lágrimas de amargura
Salgadas pela saudade
As lágrimas de saudade
Salgavam o próprio mar
Ao partir das naus de Goa
Mas o sal da tempestade
Ficava doce ao voltar
À Ribeira de Lisboa
Sem descanso, noite e dia
Juntam as águas na barra
Tejo doce e mar salgado
A tristeza e a alegria
Juntam-se ao som da guitarra
E Lisboa canta o fado
As lágrimas de saudade
Salgavam o próprio mar
Ao partir das naus de Goa
Mas o sal da tempestade
Ficava doce ao voltar
À Ribeira de Lisboa
Sem descanso, noite e dia
Juntam as águas na barra
Tejo doce e mar salgado
A tristeza e a alegria
Juntam-se ao som da guitarra
E Lisboa canta o fado
Tudo pode acontecer
Fernanda de Castro / Maria Ana
Repertório de Maria Ana Bobone
Agora sim… que já não gostas de mim
Agora. sim, tudo pode acontecer
Sem mar, sem ondas, sem praias
Invernos sem primaveras
Jardins sem cravos nem rosas
Para a tua mão colher
Sem céu de nuvens paradas
Florestas de árvores mortas
E eu sozinha, sem te ver
Agora sim… tudo pode acontecer
Agora, sim… que já não gostas de mim
Agora, sim, tudo pode acontecer
Secarem rios e fontes
Apagarem-se as estrelas
O próprio dia ser noite
E não mais amanhecer
A lua cair ao mar
Apagar-se o luar
E a alegria entristecer
Agora. sim... tudo pode acontecer
Repertório de Maria Ana Bobone
Agora sim… que já não gostas de mim
Agora. sim, tudo pode acontecer
Sem mar, sem ondas, sem praias
Invernos sem primaveras
Jardins sem cravos nem rosas
Para a tua mão colher
Sem céu de nuvens paradas
Florestas de árvores mortas
E eu sozinha, sem te ver
Agora sim… tudo pode acontecer
Agora, sim… que já não gostas de mim
Agora, sim, tudo pode acontecer
Secarem rios e fontes
Apagarem-se as estrelas
O próprio dia ser noite
E não mais amanhecer
A lua cair ao mar
Apagar-se o luar
E a alegria entristecer
Agora. sim... tudo pode acontecer
A noite será maior
Fernando Campos de Castro / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Bruno Alves
A noite, não faz sentido
Sem primeiro ter ouvido
Um até logo num beijo
Nem eu quero adormecer
Sem primeiro perceber
Que sou eu o teu desejo
A noite não será nada
Nem haverá madrugada
Sem a luz do teu olhar
Com a cor da tua boca
A noite será mais louca
E não me custa a passar
À noite quando te enleias
Os braços serão cadeias
Que prendem a claridade
Que a noite será paixão
Quando dois corpos se dão
Com prazer e liberdade
A noite, será maior
Se te deitas meu amor
Na minha cama liberta
Entre lençóis de ternura
Seremos dois em loucura
Numa eterna descoberta
Repertório de Bruno Alves
A noite, não faz sentido
Sem primeiro ter ouvido
Um até logo num beijo
Nem eu quero adormecer
Sem primeiro perceber
Que sou eu o teu desejo
A noite não será nada
Nem haverá madrugada
Sem a luz do teu olhar
Com a cor da tua boca
A noite será mais louca
E não me custa a passar
À noite quando te enleias
Os braços serão cadeias
Que prendem a claridade
Que a noite será paixão
Quando dois corpos se dão
Com prazer e liberdade
A noite, será maior
Se te deitas meu amor
Na minha cama liberta
Entre lençóis de ternura
Seremos dois em loucura
Numa eterna descoberta
Julguei endoidecer
Tristão da Silva / Júlio Proença *fado esmeraldinha*
Repertório de Alcindo de Carvalho
Repertório de Alcindo de Carvalho
Embora com algumas diferenças na letra, este tema tem sido
Julguei endoidecer quando partiste
Deixando entre nós dois funda barreira
Caíu dentro de mim a noite triste
Feita de sombras negras, sem clareira
Durante dias, fui folha caída
Que o tempo vai levando por aí
Fumei, chorei, bebi, mal disse a vida
E desejei morrer, morrer por ti
Cretino, sim eu fui, porque a saudade
Falou em mim, mais alto que a razão
Não me deixando ver esta verdade
Não és mulher que valha esta paixão
Quero voltar à vida que vivi
Quero voltar a ser tal como outrora
Maldito seja o dia em que te vi
Bendita sejas tu p'la vida fora
- --
Julguei endoidecer quando partiste
Deixando entre nós dois, funda barreira
Ficou dentro de mim, a noite triste
Feita de sombras negras, sem clareira
Durante dias, fui folha caída
Que o vento vai levando sem destino
Bebi, sofri, chorei, mal disse a vida
E tive, por meu mal, outro caminho
Um caminho cruel, porque a saudade
Falou em mim, mais alto que a razão
Não me deixando ver esta verdade
Não há homem que valha uma paixão
Vou regressar à vida que vivi
Quero voltar a ser tal como outrora
Maldito seja o dia em que te vi
Bendito sejas tu, p'la vida fora
constantemente gravado com o título *Julguei endoidecer*
na música do Fado Esmeraldinha de Júlio Proença e com a letra
atribuída a Tristão da Silva
Julguei endoidecer quando partiste
Deixando entre nós dois funda barreira
Caíu dentro de mim a noite triste
Feita de sombras negras, sem clareira
Durante dias, fui folha caída
Que o tempo vai levando por aí
Fumei, chorei, bebi, mal disse a vida
E desejei morrer, morrer por ti
Cretino, sim eu fui, porque a saudade
Falou em mim, mais alto que a razão
Não me deixando ver esta verdade
Não és mulher que valha esta paixão
Quero voltar à vida que vivi
Quero voltar a ser tal como outrora
Maldito seja o dia em que te vi
Bendita sejas tu p'la vida fora
- --
- -
-
Despertei
Linhares Barbosa / Casimiro Ramos
Repertório de Maria Manuela Silva
Embora com algumas diferenças na letra, este tema tem sido
Linhares Barbosa / Casimiro Ramos
Repertório de Maria Manuela Silva
Embora com algumas diferenças na letra, este tema tem sido
constantemente gravado com o título *Julguei endoidecer*
na música do Fado Esmeraldinha de Júlio Proença e com
a letra atribuída a Tristão da Silva
Julguei endoidecer quando partiste
Deixando entre nós dois, funda barreira
Ficou dentro de mim, a noite triste
Feita de sombras negras, sem clareira
Durante dias, fui folha caída
Que o vento vai levando sem destino
Bebi, sofri, chorei, mal disse a vida
E tive, por meu mal, outro caminho
Um caminho cruel, porque a saudade
Falou em mim, mais alto que a razão
Não me deixando ver esta verdade
Não há homem que valha uma paixão
Vou regressar à vida que vivi
Quero voltar a ser tal como outrora
Maldito seja o dia em que te vi
Bendito sejas tu, p'la vida fora
Cidade duma só cor
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De oiro se fez a cidade
Cidade doirada e fria
De oiro se fez a cidade
Aonde ninguém vivia
Tão longe dos verdes montes
Tão longe das brancas serras
Tão longe dos verdes montes
Tão perto de ódios e guerras
De oiro se fez a cidade
Estranho modo de a fazer
De oiro se fez a cidade
E todos a queriam ter
Cidade duma só cor
Cidade doirada e fria
Todos lhe tinham amor
Mas nela ninguém vivia
Todos lhe tinham amor
O que o amor pode ser
Cidade duma só cor
E todos a queriam ter
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De oiro se fez a cidade
Cidade doirada e fria
De oiro se fez a cidade
Aonde ninguém vivia
Tão longe dos verdes montes
Tão longe das brancas serras
Tão longe dos verdes montes
Tão perto de ódios e guerras
De oiro se fez a cidade
Estranho modo de a fazer
De oiro se fez a cidade
E todos a queriam ter
Cidade duma só cor
Cidade doirada e fria
Todos lhe tinham amor
Mas nela ninguém vivia
Todos lhe tinham amor
O que o amor pode ser
Cidade duma só cor
E todos a queriam ter
Através duma saudade
Letra de Isidro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Através duma saudade
Vem o passado ao presente
O que morreu volta à vida
Vem de novo a mocidade
E parece que se sente
A mocidade perdida
Passado não é tristeza
O passado faz sentido
Através duma saudade
O futuro é incerteza
E só no tempo vivido
Temos certeza e verdade
O sonho é realidade
Quand’uma recordação
Ganha vida, ganha cor
Através duma saudade
Bate forte o coração
Ao recordar um amor
Lentamente, dia a dia
Em vida vai-se a perder
O que se ganha em idade
Teve uma vida vazia
Quem não conseguiu viver
Através duma saudade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credivel
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Através duma saudade
Vem o passado ao presente
O que morreu volta à vida
Vem de novo a mocidade
E parece que se sente
A mocidade perdida
Passado não é tristeza
O passado faz sentido
Através duma saudade
O futuro é incerteza
E só no tempo vivido
Temos certeza e verdade
O sonho é realidade
Quand’uma recordação
Ganha vida, ganha cor
Através duma saudade
Bate forte o coração
Ao recordar um amor
Lentamente, dia a dia
Em vida vai-se a perder
O que se ganha em idade
Teve uma vida vazia
Quem não conseguiu viver
Através duma saudade
Até quando Deus quiser
Paulo Faria de Carvalho / Popular *fado das horas
Repertório de Bruno Alves
Eu canto por devoção
Por prazer e com calor
É só teu meu coração
Minha musa meu amor
Se acabasse agora o mundo
Eu era um homem feliz
Por este amor tão profundo
Que me deste de raiz
E quer essa gente ou não queira
Eu vou dizer-te mulher
Vou amar-te a vida inteira
Até quando Deus quiser
Repertório de Bruno Alves
Eu canto por devoção
Por prazer e com calor
É só teu meu coração
Minha musa meu amor
Se acabasse agora o mundo
Eu era um homem feliz
Por este amor tão profundo
Que me deste de raiz
E quer essa gente ou não queira
Eu vou dizer-te mulher
Vou amar-te a vida inteira
Até quando Deus quiser
As rosas
Letra e música de Joana Espadinha
Repertório de Carminho
Morro em pedaços quando te abraço
E sei que não voltas mais
Como uma rosa triste e vaidosa
Quando o amor se vai
Que as rosas são feitas para morrer
Quando se espalham no chão
Ninguém as quer
Ninguém merece
Será que esqueces que eu sempre te cuidei
E o céu aberto
Sabe decerto as razões que eu não sei
Sabes bem que não posso esperar
Cada volta é um espinho que cai
E tu, que vais mais uma vez p'ra sempre
Ai meu amor, quem sabe o que eu chorei por ti
Se as rosas são feitas para morrer
Quando se espalham no chão, onde vão, quem serão
Algum dia minto p'ra te perdoar
Ai, meu amor, quem sabe o que eu chorei
O que eu chorei por ti
Repertório de Carminho
Morro em pedaços quando te abraço
E sei que não voltas mais
Como uma rosa triste e vaidosa
Quando o amor se vai
Que as rosas são feitas para morrer
Quando se espalham no chão
Ninguém as quer
Ninguém merece
Será que esqueces que eu sempre te cuidei
E o céu aberto
Sabe decerto as razões que eu não sei
Sabes bem que não posso esperar
Cada volta é um espinho que cai
E tu, que vais mais uma vez p'ra sempre
Ai meu amor, quem sabe o que eu chorei por ti
Se as rosas são feitas para morrer
Quando se espalham no chão, onde vão, quem serão
Algum dia minto p'ra te perdoar
Ai, meu amor, quem sabe o que eu chorei
O que eu chorei por ti
Uma longa despedida
Letra e música de Marco Oliveira *fado estelle*
Repertório de Bruno Alves
Quem nos deu esta saudade
Quando acendem na cidade
As minhas noites sem ti
Foi o medo sem a vida
Uma longa despedida
Como sempre pressenti
Quem nos disse que a memória
É o reverso de uma história
Em que nunca acontecemos?
Veio o Outono em teu lugar
Entre versos por rasgar
A mercê do que esquecemos
Tenho ainda o teu sorriso
Um breve beijo indeciso
A pender no coração
Foi mais breve a nossa vida
Do que a longa despedida
Arrancada a solidão
Repertório de Bruno Alves
Quem nos deu esta saudade
Quando acendem na cidade
As minhas noites sem ti
Foi o medo sem a vida
Uma longa despedida
Como sempre pressenti
Quem nos disse que a memória
É o reverso de uma história
Em que nunca acontecemos?
Veio o Outono em teu lugar
Entre versos por rasgar
A mercê do que esquecemos
Tenho ainda o teu sorriso
Um breve beijo indeciso
A pender no coração
Foi mais breve a nossa vida
Do que a longa despedida
Arrancada a solidão
Sete saias
Letra e música de Artur Ribeiro
Repertório do autor
Sete saias de balão
Levas pois então para a romaria
Sete pecados mortais
Que mostrando vais todos à porfia
Repertório do autor
Sete saias de balão
Levas pois então para a romaria
Sete pecados mortais
Que mostrando vais todos à porfia
Cada qual da sua cor
Seja aonde for que tu vás com elas
Com as sete a saltitar
Conforme o pisar das tuas chinelas
Sete saias trazes a cair da anca
E a blusa branca
Que te vai mesmo a matar
Então os rapazes só pedem que caias
P’ra contar as saias
Sem que estejas a bailar
Com sete te vi falar
E a todos dar lenços de cambraia
Será que te dá prazer
Sete noivos ter um por cada saia
Seja aonde for que tu vás com elas
Com as sete a saltitar
Conforme o pisar das tuas chinelas
Sete saias trazes a cair da anca
E a blusa branca
Que te vai mesmo a matar
Então os rapazes só pedem que caias
P’ra contar as saias
Sem que estejas a bailar
Com sete te vi falar
E a todos dar lenços de cambraia
Será que te dá prazer
Sete noivos ter um por cada saia
Segundo a voz da razão
Fazer coleção não dá resultado
É melhor é escolher um
E não querer nenhum mais, p’ra namorado
Mais um conselho te dou
Enquanto aqui estou não lhes dês mais roda
Nem as encurtes mais
Senão quando sais, sai a aldeia toda
Fazer coleção não dá resultado
É melhor é escolher um
E não querer nenhum mais, p’ra namorado
Mais um conselho te dou
Enquanto aqui estou não lhes dês mais roda
Nem as encurtes mais
Senão quando sais, sai a aldeia toda
Um palmo acima do pé
P'ra mostrar ao Zé onde acaba a meia
Mas pelo joelho não
Que faz confusão e é coisa feia
P'ra mostrar ao Zé onde acaba a meia
Mas pelo joelho não
Que faz confusão e é coisa feia
Foi tão pouco o nosso tempo
Fernando Cardoso / Jaime Santos *fado alvito*
Repertório de Bruno Alves
Prende a tua mão à minha
Vamos correr a cidade
Ilumina o nosso mundo
Abre os olhos e caminha
Que esta noite a saudade
Dorme sono bem profundo
Olha a nossa velha casa
De janelas mal fechadas
Presa ao chão à tua espera
Sobre as cinzas morre a brasa
Que as tuas mãos cansadas
Largaram na primavera
A saudade já desperta
Foi tão pouco o nosso tempo
Que eu não fui, que eu não fiz
No meu peito a dor aperta
Mesmo quando jure o vento
Que no céu tu és feliz
Repertório de Bruno Alves
Prende a tua mão à minha
Vamos correr a cidade
Ilumina o nosso mundo
Abre os olhos e caminha
Que esta noite a saudade
Dorme sono bem profundo
Olha a nossa velha casa
De janelas mal fechadas
Presa ao chão à tua espera
Sobre as cinzas morre a brasa
Que as tuas mãos cansadas
Largaram na primavera
A saudade já desperta
Foi tão pouco o nosso tempo
Que eu não fui, que eu não fiz
No meu peito a dor aperta
Mesmo quando jure o vento
Que no céu tu és feliz
Fado Luís
João de Freitas / Nuno Meireles
Dedicado a Luís Alberto Freitas Hilário
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Dedicado a Luís Alberto Freitas Hilário
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quase que não te conheço
Já nem pareces o fado
Porque subiste de preço
E vives todo emproado
Ninguém te vê p’las vielas
Que antigamente habitavas
Nem nessas farras singelas
Onde tu nunca faltavas
Ai belo fado d’outrora
Da Mouraria saudosa
E fadistagem famosa
Que ali cantou e deu brado
Ai lindo fado d’agora
Cada vez tens mais amigos
Mas os fadistas antigos
Sentem saudades do fado
Foste a canção da tristeza
E se hoje tens mais valor
Maior cultura e beleza
Não tens o mesmo sabor
Daquele fado sem par
Melodioso e plangente
Que até parecia chorar
Dentro da alma da gente
Já nem pareces o fado
Porque subiste de preço
E vives todo emproado
Ninguém te vê p’las vielas
Que antigamente habitavas
Nem nessas farras singelas
Onde tu nunca faltavas
Ai belo fado d’outrora
Da Mouraria saudosa
E fadistagem famosa
Que ali cantou e deu brado
Ai lindo fado d’agora
Cada vez tens mais amigos
Mas os fadistas antigos
Sentem saudades do fado
Foste a canção da tristeza
E se hoje tens mais valor
Maior cultura e beleza
Não tens o mesmo sabor
Daquele fado sem par
Melodioso e plangente
Que até parecia chorar
Dentro da alma da gente
Nem rosas nem flor de malva
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nem rosas nem flor de malva
A serem verdade pura
No olhar que nos ficou
Só angústia de um sorriso
As saudades da aventura
Que entre nós não começou
Na boca ficou-me o travo
Da brancura do teu rosto
Do perfume dos teus dedos
E algum pinheiro bravo
Terá contado ao sol posto
O maior dos meus segredos
Nem um adeus que nos ficasse
A doer nas mãos fechadas
Nem o gosto de sonhar
Só a angústia dum sorriso
Em corpo de asas cortadas
E o desejo de voltar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nem rosas nem flor de malva
A serem verdade pura
No olhar que nos ficou
Só angústia de um sorriso
As saudades da aventura
Que entre nós não começou
Na boca ficou-me o travo
Da brancura do teu rosto
Do perfume dos teus dedos
E algum pinheiro bravo
Terá contado ao sol posto
O maior dos meus segredos
Nem um adeus que nos ficasse
A doer nas mãos fechadas
Nem o gosto de sonhar
Só a angústia dum sorriso
Em corpo de asas cortadas
E o desejo de voltar
Foi Deus que quis assim
Linda Leonardo / Jaime Santos *fado alvito*
Repertório de Maria Emília
Deixa-me ficar sozinha
Nesta cama que é só minha
Não tenhas pena de mim
Se o teu amor me fugiu
É porque nunca existiu
E foi Deus que quis assim
Palavras leva-as o vento
Mas trago em meu pensamento
As que vieram de ti
Da primavera ao outono
Estão agora ao abandono
Tantas, tantas que te ouvi
Mas não te guardo rancor
Mesmo sabendo que a dor
Se abriga em meu coração
Ao menos fechou-se o pano
De enganos e desenganos
Fruto da tua paixão
De coração magoado
Farei cumprir este fado
Que sai de dentro de mim
Se o teu amor me fugiu
Foi porque nunca existiu
E foi Deus que quis assim
Repertório de Maria Emília
Deixa-me ficar sozinha
Nesta cama que é só minha
Não tenhas pena de mim
Se o teu amor me fugiu
É porque nunca existiu
E foi Deus que quis assim
Palavras leva-as o vento
Mas trago em meu pensamento
As que vieram de ti
Da primavera ao outono
Estão agora ao abandono
Tantas, tantas que te ouvi
Mas não te guardo rancor
Mesmo sabendo que a dor
Se abriga em meu coração
Ao menos fechou-se o pano
De enganos e desenganos
Fruto da tua paixão
De coração magoado
Farei cumprir este fado
Que sai de dentro de mim
Se o teu amor me fugiu
Foi porque nunca existiu
E foi Deus que quis assim
À procura de ti
Fernando Cardoso / Fernando Freitas *fado noquinhas*
Repertório de Bruno Alves
Andei louco à procura d'uma rua com teu nome
Embalado no meu sonho de um dia te encontrar
Desvario que me prende, paixão que me consome
Corri toda a cidade sem meu sonho alcançar
Feito tonto procurei, a flor da tua afeição
Na esperança de te ver afagá-la com amor
A rosa azul chorava a sua triste solidão
E na fonte dos enganos bebemos a mesma dor
Fui pedir ao vento leste que me desse novas tuas
Sabendo que o teu corpo anseia por aquecer
Soprou tão forte o vento, arderam tantas ruas
Voltou depois o frio e não te vi aparecer
Cansado de procurar e de ti nem um sinal
Pensei pedir ao sol, mas já nem isso consigo
Talvez seja remédio para este tão grande mal
Fingir que não te quero, pra que venhas ter comigo
Repertório de Bruno Alves
Andei louco à procura d'uma rua com teu nome
Embalado no meu sonho de um dia te encontrar
Desvario que me prende, paixão que me consome
Corri toda a cidade sem meu sonho alcançar
Feito tonto procurei, a flor da tua afeição
Na esperança de te ver afagá-la com amor
A rosa azul chorava a sua triste solidão
E na fonte dos enganos bebemos a mesma dor
Fui pedir ao vento leste que me desse novas tuas
Sabendo que o teu corpo anseia por aquecer
Soprou tão forte o vento, arderam tantas ruas
Voltou depois o frio e não te vi aparecer
Cansado de procurar e de ti nem um sinal
Pensei pedir ao sol, mas já nem isso consigo
Talvez seja remédio para este tão grande mal
Fingir que não te quero, pra que venhas ter comigo
Casa de Fado
Walter Rolo / Manuel Graça Pereira
Repertório de Maria Emília
Dizes contigo: tudo bem
Repertório de Maria Emília
Dizes contigo: tudo bem
Que posso até cantar p’ra cem
Desde que o xaile me proteja
Desde que o xaile me proteja
E as costas nuas ninguém veja
Canto bem melhor em casa
Canto bem melhor em casa
Dizes com ciúme em brasa
Trago nas saias compridas
Trago nas saias compridas
Pernas com salto, escondidas
Falta-me o ar ao saber o teu regresso
Que nunca se acabe o mar
E o peixe, meu Deus, quanto peço
Ninguém duvide do amor que eu te tenho
Mas é da casa de fado
Que sou, é de lá que venho
Achas que o fado é a raíz do mal
Pior que o fado nem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
Finjo que ouço e finjo bem
Falta-me o ar ao saber o teu regresso
Que nunca se acabe o mar
E o peixe, meu Deus, quanto peço
Ninguém duvide do amor que eu te tenho
Mas é da casa de fado
Que sou, é de lá que venho
Achas que o fado é a raíz do mal
Pior que o fado nem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
Finjo que ouço e finjo bem
Dou a razão a quem a tem
Juro por tudo o mais que seja
Juro por tudo o mais que seja
Cantar sim, mas na igreja
E se a vizinha solta a língua
E se a vizinha solta a língua
E me prometes fome e mingua
Sou um prato desolado
Sou um prato desolado
E lá ficas do meu lado
És bom homem, és o homem mais amado
Não há canção que eu não cante
És bom homem, és o homem mais amado
Não há canção que eu não cante
P´ra ti, na casa de fado
Mas o que eu gosto
Mas o que eu gosto
É de uma boa desgarrada
Levo a mão à cintura
Levo a mão à cintura
E canto sem medo de nada
E sem o fado tudo me sai mal
Pior nem o Brasil sem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
E sem o fado tudo me sai mal
Pior nem o Brasil sem o carnaval
É de mau tom, imoral e rancoroso
Triste, pesado, indecente e invejoso
Vejam bem
Lisboa reza comigo
Mário Rainho / José Lopes (Fado Lopes)
Repertório de Fernando Jorge
Ó Lisboa, eu sei que gostas
De rezar, muito ao teu jeito
Nessa pose, de mãos postas
Presas ao xaile, em teu peito
Os olhos semicerrados
Como tanta vez te vi
A chorar tantos pecados
Que outros cometem por ti
Lisboa reza comigo
Quero ter essa atitude
De poder rezar contigo
À Senhora da saúde
Se cantas, como quem reza
Lisboa porque razão
Quem diz que tanto te preza
Te reza sem coração?
Nem a prece é atendida
De oração passa a pecado
E até fica ofendida
A padroeira do fado
Quero pedir-lhe, a teu lado
Que nos livre desse perigo
De ouvir fado mal rezado
Lisboa, reza comigo
Repertório de Fernando Jorge
Ó Lisboa, eu sei que gostas
De rezar, muito ao teu jeito
Nessa pose, de mãos postas
Presas ao xaile, em teu peito
Os olhos semicerrados
Como tanta vez te vi
A chorar tantos pecados
Que outros cometem por ti
Lisboa reza comigo
Quero ter essa atitude
De poder rezar contigo
À Senhora da saúde
Se cantas, como quem reza
Lisboa porque razão
Quem diz que tanto te preza
Te reza sem coração?
Nem a prece é atendida
De oração passa a pecado
E até fica ofendida
A padroeira do fado
Quero pedir-lhe, a teu lado
Que nos livre desse perigo
De ouvir fado mal rezado
Lisboa, reza comigo
Minha irmã poesia
José Fernandes Castro / Georgino de Sousa *fado georgino*
Repertório de Jorge Carlos (ao vivo)
Não há muros de silêncio
Nem há solidão perdida
Quando a saudade tem fim
O dilema tão intenso
Da rima desconhecida
Pulsa bem dentro de mim
Não sei rimar felicidade
Sem que teu nome apareça / Na luz do meu pensamento
Nem sem rimar liberdade
Sem que o amor entristeça / Do jeito mais violento
Não sei rimar primavera
Sem que teu formoso rosto / Tenha brilhos matinais
Nos tempos da minha espera
Há sempre um luar d’agosto / Que não se vislumbra mais
Não sei rimar melodia
Sem que a voz com que me falas / Tenha um sonho embalador
Ai… minha irmã poesia
Vê lá se nunca te calas / E me dás sonhos d’amor
Repertório de Jorge Carlos (ao vivo)
Não há muros de silêncio
Nem há solidão perdida
Quando a saudade tem fim
O dilema tão intenso
Da rima desconhecida
Pulsa bem dentro de mim
Não sei rimar felicidade
Sem que teu nome apareça / Na luz do meu pensamento
Nem sem rimar liberdade
Sem que o amor entristeça / Do jeito mais violento
Não sei rimar primavera
Sem que teu formoso rosto / Tenha brilhos matinais
Nos tempos da minha espera
Há sempre um luar d’agosto / Que não se vislumbra mais
Não sei rimar melodia
Sem que a voz com que me falas / Tenha um sonho embalador
Ai… minha irmã poesia
Vê lá se nunca te calas / E me dás sonhos d’amor
Fado é tudo ao mesmo tempo
Torre da Guia / José Marques *fado triplicado*
Repertório de Bruno Alves
Fado é sina, fado é sorte
Destino, fatalidade
O que tem d'acontecer
E ainda após a morte
No seio da humanidade
Estar vivo sem saber
Fado é Canção de Lisboa
Ou de Coimbra balada / P'ra consolar a tristeza
É trova que o povo entoa
Melodia acompanhada / À guitarra portuguesa
Fado é mote de Severa
D’Amália, de Marceneiro / De todos os seus amantes
É saudade sempre à espera
Cantada no mundo inteiro / Pelos lusos imigrantes
Fado é de corpo, e alma / É alegria, é tristeza
Repertório de Bruno Alves
Fado é sina, fado é sorte
Destino, fatalidade
O que tem d'acontecer
E ainda após a morte
No seio da humanidade
Estar vivo sem saber
Fado é Canção de Lisboa
Ou de Coimbra balada / P'ra consolar a tristeza
É trova que o povo entoa
Melodia acompanhada / À guitarra portuguesa
Fado é mote de Severa
D’Amália, de Marceneiro / De todos os seus amantes
É saudade sempre à espera
Cantada no mundo inteiro / Pelos lusos imigrantes
Fado é de corpo, e alma / É alegria, é tristeza
É prazer, é sofrimento
É tempestade, é calma / E enquanto houver natureza
Fado a tudo ao mesmo tempo
É tempestade, é calma / E enquanto houver natureza
Fado a tudo ao mesmo tempo
As flores
Letra e música de Carminho *fado flores*
Repertório da autora
Os vasos servem as flores
Como servem os amores
O tempo, a atenção
Viveria imóvel, parada
Em pouca terra sarada
P’lo verdadeiro coração
As folhas verdes do campo
Sabem esperar com encanto
Sol e chuva, vento norte
Quero ter delas a paz
Ter paciência e ser capaz
De esperar a minha sorte
Corram passos nos caminhos
E apressados vão sozinhos
Procurar um coração
Eu antes quero ficar
Com o tempo eu sei esperar
Com o amor é que não
Repertório da autora
Os vasos servem as flores
Como servem os amores
O tempo, a atenção
Viveria imóvel, parada
Em pouca terra sarada
P’lo verdadeiro coração
As folhas verdes do campo
Sabem esperar com encanto
Sol e chuva, vento norte
Quero ter delas a paz
Ter paciência e ser capaz
De esperar a minha sorte
Corram passos nos caminhos
E apressados vão sozinhos
Procurar um coração
Eu antes quero ficar
Com o tempo eu sei esperar
Com o amor é que não
Quatro estações de amor
Mário Raínho / Jaime Santos *Alexandrino do Jaime*
Repertório de Bruno Alves
Se queres seguir um rumo diferente do traçado
No coração d'um fado que só por nós cantei
Se queres ser como o fumo, no ar evaporado
Então para um bocado, pensa no que te dei
Eras flor de Jardim, primavera de sonho
Risonho era teu rosto de veludo perfeito
Mas perdido de mim, mudei-te de medonho
Calor do mês de agosto, p’ra estufa do meu peito
Para não tombares na haste desfolhada em outono
Passei noites desperto, devoto à tua espera
Pois que o inverno baste, p’ra te guardar o sono
Porque eu não te abandono do verão à primavera
Repertório de Bruno Alves
Se queres seguir um rumo diferente do traçado
No coração d'um fado que só por nós cantei
Se queres ser como o fumo, no ar evaporado
Então para um bocado, pensa no que te dei
Eras flor de Jardim, primavera de sonho
Risonho era teu rosto de veludo perfeito
Mas perdido de mim, mudei-te de medonho
Calor do mês de agosto, p’ra estufa do meu peito
Para não tombares na haste desfolhada em outono
Passei noites desperto, devoto à tua espera
Pois que o inverno baste, p’ra te guardar o sono
Porque eu não te abandono do verão à primavera
Vive e deixa-me viver
Isidoro de Oliveira / Armando Machado *fado mortalhas*
Repertório de Ana Marina
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Tal como um botão de rosa
Que ainda não é flor
Eu era bela e vaidosa
E guardava caprichosa
Uma promessa d’amor
No dia em que te encontrei
Em amor a converti
Em amor t’a entreguei
E tão presa a ti fiquei
Que não vivia sem ti
Era tua a minha vida
E como tua a levaste
Sem ti eu fiquei perdida
Tudo levaste à partida
Nem a vida me deixaste
Ouvi, é já voz corrente
Que pensas voltar p’ra mim
Ouvi, fiquei indiferente
Meu coração nada sente
Na vida tudo tem fim
Podes crer que te não esqueço
Mas não mais te quero ver
Eu não quero o teu regresso
Só uma coisa te peço
Vive e deixa-me viver
Repertório de Ana Marina
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Tal como um botão de rosa
Que ainda não é flor
Eu era bela e vaidosa
E guardava caprichosa
Uma promessa d’amor
No dia em que te encontrei
Em amor a converti
Em amor t’a entreguei
E tão presa a ti fiquei
Que não vivia sem ti
Era tua a minha vida
E como tua a levaste
Sem ti eu fiquei perdida
Tudo levaste à partida
Nem a vida me deixaste
Ouvi, é já voz corrente
Que pensas voltar p’ra mim
Ouvi, fiquei indiferente
Meu coração nada sente
Na vida tudo tem fim
Podes crer que te não esqueço
Mas não mais te quero ver
Eu não quero o teu regresso
Só uma coisa te peço
Vive e deixa-me viver
Apenas Porto
Fernando Campos de Castro / Paulo Faria de Carvalho
Repertório de Bruno Alves
Podia dar-te o nome mais bonito
O nome de Viela ou de Ribeira
Dizer apenas corpo de granito
Com rosto de rabelo e de traineira
Podia dar-te o nome de navio
Ou cais de nevoeiro junto à barra
Podia dizer pontes céu e rio
Podia até chamar-te de guitarra
Mas digo apenas Porto
Meu chão e meu lugar
Cidade que eu amo e em mim se arrasta
Chamar-te Porto antigo
Telhado à beira mar
Chamar-te Porto amigo já me basta
Podias ser gaivota de ternura
Ou cama com lençóis de neblina
Podia dizer Sé ou Rua Escura
Ou asa da Muralha Fernandina
Podia dar-te o nome do Infante
De burgo, caravela, ou sardinheira
Podia até chamar-te minha amante
Com cheiro a manjerico e a cidreira
Repertório de Bruno Alves
Podia dar-te o nome mais bonito
O nome de Viela ou de Ribeira
Dizer apenas corpo de granito
Com rosto de rabelo e de traineira
Podia dar-te o nome de navio
Ou cais de nevoeiro junto à barra
Podia dizer pontes céu e rio
Podia até chamar-te de guitarra
Mas digo apenas Porto
Meu chão e meu lugar
Cidade que eu amo e em mim se arrasta
Chamar-te Porto antigo
Telhado à beira mar
Chamar-te Porto amigo já me basta
Podias ser gaivota de ternura
Ou cama com lençóis de neblina
Podia dizer Sé ou Rua Escura
Ou asa da Muralha Fernandina
Podia dar-te o nome do Infante
De burgo, caravela, ou sardinheira
Podia até chamar-te minha amante
Com cheiro a manjerico e a cidreira
A nobreza da alma
José Fernandes Castro / Armando Machado *fado lurdes*
Repertório de Bruno Alves
Ao fado só não dou o que não tenho
Ao fado só não vou quando não posso
O meu amor não tem nada d'estranho
Estranho é não gostar do que é tão nosso
Estranho é não sentir a pulsação
Da alma que traduz maior nobreza
Estranho é não ouvir o coração
Cantar do mesmo jeito como reza
Estranho é não gostar de poesia
Nem tentar perceber donde ela vem
Estranho é confundir o mal e o bem
Condenando o amor à revelia
Se o fado tem o doce desempenho
Do sonho que nasceu para ser nosso
Ao fado só não vou quando não posso
Ao fado só não dou o que não tenho
Repertório de Bruno Alves
Ao fado só não dou o que não tenho
Ao fado só não vou quando não posso
O meu amor não tem nada d'estranho
Estranho é não gostar do que é tão nosso
Estranho é não sentir a pulsação
Da alma que traduz maior nobreza
Estranho é não ouvir o coração
Cantar do mesmo jeito como reza
Estranho é não gostar de poesia
Nem tentar perceber donde ela vem
Estranho é confundir o mal e o bem
Condenando o amor à revelia
Se o fado tem o doce desempenho
Do sonho que nasceu para ser nosso
Ao fado só não vou quando não posso
Ao fado só não dou o que não tenho
Deambulação poética
José Fernandes Castro
Declamado e registado em vídeo por Américo Pereira
Ali, ao dobrar da esquina / Apreciando a beleza
Duma jovial menina / De raça bem portuguesa;
Reparei que a natureza / Tem coisas intemporais
Que talvez sejam normais / Para quem pouco conhece;
Porém, a mim me parece / Que a natureza destina
Uma luz quase divina / Que quase sempre escurece;
E quando o tempo amanhece
Declamado e registado em vídeo por Américo Pereira
Ali, ao dobrar da esquina / Apreciando a beleza
Duma jovial menina / De raça bem portuguesa;
Reparei que a natureza / Tem coisas intemporais
Que talvez sejam normais / Para quem pouco conhece;
Porém, a mim me parece / Que a natureza destina
Uma luz quase divina / Que quase sempre escurece;
E quando o tempo amanhece
Da forma mais genuina
Qualquer sol desaparece
Ali ao dobrar da esquina
Ali ao dobrar do tempo/ Temendo o tempo que vinha
Reparei quanto é mesquinha / A alma do pensamento;
Tão frágil é o momento / Em que as vidas se desatam
E por vezes se maltratam / Com a dor do sofrimento;
P’la falta de sentimento / Há sorrisos de negrura
O sol é de pouca dura / A lua é raro sustento;
Enquanto no firmamento
Qualquer sol desaparece
Ali ao dobrar da esquina
Ali ao dobrar do tempo/ Temendo o tempo que vinha
Reparei quanto é mesquinha / A alma do pensamento;
Tão frágil é o momento / Em que as vidas se desatam
E por vezes se maltratam / Com a dor do sofrimento;
P’la falta de sentimento / Há sorrisos de negrura
O sol é de pouca dura / A lua é raro sustento;
Enquanto no firmamento
Uma estrela chora triste
Porque pouco ou nada existe
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar da vida / Projetada para a morte
Reparei o quanto é forte / A memória da partida;
Ai sorte... maldita sorte
Porque pouco ou nada existe
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar da vida / Projetada para a morte
Reparei o quanto é forte / A memória da partida;
Ai sorte... maldita sorte
Que andas de mim fugida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida
A linguagem do amor
José Fernandes Castro
Declamado por Américo Pereira
Quando as palavras são poucas
Para decifrar desejos
Existem as nossas bocas
Que beijando como loucas
Falam através dos beijos
Quando a força dos abraços
Não nos faz sofrer de dor
Estreitando nossos laços
Damos passos e mais passos
Na estrada do amor
Quando não há brancas rosas
No nosso amor sem idade
Nas nossas mãos carinhosas
Meigas e silenciosas
Há aromas de verdade
E quando estivermos sós
Numa distância maior
Através da minha voz
Inventarei para nós
A linguagem do amor
Quando as palavras são poucas
Para decifrar desejos
Existem as nossas bocas
Que beijando como loucas
Falam através dos beijos
Quando a força dos abraços
Não nos faz sofrer de dor
Estreitando nossos laços
Damos passos e mais passos
Na estrada do amor
Quando não há brancas rosas
No nosso amor sem idade
Nas nossas mãos carinhosas
Meigas e silenciosas
Há aromas de verdade
E quando estivermos sós
Numa distância maior
Através da minha voz
Inventarei para nós
A linguagem do amor
Mensagem da distância
José Fernandes Castro / Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Américo
Daqui, desta cidade apetecida
Refúgio do meu fado redentor
Te envio rosas brancas, minha querida
Em paga do teu doce e grande amor
Daqui também te envio este poema
Ditado pela voz com que te canto
Tu és musa real deste meu tema
Por ti, a solidão não me dói tanto
Aqui, nesta distância que faz lei
O luar não tem um brilho natural
Confesso meu amor, que já nem sei
Se a vida é primavera ou vendaval
Vou tendo a minha cruz, mas no entanto
Consigo ser feliz, porque te quero
Apenas tenho sonhos de quebranto
Na noite em que por ti sou desespero
Repertório de Américo
Daqui, desta cidade apetecida
Refúgio do meu fado redentor
Te envio rosas brancas, minha querida
Em paga do teu doce e grande amor
Daqui também te envio este poema
Ditado pela voz com que te canto
Tu és musa real deste meu tema
Por ti, a solidão não me dói tanto
Aqui, nesta distância que faz lei
O luar não tem um brilho natural
Confesso meu amor, que já nem sei
Se a vida é primavera ou vendaval
Vou tendo a minha cruz, mas no entanto
Consigo ser feliz, porque te quero
Apenas tenho sonhos de quebranto
Na noite em que por ti sou desespero
Fado que é fado
José Fernandes Castro / Jorge Goes
Repertório de Jorge Goes
Fado que é fado vive no tempo
Cantando vidas divididas p'lo amor
Fado que é fado nasce por dentro
Curando feridas provocadas pela dor
Fado que é fado é voz dum povo
Que não rejeita tempestades de paixão
Fado que é fado, velho ou mais novo
É lei que aceita as vontades que lhe dão
O fado é luz que faz viver…
Fado que é fado vive no tempo
Cantando vidas divididas p'lo amor
Fado que é fado nasce por dentro
Curando feridas provocadas pela dor
Fado que é fado é voz dum povo
Que não rejeita tempestades de paixão
Fado que é fado, velho ou mais novo
É lei que aceita as vontades que lhe dão
O fado é luz que faz viver…
Destino-sorte
Que nos faz bem porque traduz
Que nos faz bem porque traduz
Sonho e prazer
Estrela do norte que nem toda a gente tem
O fado é luz que nem todos podem ter
Fado é poesia, mensagem bela
Rima perfeita quando o sonho somos nós
É melodia, simples, singela
Que se deleita quando a alma ganha voz
E quando o fado, ganha o direito
De se embalar na voz sublime da saudade
Fica apertado, este meu peito
Numa viagem sem perder a liberdade
Estrela do norte que nem toda a gente tem
O fado é luz que nem todos podem ter
Fado é poesia, mensagem bela
Rima perfeita quando o sonho somos nós
É melodia, simples, singela
Que se deleita quando a alma ganha voz
E quando o fado, ganha o direito
De se embalar na voz sublime da saudade
Fica apertado, este meu peito
Numa viagem sem perder a liberdade
Rapsódia fadista
Domingos Silva / Manuel Maria Rodrigues / Popular
Repertório de Mário Rocha
Marcha do Manel Maria
Bairro Alto, meia noite
Uma sala, pouca luz
Repertório de Mário Rocha
Marcha do Manel Maria
Bairro Alto, meia noite
Uma sala, pouca luz
A guitarra e o seu trinado
Não há ninguém que se acoite
Que o fado a todos seduz
Não há ninguém que se acoite
Que o fado a todos seduz
Quando se trata de fado
Nesse ambiente fadista
Sente o fadista mais garra
Nesse ambiente fadista
Sente o fadista mais garra
E o fado tem mais calor
Quando as mãos dum guitarrista
Quando as mãos dum guitarrista
Fazem chorar a guitarra
E alguém canta o menor
Fado Menor
Minha guitarra querida
E alguém canta o menor
Fado Menor
Minha guitarra querida
Tu és minha, eu de ti sou
Alma coração e vida
Alma coração e vida
Eu tudo, tudo te dou
Guitarra, de mim tem dó
Guitarra, de mim tem dó
Quando eu morrer, nesse dia
Não me faças sentir só
Não me faças sentir só
Por Deus, faz-me companhia
Fado Mouraria
O fado é divina reza
Fado Mouraria
O fado é divina reza
E o bom fadista de garra
Traz a sua vida presa
Traz a sua vida presa
Às cordas duma guitarra
A rua mais lisboeta
Lourenço Rodrigues / Vasco de Macedo
Repertório de Hermínia Silva
Cá p'ra mim a minha rua
É um risonho canteiro
Tem gatos miando à lua
Nos telhados em Janeiro
Tudo ali é português
Tudo lá vive contente
Vive o pobre e o burguês
É pequenina?... talvez
Mas cabe lá toda a gente
Melhor nunca vi, que a rua onde nasci
Rua pobrezinha, mas tem uma graça infinda
É humilde, qual aldeia
Embora digam que é feia
Cá p'ra mim é a mais linda
Não há ódios nem maldade
Tudo ali é singeleza
Não pode haver na cidade
Rua assim mais portuguesa
Nada tem que seja novo
Essa rua da gentalha
Ali canto e me comovo
Pois é rua do povo
Que labuta e que trabalha
Por ti
António Mourão / Zélia Rosa Pinto
Repertório de António Mourão
Não quero, não, eu não vou implorar
E não me quero lembrar
O quanto tu foste louca
Não quero, por ti já sofrei demais
Vou afogar os meus ais
E o meu pranto, em outra boca
Ai… por ti
Repertório de António Mourão
Não quero, não, eu não vou implorar
E não me quero lembrar
O quanto tu foste louca
Não quero, por ti já sofrei demais
Vou afogar os meus ais
E o meu pranto, em outra boca
Ai… por ti
Por ti que nada me deste
Que tanto mal me fizeste
A minh’alma está vencida
Por ti
Que tanto mal me fizeste
A minh’alma está vencida
Por ti
Em que eu, louco acreditei
Que louco de amor lutei
Ando perdido na vida
Não quero ver-te mais no meu caminho
Ando na vida sozinho
Se é esse o desejo teu
Não querom lembrar sequer o momento
Que afinal, p´ra meu tormento
O teu amor não é meu
Que louco de amor lutei
Ando perdido na vida
Não quero ver-te mais no meu caminho
Ando na vida sozinho
Se é esse o desejo teu
Não querom lembrar sequer o momento
Que afinal, p´ra meu tormento
O teu amor não é meu
Por causa dos teus ciúmes
Letra de Frederico de Brito
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Dizem que os altos rochedos
Contam segredos ao mar
Eu contei os meus segredos
A quem os anda a contar
Ouvi dizer que os pinheiros
Gemem p’las noites sem fim
Eu gemi dias inteiros
Sem ninguém ter dó de mim
O céu, às vezes tem pranto
Capaz de encher o mar largo
Eu por mim, não choro tanto
Mas o pranto é mais amargo
Dizem que o choro da nora
É feito do peso d’água
Também a minh’alma chora
Carregadinha de mágoa
Dorme a fonte ao abandono
De noite, nos altos cumes
Só eu não posso ter sono
Por causa dos teus ciúmes
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Dizem que os altos rochedos
Contam segredos ao mar
Eu contei os meus segredos
A quem os anda a contar
Ouvi dizer que os pinheiros
Gemem p’las noites sem fim
Eu gemi dias inteiros
Sem ninguém ter dó de mim
O céu, às vezes tem pranto
Capaz de encher o mar largo
Eu por mim, não choro tanto
Mas o pranto é mais amargo
Dizem que o choro da nora
É feito do peso d’água
Também a minh’alma chora
Carregadinha de mágoa
Dorme a fonte ao abandono
De noite, nos altos cumes
Só eu não posso ter sono
Por causa dos teus ciúmes
Cidade do meu poema
José Fernandes Castro / Joaquim Campos (fado tango)
Repertório de Nano Vieira
Cidade que vais crescendo
Em perfeita liberdade
Em ti se vão escondendo
E também se vão perdendo
Os traços da mocidade
Vais mudando lentamente
A imagem do teu povo
Vais ficando diferente
E a alma da tua gente
Gosta do teu fato novo
Tens perfil mais sedutor
Tens mais sol e mais luar
Agora estás bem melhor
Porque já consegues pôr
Fantasias no olhar
Cidade, cresce depressa
Mas cresce com humildade
Nunca percas a cabeça
P’ra que o povo não esqueça
Que rimas com liberdade
Repertório de Nano Vieira
Cidade que vais crescendo
Em perfeita liberdade
Em ti se vão escondendo
E também se vão perdendo
Os traços da mocidade
Vais mudando lentamente
A imagem do teu povo
Vais ficando diferente
E a alma da tua gente
Gosta do teu fato novo
Tens perfil mais sedutor
Tens mais sol e mais luar
Agora estás bem melhor
Porque já consegues pôr
Fantasias no olhar
Cidade, cresce depressa
Mas cresce com humildade
Nunca percas a cabeça
P’ra que o povo não esqueça
Que rimas com liberdade
Tenho falado de amores
Antero de Quental / José Marques do Amaral
Repertório de Camané
Também gravado com o título *Maria*
Tenho cantado esperanças
Tenho falado d’amores
Das saudades e dos sonhos
Com que embalo as minhas dores
Eu cuidei que era poesia
Todo esse louco sonhar
Cuidei saber o que é vida
Só porque sei delirar
Eram fantasmas que a noite
Que a noite trouxe e o dia levou
À luz da estranha alvorada
Hoje minh’alma acordou
Esquece aqueles cantos
Só agora sei falar
Perdoa-me esses delírios
Só agora soube amar
Repertório de Camané
Também gravado com o título *Maria*
Tenho cantado esperanças
Tenho falado d’amores
Das saudades e dos sonhos
Com que embalo as minhas dores
Eu cuidei que era poesia
Todo esse louco sonhar
Cuidei saber o que é vida
Só porque sei delirar
Eram fantasmas que a noite
Que a noite trouxe e o dia levou
À luz da estranha alvorada
Hoje minh’alma acordou
Esquece aqueles cantos
Só agora sei falar
Perdoa-me esses delírios
Só agora soube amar
O teu sol posto
José Fernandes Castro / Francisco Viana *fado vianinha
Repertório de António Passos
Pintei o teu lindo rosto
Na tela do pensamento
Agora sinto cá dentro
A beleza do sol posto
Pintei o teu lindo olhar
Com o lápis da ternura
E senti quanta doçura
Tens, na forma de beijar
Pintei o brilho da lua
No céu do teu ideal
Para tornar sensual
O luar da tua rua
Depois pintei o desejo
Na magia dum sorriso
E através do teu beijo
Conheci o paraíso
Repertório de António Passos
Pintei o teu lindo rosto
Na tela do pensamento
Agora sinto cá dentro
A beleza do sol posto
Pintei o teu lindo olhar
Com o lápis da ternura
E senti quanta doçura
Tens, na forma de beijar
Pintei o brilho da lua
No céu do teu ideal
Para tornar sensual
O luar da tua rua
Depois pintei o desejo
Na magia dum sorriso
E através do teu beijo
Conheci o paraíso
Os meus versos
Florbela Espanca / Paulo Valentim
Repertório de Kátia Guerreiro
Rasga esses versos que eu te fiz, amor
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento
Que a tempestade os leve, aonde fôr
Rasga-os na mente se os souberes de cor
Que volte ao nada, o nada de um momento
Julguei-me grande pelo sofrimento
E pelo orgulho, ainda sou maior
Tanto verso já disse o que eu sonhei
Tantos penaram já, o que eu penei
Asas que passam, todo o mundo as sente
Rasga dos meus versos!... pobre endoidecida
Como se um grande amor, cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente
Repertório de Kátia Guerreiro
Rasga esses versos que eu te fiz, amor
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento
Que a tempestade os leve, aonde fôr
Rasga-os na mente se os souberes de cor
Que volte ao nada, o nada de um momento
Julguei-me grande pelo sofrimento
E pelo orgulho, ainda sou maior
Tanto verso já disse o que eu sonhei
Tantos penaram já, o que eu penei
Asas que passam, todo o mundo as sente
Rasga dos meus versos!... pobre endoidecida
Como se um grande amor, cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente
Amor total
José Fernandes Castro / Armando Machado (fado santa luzia)
Repertório de Mariana Correia
Temos encontro marcado
Num poema inacabado
À espera dum final
Somos a alma perfeita
Da paixão que só se deita
Em nome do amor total
A nossa cama é o tempo
Onde corpo e sentimento
Combinam na perfeição
O nosso mundo é o amor
Que tem o real sabor
Das coisas do coração
Temos encontro marcado
Nas rimas do mesmo fado
Que baila na nossa voz
Este amor, quase loucura
Desperta em nós a ternura
O resto... fazemos nós
Temos encontro marcado
Num poema inacabado
À espera dum final
Somos a alma perfeita
Da paixão que só se deita
Em nome do amor total
A nossa cama é o tempo
Onde corpo e sentimento
Combinam na perfeição
O nosso mundo é o amor
Que tem o real sabor
Das coisas do coração
Temos encontro marcado
Nas rimas do mesmo fado
Que baila na nossa voz
Este amor, quase loucura
Desperta em nós a ternura
O resto... fazemos nós
O banco da felicidade
José Fernandes Castro / Casimiro Ramos *fado três bairros*
Repertório de Júlia Cancela
Meu amor, a primavera
Continua à nossa espera
No banco da felicidade
Na solidão do meu dia
Vou vivendo a fantasia
Que não me conta a verdade
Meu amor, a lei da vida
É esta ânsia sofrida
Que me rouba o som da voz
Trago a minh’alma quebrada
P’la falta da madrugada
Que despertará por nós
O sol da minha esperança
É luz que jamais se alcança
Porque me falta fulgor
No calor do meu pecado
Vou abafando este fado
Que fala do teu amor
Vou vivendo tempestades
Vou suportando saudades
P’ra melhor me compreender
Meu amor, a primavera
Continua à tua espera
No banco do meu viver
Meu amor, a primavera
Continua à nossa espera
No banco da felicidade
Na solidão do meu dia
Vou vivendo a fantasia
Que não me conta a verdade
Meu amor, a lei da vida
É esta ânsia sofrida
Que me rouba o som da voz
Trago a minh’alma quebrada
P’la falta da madrugada
Que despertará por nós
O sol da minha esperança
É luz que jamais se alcança
Porque me falta fulgor
No calor do meu pecado
Vou abafando este fado
Que fala do teu amor
Vou vivendo tempestades
Vou suportando saudades
P’ra melhor me compreender
Meu amor, a primavera
Continua à tua espera
No banco do meu viver
Pedi um beijo
José Fernandes Castro / Raúl Ferrão *fado carriche*
Repertório de Júlia Cancela
Pedi um beijo á saudade
P’ra lhe saber o sabor
Mas tal beijo, na verdade
Não me soube ao teu amor
Pedi um beijo ao luar
Que mora na tua rua
P’ra poder saborear
O ar que por ti flutua
Pedi um beijo á beleza
Que te vai beijar o rosto
Só para teres a certeza
Que é de ti que tanto gosto
Era tão grande o desejo
De te beijar docemente
Que fui sonhar o teu beijo
Nos lábios do amor ausente
Pedi um beijo á saudade
P’ra lhe saber o sabor
Mas tal beijo, na verdade
Não me soube ao teu amor
Pedi um beijo ao luar
Que mora na tua rua
P’ra poder saborear
O ar que por ti flutua
Pedi um beijo á beleza
Que te vai beijar o rosto
Só para teres a certeza
Que é de ti que tanto gosto
Era tão grande o desejo
De te beijar docemente
Que fui sonhar o teu beijo
Nos lábios do amor ausente
Provérbio ao contrário
Letra e música de Jonas
Repertório de Jonas
Um gato escaldado de água fria tem medo
Ah pois não, com razão
Sou água morna a furar pedra dura de xisto
E eu insisto
Eu podia ter sido ladrão
Não faltou a ocasião
Mas eu sou quem tudo quer
Tudo sonha e alcança
Que Deus guarda o borracho e a criança
Fui um hábito, encarnei um monge
Passando a passo largo
Quem depressa vai ao longe
Sou o provérbio ao contrário
Eu cá não caio no conto do vigário
Sou o provérbio ao contrário
Eu cá não caio no conto do vigário
Eu podia roubar o ladrão
Com direito a 100 anos de perdão
Mas eu sou quem tudo quer
Repertório de Jonas
Um gato escaldado de água fria tem medo
Ah pois não, com razão
Sou água morna a furar pedra dura de xisto
E eu insisto
Eu podia ter sido ladrão
Não faltou a ocasião
Mas eu sou quem tudo quer
Tudo sonha e alcança
Que Deus guarda o borracho e a criança
Fui um hábito, encarnei um monge
Passando a passo largo
Quem depressa vai ao longe
Sou o provérbio ao contrário
Eu cá não caio no conto do vigário
Sou o provérbio ao contrário
Eu cá não caio no conto do vigário
Eu podia roubar o ladrão
Com direito a 100 anos de perdão
Mas eu sou quem tudo quer
Tudo sonha e alcança
Que Deus guarda o borracho e a criança
Fui um hábito, encarnei um monge
Passando a passos largos
Quem depressa vai ao longe
Que Deus guarda o borracho e a criança
Fui um hábito, encarnei um monge
Passando a passos largos
Quem depressa vai ao longe
Pelas ruas do meu fado
José Fernandes Castro / Alfredo Duarte *fado bailado*
Repertório de Júlia Cancela
Pelas ruas do meu fado
Vagueia um fado sem cor
O meu sonho amargurado
Anda triste, anda cansado
De sonhar o teu amor
Pelas ruas onde passo
Tudo me fala de ti (todos me falam)
Já não suporto o cansaço
De sentir que me desfaço
Na praia que construí
Construí com devoção
Um castelo em (de) maré cheia
Construí, mas foi em vão
Porque sem teu coração
Fiz um castelo de areia
E sempre que o meu castelo
É assaltado por ti
Eu vejo o mundo mais belo
E abandono o pesadelo
Dum sonho que não vivi
Ente parênteses: alterações feitas intérprete
Repertório de Júlia Cancela
Pelas ruas do meu fado
Vagueia um fado sem cor
O meu sonho amargurado
Anda triste, anda cansado
De sonhar o teu amor
Pelas ruas onde passo
Tudo me fala de ti (todos me falam)
Já não suporto o cansaço
De sentir que me desfaço
Na praia que construí
Construí com devoção
Um castelo em (de) maré cheia
Construí, mas foi em vão
Porque sem teu coração
Fiz um castelo de areia
E sempre que o meu castelo
É assaltado por ti
Eu vejo o mundo mais belo
E abandono o pesadelo
Dum sonho que não vivi
Ente parênteses: alterações feitas intérprete
O que é feito dela?
Letra e música de Miguel Araújo Jorge
Repertório de António Zambujo
À janela eu sei que ela / Há muito não se penteia
Na minha rua, a sua sombra / Há muito não se passeia
Que é do furtivo olhar / Que um dia íamos trocar?
Que é de todas as coisas / Que eu tinha para lhe contar
O que é feito dela?
Será que aceitou o convite de alguém
Será que anda triste e não quer ver ninguém?
O que é feito dela?
Que é feito das cidades / Que eu tinha para lhe mostrar
Que é desses filhos todos / Que ela tinha pra me dar
Que é do nosso eterno amor / Do meu furtivo olhar
E da desculpa que é bom / Que ela tenha pra me dar
Repertório de António Zambujo
À janela eu sei que ela / Há muito não se penteia
Na minha rua, a sua sombra / Há muito não se passeia
Que é do furtivo olhar / Que um dia íamos trocar?
Que é de todas as coisas / Que eu tinha para lhe contar
O que é feito dela?
Será que aceitou o convite de alguém
Será que anda triste e não quer ver ninguém?
O que é feito dela?
Que é feito das cidades / Que eu tinha para lhe mostrar
Que é desses filhos todos / Que ela tinha pra me dar
Que é do nosso eterno amor / Do meu furtivo olhar
E da desculpa que é bom / Que ela tenha pra me dar
Minha boca não se atreve
Amália Rodrigues / Fontes Rocha
Repertório de Amália
Não se atreve a minha boca
Que eu não a deixo atrever
A dizer que eu ando louca
Que ando louca por te ver
Não se atreve a minha boca
Ao grito que eu quero dar
Não se atreve a minha boca
Que eu não a deixo gritar
Minha boca não se atreve
Não segue o meu coração
E não diz o que não deve
É a minha expiação
Minha boca não se atreve
A dizer o que lhe digo
Se ela se atrever em breve
Sabes que sonho contigo
Ai minha boca atrevida
Tu já mo disseste a mim
E encheste a minha vida
Desse segredo ruim
Repertório de Amália
Não se atreve a minha boca
Que eu não a deixo atrever
A dizer que eu ando louca
Que ando louca por te ver
Não se atreve a minha boca
Ao grito que eu quero dar
Não se atreve a minha boca
Que eu não a deixo gritar
Minha boca não se atreve
Não segue o meu coração
E não diz o que não deve
É a minha expiação
Minha boca não se atreve
A dizer o que lhe digo
Se ela se atrever em breve
Sabes que sonho contigo
Ai minha boca atrevida
Tu já mo disseste a mim
E encheste a minha vida
Desse segredo ruim
Como te vi
Filomena de Sousa / Pedro Rodrigues
Repertório de Filomena de Sousa
Ouvia falar de ti
E sonhei vezes sem fim
Aquela noite de março
Em silêncio pressenti
Teus lábios, juntinho a mim
E nós dois no mesmo abraço
Com a paixão aumentando
Dei por mim esvoaçando / Nesse amor apaixonante
Julgava ter-te só meu
Ser só nosso o azul do céu / E eu sempre tua amante
Silêncio, não digas nada;
Disseste tu sem falar / Devorando os olhos meus
A boca ficou calada
P’lo beijo que soube dar / Abençoado por Deus
Depois fomos para casa
Perder os cinco sentidos / Como quem perde a razão
Silêncio, não digas nada
E ficamos mais que amigos / A falar pró coração;
Silêncio, não digas nada
E ficamos mais que amigos / Enleados em paixão
Repertório de Filomena de Sousa
Ouvia falar de ti
E sonhei vezes sem fim
Aquela noite de março
Em silêncio pressenti
Teus lábios, juntinho a mim
E nós dois no mesmo abraço
Com a paixão aumentando
Dei por mim esvoaçando / Nesse amor apaixonante
Julgava ter-te só meu
Ser só nosso o azul do céu / E eu sempre tua amante
Silêncio, não digas nada;
Disseste tu sem falar / Devorando os olhos meus
A boca ficou calada
P’lo beijo que soube dar / Abençoado por Deus
Depois fomos para casa
Perder os cinco sentidos / Como quem perde a razão
Silêncio, não digas nada
E ficamos mais que amigos / A falar pró coração;
Silêncio, não digas nada
E ficamos mais que amigos / Enleados em paixão
Menino de Abril
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu nasci, bem demais, em Abril
Eram três da manhã
Minha Mãe era nova, tão nova
Que foi minha irmã
Os seus olhos arderam de amor
Dessa dor de mulher
O seu seio, em flor, agarrei-o
Bebi-o, para viver
Fui criança num mundo em que o Mundo
Era eu que inventava
Fui “cow-boy”, fui toureiro, palhaço
E também rezava
Cresci com um pé no terror de a noite chegar
E meus sonhos serem de bruxas e ter de sonhar
Minha Mãe, sempre nova, tão nova
Olhava contente
Para os olhos, que eu tinha, tão tristes
Mais que toda a gente
Sem pensar, nem sonhar, que eu matara
O menino de Abril
E que a dor, que eu sentira, ao nascer
Se dividira em mil
Hoje, trago na boca palavras que nunca escrevi
Poemas de amor, infantis, para os quais não cresci
No meu corpo o cansaço é adulto, o amor uma espera
Invenção amarga e dura do poeta criança que eu era
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu nasci, bem demais, em Abril
Eram três da manhã
Minha Mãe era nova, tão nova
Que foi minha irmã
Os seus olhos arderam de amor
Dessa dor de mulher
O seu seio, em flor, agarrei-o
Bebi-o, para viver
Fui criança num mundo em que o Mundo
Era eu que inventava
Fui “cow-boy”, fui toureiro, palhaço
E também rezava
Cresci com um pé no terror de a noite chegar
E meus sonhos serem de bruxas e ter de sonhar
Minha Mãe, sempre nova, tão nova
Olhava contente
Para os olhos, que eu tinha, tão tristes
Mais que toda a gente
Sem pensar, nem sonhar, que eu matara
O menino de Abril
E que a dor, que eu sentira, ao nascer
Se dividira em mil
Hoje, trago na boca palavras que nunca escrevi
Poemas de amor, infantis, para os quais não cresci
No meu corpo o cansaço é adulto, o amor uma espera
Invenção amarga e dura do poeta criança que eu era
A vida é cheia de espinhos
Letra de João de Freitas
Do arquivo de Luís Alberto Freitas Hilário (neto do autor)
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
A vida é cheia de espinhos
Para quem for infeliz
Pois quem não tiver carinhos
Nunca pode ser feliz
Pois ela é cheia de espinhos
Todos maldizem a hora
Triste ou boa em que nasceram
Pois há sempre alguém que chora
Os amores que se perderam
E maldizem essa hora
É sempre assim esta vida
Mesquinha, cheia de escolhos
E a felicidade perdida
Conhece-se em muitos olhos
Porque estão fartos da vida
Pois se até as próprias flores
Quando murchas, sem valia
Já perdidos seus odores
São como nós, dia a dia
Na perdição dos amores
Do arquivo de Luís Alberto Freitas Hilário (neto do autor)
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
A vida é cheia de espinhos
Para quem for infeliz
Pois quem não tiver carinhos
Nunca pode ser feliz
Pois ela é cheia de espinhos
Todos maldizem a hora
Triste ou boa em que nasceram
Pois há sempre alguém que chora
Os amores que se perderam
E maldizem essa hora
É sempre assim esta vida
Mesquinha, cheia de escolhos
E a felicidade perdida
Conhece-se em muitos olhos
Porque estão fartos da vida
Pois se até as próprias flores
Quando murchas, sem valia
Já perdidos seus odores
São como nós, dia a dia
Na perdição dos amores
Menina por ser bonita
Mote popular / Glosa de Isidoro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Menina por ser bonita
Não cuide que mais merece
Quanto mais bela é a rosa
Mais depressa se fenece
Mais simples do que ninguém
Ponha o vestido de chita
Que tudo lhe fica bem
Menina por ser bonita
Mas só porque Deus lhe deu
Uma cara que não esquece
Não pense que o mundo é seu
Não cuide que mais merece
A vida tem maus caminhos
A sua estrada é perigosa
Tanto maiores são os espinhos
Quanto mais bela é a rosa
Não tenha pressa d’amar
Quando um amor aparece
Amor que não faz esperar
Mais depressa se fenece
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Menina por ser bonita
Não cuide que mais merece
Quanto mais bela é a rosa
Mais depressa se fenece
Mais simples do que ninguém
Ponha o vestido de chita
Que tudo lhe fica bem
Menina por ser bonita
Mas só porque Deus lhe deu
Uma cara que não esquece
Não pense que o mundo é seu
Não cuide que mais merece
A vida tem maus caminhos
A sua estrada é perigosa
Tanto maiores são os espinhos
Quanto mais bela é a rosa
Não tenha pressa d’amar
Quando um amor aparece
Amor que não faz esperar
Mais depressa se fenece
Quadras soltas
Frederico de Brito
Transcritas do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não me fales que eu não posso
Atender a tua dor
Estou rezando um Padre Nosso
Por alma do nosso amor
O ribeiro não corria / Quando o teu lenço lavavas
Parou, a ver se aprendia / As cantigas que cantavas
À fonte de São João / Fui lavar penas e mágoas
As penas tão negras são / Qu’enegreceram as águas
Já a água do regato / Anda de noite a ralhar
Com teu coração ingrato / Que tanto me faz penar
Que o amor nasce da chama / Dum olhar, é ironia
Porque o cego também ama / Sem ter visto a luz do dia
No céu faltam duas ‘strelas / As de mais lindo fulgor
Pois Deus quis fazer com elas / Os olhos do meu amor
Negros ciúmes de amor / Quem nunca os exp’rimentou
Não sabe a coisa pior / Que Deus ao mundo deitou
Saudade é a flor mais linda / Que dentro em noss’alma vive
Saudades tenho-as ainda / Das saudades que já tive
As mais lindas bailarinas / E as que bailam melhor
São essas lindas meninas / Dos teus olhos, meu amor
Tu tens um ar apressado / E passas por tudo a rir
Olha que um passo mal dado / Pode fazer-te cair
Das tuas juras d’amor / Quis na feira fazer venda
Mas de tanto comprador / Nenhum gostou da fazenda
Para se poder cantar / O Fado, quando se adora
Basta apenas atirar / A alma p’la boca fora
Olhas pr’á Virgem e rezas / E eu julgo ver, nessa hora
Mais duas velas acesas / No altar de Nossa Senhora
Traz as palavras contadas / Vê lá bem com quem te expandes
Pois é dos pequenos nadas / Que nascem as coisas grandes
Para amar, tem sempre tento / Nunca é bom amar demais
Porque os moinhos de vento / Não moem com temporais
Vidas felizes, são raras / Quantas vidas há perdidas
Que, depois de rir às claras / Vão chorar às escondidas?
Mulher, fazes mal se casas / Sem uma paixão ardente
Olha que o lume sem brasas / Apaga-se facilmente
Quando tu fias o linho / Até o linho sorri
E o fuso põe-se mansinho / Bailando junto de ti
Cautela, ninguém se gabe / De ter tudo o que lhe apraz
Quem não tem nada é que sabe / A falta que tudo faz
Perdida no meio dum ermo / A casinha onde nasci
Parece um velhinho enfermo / Que nunca mais sai dali
Meu pequeno povoado / À luz do luar mansinho
É um cacho sulfatado / Beijando o pó do caminho
Planta de vários matizes / É meu Portugal jucundo
Que soube criar raízes / Nas cinco partes do mundo
Se o teu olhar visse um dia / Como trago o peito aflito
Tua boca não dizia / Metade do que tem dito
Tu disseste que eu partira / De ti, cheio de saudade?!
Tens dito tanta mentira / Mas desta vez foi verdade
Não há lábios como aqueles / Nunca vi lábios assim
Quanto mais perto estou deles / Mais longe ficam de mim
A água da fonte é louca / Anda p’ra aí a dizer
Que já te beijou a boca / Quando lá foste beber
Transcritas do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não me fales que eu não posso
Atender a tua dor
Estou rezando um Padre Nosso
Por alma do nosso amor
O ribeiro não corria / Quando o teu lenço lavavas
Parou, a ver se aprendia / As cantigas que cantavas
À fonte de São João / Fui lavar penas e mágoas
As penas tão negras são / Qu’enegreceram as águas
Já a água do regato / Anda de noite a ralhar
Com teu coração ingrato / Que tanto me faz penar
Que o amor nasce da chama / Dum olhar, é ironia
Porque o cego também ama / Sem ter visto a luz do dia
No céu faltam duas ‘strelas / As de mais lindo fulgor
Pois Deus quis fazer com elas / Os olhos do meu amor
Negros ciúmes de amor / Quem nunca os exp’rimentou
Não sabe a coisa pior / Que Deus ao mundo deitou
Saudade é a flor mais linda / Que dentro em noss’alma vive
Saudades tenho-as ainda / Das saudades que já tive
As mais lindas bailarinas / E as que bailam melhor
São essas lindas meninas / Dos teus olhos, meu amor
Tu tens um ar apressado / E passas por tudo a rir
Olha que um passo mal dado / Pode fazer-te cair
Das tuas juras d’amor / Quis na feira fazer venda
Mas de tanto comprador / Nenhum gostou da fazenda
Para se poder cantar / O Fado, quando se adora
Basta apenas atirar / A alma p’la boca fora
Olhas pr’á Virgem e rezas / E eu julgo ver, nessa hora
Mais duas velas acesas / No altar de Nossa Senhora
Traz as palavras contadas / Vê lá bem com quem te expandes
Pois é dos pequenos nadas / Que nascem as coisas grandes
Para amar, tem sempre tento / Nunca é bom amar demais
Porque os moinhos de vento / Não moem com temporais
Vidas felizes, são raras / Quantas vidas há perdidas
Que, depois de rir às claras / Vão chorar às escondidas?
Mulher, fazes mal se casas / Sem uma paixão ardente
Olha que o lume sem brasas / Apaga-se facilmente
Quando tu fias o linho / Até o linho sorri
E o fuso põe-se mansinho / Bailando junto de ti
Cautela, ninguém se gabe / De ter tudo o que lhe apraz
Quem não tem nada é que sabe / A falta que tudo faz
Perdida no meio dum ermo / A casinha onde nasci
Parece um velhinho enfermo / Que nunca mais sai dali
Meu pequeno povoado / À luz do luar mansinho
É um cacho sulfatado / Beijando o pó do caminho
Planta de vários matizes / É meu Portugal jucundo
Que soube criar raízes / Nas cinco partes do mundo
Se o teu olhar visse um dia / Como trago o peito aflito
Tua boca não dizia / Metade do que tem dito
Tu disseste que eu partira / De ti, cheio de saudade?!
Tens dito tanta mentira / Mas desta vez foi verdade
Não há lábios como aqueles / Nunca vi lábios assim
Quanto mais perto estou deles / Mais longe ficam de mim
A água da fonte é louca / Anda p’ra aí a dizer
Que já te beijou a boca / Quando lá foste beber
Onde a saudade se deita
Letra e música de Ricardo Martins
Repertório de Filomena Sousa
Escrevemos um poema de vida
Com letras de ternura na palma da mão
Achamos a esperança perdida
Fizemos deste abraço a nossa canção
Cada momento que estamos a sós
É tempo de magia perfeita
Quando estamos distantes fazemos de nós
O leito onde a saudade se deita
Ai este amor
É canto, é silêncio, é grito, é libertação
Aí este amor
Centelha que ateia a fogueira de um coração
Que vive por amar
Fizemos da tormenta a bonança
Com beijos de sorrisos tocamos o céu
Num sonho que de sonhar se cansa
Seremos bem reais neste amor, tu é eu
Cada suspiro arrancado de nós
Encontra nos desejos guarida
Quando nos enlaçamos embarga-se a voz
Num fado de saudade perdida
Repertório de Filomena Sousa
Escrevemos um poema de vida
Com letras de ternura na palma da mão
Achamos a esperança perdida
Fizemos deste abraço a nossa canção
Cada momento que estamos a sós
É tempo de magia perfeita
Quando estamos distantes fazemos de nós
O leito onde a saudade se deita
Ai este amor
É canto, é silêncio, é grito, é libertação
Aí este amor
Centelha que ateia a fogueira de um coração
Que vive por amar
Fizemos da tormenta a bonança
Com beijos de sorrisos tocamos o céu
Num sonho que de sonhar se cansa
Seremos bem reais neste amor, tu é eu
Cada suspiro arrancado de nós
Encontra nos desejos guarida
Quando nos enlaçamos embarga-se a voz
Num fado de saudade perdida
Brinquedos de brincar
Letra de Linhares Barbosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Se o teu filhinho sonhar
Com brinquedos do Natal
Não o acordes... faz mal
Um lindo sonho cortar
No pinheirinho pequeno
Põe brinquedos de brincar
Porque Jesus Nazareno
Outros não podia dar
Não lhe dês armas sangrentas
Que não são para estimar
Dá-lhe livros, ferramentas
Que não sejam de matar
Brinquedos, aos pequenitos
Nem todos se devem dar
Que nem todos os bonitos
São bonitos de brincar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Se o teu filhinho sonhar
Com brinquedos do Natal
Não o acordes... faz mal
Um lindo sonho cortar
No pinheirinho pequeno
Põe brinquedos de brincar
Porque Jesus Nazareno
Outros não podia dar
Não lhe dês armas sangrentas
Que não são para estimar
Dá-lhe livros, ferramentas
Que não sejam de matar
Brinquedos, aos pequenitos
Nem todos se devem dar
Que nem todos os bonitos
São bonitos de brincar
O dom da vida
Letra de Isidoro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Se olhares para o teu futuro com um sorriso
Com um sorriso ingénuo de criança
Segue em frente, pois tens o que é preciso
P’ra ser feliz na vida, tens a esperança
Se ao lembrar o passado com saudade
O consegues fazer alegremente
Tu não perdeste a tua mocidade
Pois estás a vivê-la novamente
Se o bem tu souberes agradecer
Se sabes perdoar ao inimigo
Tens tudo o que é preciso p’ra viver
Tens o amor de Deus, tens Deus contigo
Se o que anseias a vida te não der
A vida continua a ser um bem
Feliz não é quem tem tudo o que quer
Mas quem gosta de tudo quanto tem
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Se olhares para o teu futuro com um sorriso
Com um sorriso ingénuo de criança
Segue em frente, pois tens o que é preciso
P’ra ser feliz na vida, tens a esperança
Se ao lembrar o passado com saudade
O consegues fazer alegremente
Tu não perdeste a tua mocidade
Pois estás a vivê-la novamente
Se o bem tu souberes agradecer
Se sabes perdoar ao inimigo
Tens tudo o que é preciso p’ra viver
Tens o amor de Deus, tens Deus contigo
Se o que anseias a vida te não der
A vida continua a ser um bem
Feliz não é quem tem tudo o que quer
Mas quem gosta de tudo quanto tem
Praias desertas
Letra e música de Carminho
Repertório da autora
As praias desertas que eu vi nascer
São horas tão certas do meu crescer
Não julgues que o mar não te traz a mim
Se olhares bem no fundo, tu verás que sim
Estou nos cabelos, no vento que ao tê-los
Sussurram meu pranto, embalam meu canto
Se entoares bem alto com os pés no areal
E olhares bem em frente, ver-me-ás afinal
Oh meu amor eu nunca te esqueço
O meu amor e uma linha que meço
Sem tempo, nem guia, imagem nem chão
A praia deserta é a tua mão
O medo do azul que vês além
É a ilusão de não estar ninguém
as tu tens a fé, a praia nasceu
Venho co’a maré que sempre traz o que é seu
Repertório da autora
As praias desertas que eu vi nascer
São horas tão certas do meu crescer
Não julgues que o mar não te traz a mim
Se olhares bem no fundo, tu verás que sim
Estou nos cabelos, no vento que ao tê-los
Sussurram meu pranto, embalam meu canto
Se entoares bem alto com os pés no areal
E olhares bem em frente, ver-me-ás afinal
Oh meu amor eu nunca te esqueço
O meu amor e uma linha que meço
Sem tempo, nem guia, imagem nem chão
A praia deserta é a tua mão
O medo do azul que vês além
É a ilusão de não estar ninguém
as tu tens a fé, a praia nasceu
Venho co’a maré que sempre traz o que é seu
Onde morrem as saudades
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Onde morrem as saudades
E os olhos mudam de cor
São mais duras as verdades
Por serem todas de amor
Quando vens, o teu sorriso / Tem a luz de mais um dia
Cai a noite e eu preciso / Que tu venhas e sorrias
Saudades são más lembranças
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Onde morrem as saudades
E os olhos mudam de cor
São mais duras as verdades
Por serem todas de amor
Quando vens, o teu sorriso / Tem a luz de mais um dia
Cai a noite e eu preciso / Que tu venhas e sorrias
Saudades são más lembranças
Dos olhos de quem não ri
As que trago são esperanças
As que trago são esperanças
Todas quantas sinto em ti
Pelo sol que trago enfim / Nos meus olhos por te ver
Sei que tudo agora em mim / Será teu até morrer
Que estranho mundo inventei
Para te ter a meu lado
Partiste mas eu fiquei
E mais um sonho acabado
Pelo sol que trago enfim / Nos meus olhos por te ver
Sei que tudo agora em mim / Será teu até morrer
Que estranho mundo inventei
Para te ter a meu lado
Partiste mas eu fiquei
E mais um sonho acabado
Perdoa meu amor
Manuel Carvalho / Armandinho *alexandrino do Estoril*
Repertório de Filomena de Sousa
Perdoa meu amor, mas ando tão cansada
Das noites perdidas, sem ti a meu lado
Só vives pró fado, e é longa a madrugada
Os teus beijos amor, já rimam com passado
Perdoa meu amor, pode até ser intriga
Disseram-me há pouco, amas outra mulher
Só culpo o teu fado, e sei que não se obriga
O coração a gostar de quem ele não quer
Perdoa meu amor, digo-te neste fado
Não quero mais chorar, promessas esqueci
Talvez algum dia, teu coração gelado
Te lembre o meu amor e o quanto chorei por ti
Perdoa meu amor, agora também canto
Fica com teu fado, eu fico com o meu
Vou trocar teus beijos por lágrimas e pranto
E tentar ser feliz, com o que Deus me deu
Repertório de Filomena de Sousa
Perdoa meu amor, mas ando tão cansada
Das noites perdidas, sem ti a meu lado
Só vives pró fado, e é longa a madrugada
Os teus beijos amor, já rimam com passado
Perdoa meu amor, pode até ser intriga
Disseram-me há pouco, amas outra mulher
Só culpo o teu fado, e sei que não se obriga
O coração a gostar de quem ele não quer
Perdoa meu amor, digo-te neste fado
Não quero mais chorar, promessas esqueci
Talvez algum dia, teu coração gelado
Te lembre o meu amor e o quanto chorei por ti
Perdoa meu amor, agora também canto
Fica com teu fado, eu fico com o meu
Vou trocar teus beijos por lágrimas e pranto
E tentar ser feliz, com o que Deus me deu
Amor tão nosso
José Fernandes Castro / Miguel Ramos *fado margarida*
Repertório de José Neves (ao vivo)
Quem fez o nosso amor soube o que fez
Ao dar-lhe o som dum fado que é só nosso
O nosso amor cantado em português
Mantém os corações em alvoroço
Quem fez o nosso amor deu-lhe o ciúme
Normal, como normal é a certeza
Que mesmo nos momentos de azedume
A chama da paixão mantém-se acesa
Quem fez o nosso amor também lhe deu
O brilho duma lágrima furtiva
A ligação do mar ao próprio céu
Mantém a natureza sempre ativa
Pensando bem melhor... o nosso amor
Que tem deixado as mágoas pra depois
É o jardim perfeito que deu flor
Pois quem fez o amor, fomos nós dois
Repertório de José Neves (ao vivo)
Quem fez o nosso amor soube o que fez
Ao dar-lhe o som dum fado que é só nosso
O nosso amor cantado em português
Mantém os corações em alvoroço
Quem fez o nosso amor deu-lhe o ciúme
Normal, como normal é a certeza
Que mesmo nos momentos de azedume
A chama da paixão mantém-se acesa
Quem fez o nosso amor também lhe deu
O brilho duma lágrima furtiva
A ligação do mar ao próprio céu
Mantém a natureza sempre ativa
Pensando bem melhor... o nosso amor
Que tem deixado as mágoas pra depois
É o jardim perfeito que deu flor
Pois quem fez o amor, fomos nós dois
Não duvides deste amor
Nair Silva / Manuel Reis
Repertório de Maria do Sameiro
Invadiste a minha vida
Como quem não quer entrar
Hesitaste e se seguida
Já só querias ficar
Deixaste a porta entreaberta
E eu não a quero fechar
Será livre a descoberta
Do prazer que te vou dar
Eu sei que o teu sorriso
Mais ateia o meu desejo
E encontro um paraíso
No ardor de cada beijo
Quero força no abraço
Ternura no teu olhar
Quero que ocupes o espaço
Que encontraste para amar
Não duvides deste amor
Liberta o teu coração
Vive como um sonhador
Ao sabor desta paixão
Repertório de Maria do Sameiro
Invadiste a minha vida
Como quem não quer entrar
Hesitaste e se seguida
Já só querias ficar
Deixaste a porta entreaberta
E eu não a quero fechar
Será livre a descoberta
Do prazer que te vou dar
Eu sei que o teu sorriso
Mais ateia o meu desejo
E encontro um paraíso
No ardor de cada beijo
Quero força no abraço
Ternura no teu olhar
Quero que ocupes o espaço
Que encontraste para amar
Não duvides deste amor
Liberta o teu coração
Vive como um sonhador
Ao sabor desta paixão
Foi amor
José Guimarães / Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Filomena Sousa
Perdida de paixão na madrugada
Sonhei com este amor, durante o dia
De tarde passeamos de mão dada
À noite no teu ombro adormecia
Dos dois, a nossa vida fez-nos três
Por esta, luz ao céu agradeci
Mas desfizeste a conta que Deus fez
Com alguém... que se esquecerá de ti
E quando acordares deste teu sonho
Nas cinzas desse fogo sem verdade
O que sobra dessa noite, eu suponho
Teu pesadelo chamado realidade
Agora sem amor e sem vontade
Sozinha, só eu sei o que chorei
Nas lágrimas o sal sabe a saudade
Ninguém te vai amar, como eu te amei
Repertório de Filomena Sousa
Perdida de paixão na madrugada
Sonhei com este amor, durante o dia
De tarde passeamos de mão dada
À noite no teu ombro adormecia
Dos dois, a nossa vida fez-nos três
Por esta, luz ao céu agradeci
Mas desfizeste a conta que Deus fez
Com alguém... que se esquecerá de ti
E quando acordares deste teu sonho
Nas cinzas desse fogo sem verdade
O que sobra dessa noite, eu suponho
Teu pesadelo chamado realidade
Agora sem amor e sem vontade
Sozinha, só eu sei o que chorei
Nas lágrimas o sal sabe a saudade
Ninguém te vai amar, como eu te amei
Ai se eu pudesse
Letra de João de Freitas
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu quero esquecer o dia / E aquela hora fatal
De passageira alegria / E a causa deste mal
Relembro as juras d’amor / Origem do meu sofrer
E vivendo nesta dor / É impossível viver
Ai se eu pudesse
Arrancar do coração
A mágoa desta ilusão
E da qual tu ‘inda ris
Ai se eu pudesse
Olvidar a minha sina
E esta dor que me domina
Talvez eu fosse feliz
Mas de que serve eu andar / Pensando na felicidade
Se o meu destino é penar / Sempre atrás duma saudade
Mas embora já sem esp’rança / De findar o meu tormento
Talvez um dia a bonança / Me traga o esquecimento
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu quero esquecer o dia / E aquela hora fatal
De passageira alegria / E a causa deste mal
Relembro as juras d’amor / Origem do meu sofrer
E vivendo nesta dor / É impossível viver
Ai se eu pudesse
Arrancar do coração
A mágoa desta ilusão
E da qual tu ‘inda ris
Ai se eu pudesse
Olvidar a minha sina
E esta dor que me domina
Talvez eu fosse feliz
Mas de que serve eu andar / Pensando na felicidade
Se o meu destino é penar / Sempre atrás duma saudade
Mas embora já sem esp’rança / De findar o meu tormento
Talvez um dia a bonança / Me traga o esquecimento
Minha filha, meu verso
José Fernandes Castro / Miguel Ramos *fado margaridas*
Repertório de Manuel Barbosa
Minha filha, meu verso tão amado
Minha razão de vida preenchida
Inspiração suprema do meu fado
Valor que valoriza a minha vida
Na paz do teu sorriso encantador
Eu sinto renascer um novo dia
No meu jardim és tu a linda flor
Exalando perfume de magia
O teu olhar de musa deslumbrada
Desperta o encantamento do amor
E a tua pequenez tão perfumada
É o meu maior poema de louvor
Em cada beijo teu, respiro vida
Por ti, serei poeta compensado
Minha razão de vida preenchida
Minha filha, meu verso tão amado
Repertório de Manuel Barbosa
Minha filha, meu verso tão amado
Minha razão de vida preenchida
Inspiração suprema do meu fado
Valor que valoriza a minha vida
Na paz do teu sorriso encantador
Eu sinto renascer um novo dia
No meu jardim és tu a linda flor
Exalando perfume de magia
O teu olhar de musa deslumbrada
Desperta o encantamento do amor
E a tua pequenez tão perfumada
É o meu maior poema de louvor
Em cada beijo teu, respiro vida
Por ti, serei poeta compensado
Minha razão de vida preenchida
Minha filha, meu verso tão amado
Eu sou do Fado
José Guimarães / José Luís Guimarães
Repertório de Filomena de Sousa
No fado há sentimento
Sempre que chora a saudade
Na tristeza do lamento
De quem ama de verdade
Mas quando voltas p’ra mim
No meu olhar abraçado
Baixinho digo-te assim
Eu sou de ti, eu sou do fado
Eu sou do fado da vida bairrista
Eu sou do fado e canto com garra
E no meu fado não há quem resista
À voz da fadista de xaile e guitarra
No fado há tanta ternura
Quando se canta o amor
A felicidade mais pura
Que tu trazes numa flor
A minha vida contigo
No meu corpo aconchegado
Quando és o meu abrigo
Eu sou de ti, eu sou do fado
Repertório de Filomena de Sousa
No fado há sentimento
Sempre que chora a saudade
Na tristeza do lamento
De quem ama de verdade
Mas quando voltas p’ra mim
No meu olhar abraçado
Baixinho digo-te assim
Eu sou de ti, eu sou do fado
Eu sou do fado da vida bairrista
Eu sou do fado e canto com garra
E no meu fado não há quem resista
À voz da fadista de xaile e guitarra
No fado há tanta ternura
Quando se canta o amor
A felicidade mais pura
Que tu trazes numa flor
A minha vida contigo
No meu corpo aconchegado
Quando és o meu abrigo
Eu sou de ti, eu sou do fado
Nasci na noite sem berço
Jorge Fernando / José António Sabrosa
Repertório de Artur Batalha
Nasci da noite sem berço
Num leito sem condição
Minha mãe rezando o terço
Morreu com o terço na mão
Dormindo só, em dispor
Da bênção de minha mãe
Cresci sedento de amor
Sem chamar mãe a ninguém
Foi por isso que aprendi
A rezar, não sei com quem
E a rezar sempre pedi
Que tu me guiasses, mãe
A tristeza que me toca
É saber que hoje aqui 'stou
Por ter vindo ao mundo em troca
No mundo que me gerou
Repertório de Artur Batalha
Nasci da noite sem berço
Num leito sem condição
Minha mãe rezando o terço
Morreu com o terço na mão
Dormindo só, em dispor
Da bênção de minha mãe
Cresci sedento de amor
Sem chamar mãe a ninguém
Foi por isso que aprendi
A rezar, não sei com quem
E a rezar sempre pedi
Que tu me guiasses, mãe
A tristeza que me toca
É saber que hoje aqui 'stou
Por ter vindo ao mundo em troca
No mundo que me gerou
Segue em frente
Letra de Isidro de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não chores o passado, segue a vida
A felicidade perdida
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não chores o passado, segue a vida
A felicidade perdida
É morta, não tem valor
Não te agarres à saudade
Tu só terás felicidade
Não te agarres à saudade
Tu só terás felicidade
Se encontrares um novo amor
Não queiras reviver o que morreu
Aquilo que se perdeu / Nunca mais volta a viver
Do que foi um grande amor
Só resta traição e dor / Que só te fará sofrer
Liberta a tua alma da saudade
Agora tem liberdade / P’ra fazer o que quiseres
Olha p’ra vida e sorri
Há sempre quem espere por ti / No meio de tantas mulheres
Amor não é saudade é sentimento
Logo cai no esquecimento / Quando outro amor aparece
Se encontrares um novo amor
Vai-se a tristeza e a dor / Tudo passa, tudo esquece
Não queiras reviver o que morreu
Aquilo que se perdeu / Nunca mais volta a viver
Do que foi um grande amor
Só resta traição e dor / Que só te fará sofrer
Liberta a tua alma da saudade
Agora tem liberdade / P’ra fazer o que quiseres
Olha p’ra vida e sorri
Há sempre quem espere por ti / No meio de tantas mulheres
Amor não é saudade é sentimento
Logo cai no esquecimento / Quando outro amor aparece
Se encontrares um novo amor
Vai-se a tristeza e a dor / Tudo passa, tudo esquece
Fado desquitado
Torre da Guia / Lino Lobão
Repertório de Filomena Sousa
Nunca é bom retomar / O que atrás já está errado
Ou sequer fazer mais fado / Que não dá para cantar
Não adianta embalar / Um berço que está vazio
Ou dar mais fio ao fio / Que se está a ensarilhar
Não ponhas na minha boca
A trama que eu desconfio
Nem dês mais volta à roca
Que podes partir o fio
Tece-tece e entretece
Mas não me teças a mim
Porque o que demais aquece
Chega sempre frio ao fim
A louça quando se parte / Ou se perdem alguns cacos
Hoje em dia prós agrafos / já não há engenho e arte
De resto de parte a parte / Doa a dor o que doer
O melhor é desfazer / Do que errares-me e eu errar-te
Repertório de Filomena Sousa
Nunca é bom retomar / O que atrás já está errado
Ou sequer fazer mais fado / Que não dá para cantar
Não adianta embalar / Um berço que está vazio
Ou dar mais fio ao fio / Que se está a ensarilhar
Não ponhas na minha boca
A trama que eu desconfio
Nem dês mais volta à roca
Que podes partir o fio
Tece-tece e entretece
Mas não me teças a mim
Porque o que demais aquece
Chega sempre frio ao fim
A louça quando se parte / Ou se perdem alguns cacos
Hoje em dia prós agrafos / já não há engenho e arte
De resto de parte a parte / Doa a dor o que doer
O melhor é desfazer / Do que errares-me e eu errar-te
Não sou poeta
Letra de Artur Soares Pereira
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ao chamar-me poeta, trovador
Decerto formulou critério errado
Senhora: eu sou um simples amador
E apenas faço versos para o Fado
O chamar-me poeta é despertar
Em mim sonhos, quimeras, ilusões
Por me julgar capaz, já, de ombrear
Com o vate imortal que foi Camões
E tal como você, uma enfermeira
Que cumpre a sua sina redentora
Decerto considera brincadeira
Quando eu passo e a trato por Doutora
Entre nós, as distâncias são iguais
Pois tanto um como o outro está distante
E tinha de estudar mais, muito mais
Para atingir esse ponto culminante
Escute, pois, um conselho muito meu,
Que não tenho pretensões a ser profeta
Está tão longe de Doutora, como eu
Estou longe, também, de ser poeta
A uma enfermeira que passou a cumprimentar o autor com um
Transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ao chamar-me poeta, trovador
Decerto formulou critério errado
Senhora: eu sou um simples amador
E apenas faço versos para o Fado
O chamar-me poeta é despertar
Em mim sonhos, quimeras, ilusões
Por me julgar capaz, já, de ombrear
Com o vate imortal que foi Camões
E tal como você, uma enfermeira
Que cumpre a sua sina redentora
Decerto considera brincadeira
Quando eu passo e a trato por Doutora
Entre nós, as distâncias são iguais
Pois tanto um como o outro está distante
E tinha de estudar mais, muito mais
Para atingir esse ponto culminante
Escute, pois, um conselho muito meu,
Que não tenho pretensões a ser profeta
Está tão longe de Doutora, como eu
Estou longe, também, de ser poeta
A uma enfermeira que passou a cumprimentar o autor com um
«Bom dia, Sr. Poeta», depois de ouvir fados seus cantados num
«Natal dos Hospitais» transmitido do Hospital de S. José, onde trabalhavam.
Confessando-se apenas letrista, o autor ainda tentou demover a colega
Confessando-se apenas letrista, o autor ainda tentou demover a colega
comprometendo-a com um «Bom dia, Sr.ª Doutora», mas a brincadeira
só terminou quando lhe entregou estes versos.
Por causa do teu olhar
Letra de Frederico de Brito
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Prendi-me no teu olhar
Mas nem vi que me prendi
Agora tenho que andar
Toda a vida presa a ti
O meu coração coitado
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Prendi-me no teu olhar
Mas nem vi que me prendi
Agora tenho que andar
Toda a vida presa a ti
O meu coração coitado
Só merece compaixão
Faz lembrar um condenado
Faz lembrar um condenado
Que se entregou à prisão
Os meus olhos deprimidos
Os meus olhos deprimidos
De terem chorado tanto
São dois náufragos perdidos
São dois náufragos perdidos
No mar largo do meu pranto
Por ti meus lábios passaram
Por vendavais de desejos
Por causa disso ficaram
Encharcadinhos de beijos
Tem pena de mim por Deus
Olha p’ra o que eu já sofri
Não leves os olhos meus
Perdidos atrás de ti
Por ti meus lábios passaram
Por vendavais de desejos
Por causa disso ficaram
Encharcadinhos de beijos
Tem pena de mim por Deus
Olha p’ra o que eu já sofri
Não leves os olhos meus
Perdidos atrás de ti
O grito da terra
Domingos Silva / Acácio Gomes *fado acácio*
Repertório de Maria Amélia Proença
Que os campos tenham mais área
Mais cultivo, mais acão
Só com a reforma agrária
É que todos terão pão
Deixai o trigo nascer / Nas terras bem amanhadas
Como é belo ver crescer / Lindas espigas doiradas
De flor (?) o loiro trigo / Grito que a terra espalha
Tu és o melhor amigo / De quem a terra trabalha
O pão que a gente consome / Ganho com suor do rosto
É pão que nos mata a fome
Sem o travo do mau gosto
Que os campos tenham mais área
Mais cultivo, mais acão
Só com a reforma agrária
É que todos terão pão
Deixai o trigo nascer / Nas terras bem amanhadas
Como é belo ver crescer / Lindas espigas doiradas
De flor (?) o loiro trigo / Grito que a terra espalha
Tu és o melhor amigo / De quem a terra trabalha
O pão que a gente consome / Ganho com suor do rosto
É pão que nos mata a fome
Sem o travo do mau gosto
Não te dou meu coração
António Vilar da Costa / José Joaquim Rosa
Eu não posso nem brincando
Ver teu rosto que esqueci
Não posso porque já ando
Ceguinho d’amor por ti
Meu juramento é sincero
O meu desprezo é profundo
Juro que já não te quero
Longe de mim um segundo
Não te dou meu coração
Nem posso dar-te uma esperança
Eu que sei amar tão bem
Também sei o que é vingança;
Não fui eu que te enganei
Foste tu que me enganaste
Não te dou meu coração
Não te dou meu coração
Porque tu já mo roubaste
Eu não quero nem desejo
O calor da tua boca
Não quero nem mais um beijo
Porque um beijo é coisa pouca
Para que não me endoideças
Eu peço que nunca mais
Que nunca mais me apareças
Meu amor, tarde demais
Repertório de Francisco Martinho
Eu não posso nem brincando
Ver teu rosto que esqueci
Não posso porque já ando
Ceguinho d’amor por ti
Meu juramento é sincero
O meu desprezo é profundo
Juro que já não te quero
Longe de mim um segundo
Não te dou meu coração
Nem posso dar-te uma esperança
Eu que sei amar tão bem
Também sei o que é vingança;
Não fui eu que te enganei
Foste tu que me enganaste
Não te dou meu coração
Não te dou meu coração
Porque tu já mo roubaste
Eu não quero nem desejo
O calor da tua boca
Não quero nem mais um beijo
Porque um beijo é coisa pouca
Para que não me endoideças
Eu peço que nunca mais
Que nunca mais me apareças
Meu amor, tarde demais
Lisboa, o Tejo e o mar
Letra de Isidoro de Oliveira
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Vem correndo pelo Tejo
Água de fontes nascida
No alto da serrania
Doce como um doce beijo
Viva como a própria vida
Traz saúde e alegria
Água salgada do mar
Vem convidando à aventura / Na ânsia de liberdade
Mas na hora de embarcar
Há lágrimas de amargura / Salgadas pela saudade
As lágrimas de saudade
Salgavam o próprio mar / Ao partir das naus de Goa
Mas o sal da tempestade
Ficava doce ao voltar / À Ribeira de Lisboa
Sem descanso, noite e dia
Juntam as águas na barra / Tejo doce e mar salgado
A tristeza e a alegria
Juntam-se ao som da guitarra / E Lisboa canta o fado
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Vem correndo pelo Tejo
Água de fontes nascida
No alto da serrania
Doce como um doce beijo
Viva como a própria vida
Traz saúde e alegria
Água salgada do mar
Vem convidando à aventura / Na ânsia de liberdade
Mas na hora de embarcar
Há lágrimas de amargura / Salgadas pela saudade
As lágrimas de saudade
Salgavam o próprio mar / Ao partir das naus de Goa
Mas o sal da tempestade
Ficava doce ao voltar / À Ribeira de Lisboa
Sem descanso, noite e dia
Juntam as águas na barra / Tejo doce e mar salgado
A tristeza e a alegria
Juntam-se ao som da guitarra / E Lisboa canta o fado
Paixão ternurenta
José Fernandes Castro / Joaquim Pimentel *a rosa e o chico*
Repertório de Filomena Sousa
Subindo contigo à lua
Repertório de Filomena Sousa
Subindo contigo à lua
Numa nuvem ternurenta
O teu olhar insinua
O teu olhar insinua
Uma paixão violenta
Tão violenta, tão forte
Tão violenta, tão forte
Cheia de mel e feroz
Que chego a perder o norte
Que chego a perder o norte
No rumo da tua foz
Saltando barreiras
Passando fronteiras que a vida apresenta
Vamos colorindo
Este sonho lindo se paixão violenta
De abraço em abraço
Ganhei um espaço no teu coração
E de beijo em beijo
Aumenta o desejo de amor em paixão
O elo que nos uniu
Saltando barreiras
Passando fronteiras que a vida apresenta
Vamos colorindo
Este sonho lindo se paixão violenta
De abraço em abraço
Ganhei um espaço no teu coração
E de beijo em beijo
Aumenta o desejo de amor em paixão
O elo que nos uniu
Trouxe mais luz e mais cor
Decerto jamais se viu
Decerto jamais se viu
Um amor com tanto amor
Somos dois parecendo um
Somos dois parecendo um
Vivendo no mesmo fado
Amor igual a nenhum
Amor igual a nenhum
Com o destino marcado
Não sei viver sem o amor
Letra de Isidoro de Oliveira
Repertório de Ana Marina
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Coração se não cabes no meu peito
Só no amor tu podes descansar
Mas deixa de fazer o que tens feito
Fugindo do amor p’ra ir amar
P’ra que queres coração a liberdade
Se ao ser livre procuras um senhor
Porque andas em busca da verdade
Desprezando a verdade do amor
Quando és livre procuras a prisão
Levando o pobre corpo acorrentado
Pára a tua loucura, coração
Tem pena deste corpo já cansado
Eu sinto, coração, que és um traidor
Mas não posso fugir à minha sorte
Como não sei viver sem o amor
Hei-de ser tua escrava até à morte
Repertório de Ana Marina
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Coração se não cabes no meu peito
Só no amor tu podes descansar
Mas deixa de fazer o que tens feito
Fugindo do amor p’ra ir amar
P’ra que queres coração a liberdade
Se ao ser livre procuras um senhor
Porque andas em busca da verdade
Desprezando a verdade do amor
Quando és livre procuras a prisão
Levando o pobre corpo acorrentado
Pára a tua loucura, coração
Tem pena deste corpo já cansado
Eu sinto, coração, que és um traidor
Mas não posso fugir à minha sorte
Como não sei viver sem o amor
Hei-de ser tua escrava até à morte
Nem saudades do passado
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nem saudades do passado
Nem versos de tradição
O Fado p’ra mim é Fado
É vida feita canção
Lembrar é mais que morrer
É parar deixar a vida
Ninguém me verá sofrer
Por uma esperança perdida
Os versos tristes que canto
São por alguém não por mim
Qualquer pranto tem encanto
Gosto de viver assim
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nem saudades do passado
Nem versos de tradição
O Fado p’ra mim é Fado
É vida feita canção
Lembrar é mais que morrer
É parar deixar a vida
Ninguém me verá sofrer
Por uma esperança perdida
Os versos tristes que canto
São por alguém não por mim
Qualquer pranto tem encanto
Gosto de viver assim
Cesaltina
Letra de Artur Soares Pereira
Criação de Fernando de Oliveira
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Criação de Fernando de Oliveira
Desconheço se esta letra foi gravada
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Era a linda Cesaltina
Moça por quem me perdi
Dona de ternos olhares
A mais bonita varina
Das muitas que eu conheci
Na Rua Morais Soares
Trajava sempre a rigor / Saia, blusa e chinela
E um lindo avental de folhos
Cesaltina era um amor / E quem olhasse p’ra ela
Ficava preso aos seus olhos
Mas um dia, é natural
A Cesaltina deixou / De dar conversa a qualquer
Aconteceu, foi fatal
Um, por quem se apaixonou / Fez dela a sua mulher
Agora, por sorte sua
Tem futuro mais brilhante / Porque nova vida abraça
Deixou de vender na rua
Virou em comerciante / Tem uma banca na praça
Hoje, ao passar p’la esquina / Da Cavaleiro d’Oliveira
Moça por quem me perdi
Dona de ternos olhares
A mais bonita varina
Das muitas que eu conheci
Na Rua Morais Soares
Trajava sempre a rigor / Saia, blusa e chinela
E um lindo avental de folhos
Cesaltina era um amor / E quem olhasse p’ra ela
Ficava preso aos seus olhos
Mas um dia, é natural
A Cesaltina deixou / De dar conversa a qualquer
Aconteceu, foi fatal
Um, por quem se apaixonou / Fez dela a sua mulher
Agora, por sorte sua
Tem futuro mais brilhante / Porque nova vida abraça
Deixou de vender na rua
Virou em comerciante / Tem uma banca na praça
Hoje, ao passar p’la esquina / Da Cavaleiro d’Oliveira
Já não procuro os olhares
Da bonita Cesaltina
A mais formosa peixeira / Da Rua Morais Soares
Da bonita Cesaltina
A mais formosa peixeira / Da Rua Morais Soares
Há-de passar
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
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Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Há-de passar lentamente
A loucura de te amar
Passa tudo p’ra quem sente
A própria vida passar
Há lírios brancos nos montes
Lírio branco, rosa triste
Há água pura nas fontes
Só tu, meu amor, partiste
Há na terra e há no céu
Tanta estrela como havia
Só em mim escureceu
Tanto a noite como o dia
Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Há-de passar lentamente
A loucura de te amar
Passa tudo p’ra quem sente
A própria vida passar
Há lírios brancos nos montes
Lírio branco, rosa triste
Há água pura nas fontes
Só tu, meu amor, partiste
Há na terra e há no céu
Tanta estrela como havia
Só em mim escureceu
Tanto a noite como o dia
O roteiro do passado
José Fernandes Castro e Serafim Gesta / José Duarte *fado seixal*
Repertório de José Giesta
Vejam bem como é bonito
O fontenário de agora
Tem Santo António no meio
E no nicho do passeio
Tem também Nossa Senhora
Eu não me posso esquecer / Num roteiro do passado
Os operários artistas / Que por serem bons fadistas
Valorizaram o fado
O Cunha o José da Gama / E o Avelino Gesta
Foram alguns dos cantores / Poetas e trovadores
Todos de origem modesta
As castiças sardinheiras / Soltavam pregões à toa
E a mente mais recatada / Lembra Maria Parada
E também Linda Pinhoa
Este fado tão singelo / Não fala de toda a gente
Porém fala da saudade / Que ficou na mocidade
Mas que no peito se sente
Repertório de José Giesta
Vejam bem como é bonito
O fontenário de agora
Tem Santo António no meio
E no nicho do passeio
Tem também Nossa Senhora
Eu não me posso esquecer / Num roteiro do passado
Os operários artistas / Que por serem bons fadistas
Valorizaram o fado
O Cunha o José da Gama / E o Avelino Gesta
Foram alguns dos cantores / Poetas e trovadores
Todos de origem modesta
As castiças sardinheiras / Soltavam pregões à toa
E a mente mais recatada / Lembra Maria Parada
E também Linda Pinhoa
Este fado tão singelo / Não fala de toda a gente
Porém fala da saudade / Que ficou na mocidade
Mas que no peito se sente
Boémio poeta
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas / A cantar quadras eterna
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Boémio, poeta louco
Cantou arrastado e rouco
Com palavras mal rimadas
Esses teus versos sem brilho
São como passos sem trilho
Como rosas desfolhadas
Vagueias pelas tabernas / A cantar quadras eterna
Cantar arrastado e rouco
Ó meu triste vagabundo / Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra / Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas / Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração / A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso / Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal / Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto / Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco
Ó meu triste vagabundo / Pelas ruelas do mundo
Boémio, poeta louco
Choras nas noites de farra / Ante o trinar da guitarra
Mas não tens medo da fome
És famoso pelas tascas / Pelas tabernas mais rascas
Mas ninguém sabe o teu nome
Guardas no teu coração / A ébria recordação
Dum sorriso de mulher
E a cantar de improviso / Enquadras esse sorriso
Numa outra cara qualquer
Não serve, fica-lhe mal / Nunca houve outra igual
Dizes já chorando rouco
E mergulhado no tinto / Tornas-te um vulto indistinto
Boémio, poeta louco
As coisas são o que são
Letra de Linhares Barbosa
Publicada no jornal “Guitarra de Portugal” em Maio de 1939
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Sabes lá quanta tristeza
Eu tenho em gostar assim
De ti e ter a certeza
Que tu não gostas de mim
Há grande desigualdade / Entre nós, e não parece
Eu gosto por amizade / Tu gostas por interesse
Afinal, tu tens razão / Eu é que a não qu’ria ver
As coisas são o que são / Não o que deviam ser
É justo que tu me queiras / Somente por ambição
Temos muitas algibeiras / E apenas um coração
Publicada no jornal “Guitarra de Portugal” em Maio de 1939
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Sabes lá quanta tristeza
Eu tenho em gostar assim
De ti e ter a certeza
Que tu não gostas de mim
Há grande desigualdade / Entre nós, e não parece
Eu gosto por amizade / Tu gostas por interesse
Afinal, tu tens razão / Eu é que a não qu’ria ver
As coisas são o que são / Não o que deviam ser
É justo que tu me queiras / Somente por ambição
Temos muitas algibeiras / E apenas um coração
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