Letra e
música de Frederico de Brito
Repertório de Fernanda Maria
Há
quem não goste do fado
Por ter esquecido o passado
E abandonado as vielas
Por não ter adormecido
Tal como ébrio caído
Por não ter adormecido
Tal como ébrio caído
Na rua, à luz das estrelas
Por deixar de ser brigão
Com mais dias de prisão
Por deixar de ser brigão
Com mais dias de prisão
Que minutos tem o dia
Por ter sacudido a lama
Das velhas tascas d'Alfama
Por ter sacudido a lama
Das velhas tascas d'Alfama
Dos portais da Mouraria
Falas-me em fado castiço
Falas-me em fado castiço
Deixa-te disso
Aqui só há uma casta
É quanto basta
Melodia que nos prende
E que a gente compreende
Por mais que a tenham mudado
Com mais brilho ou menos brilho
Com estribilho ou sem estribilho
È sempre fado
Fado com alma ou sem alma
Cheio de calma ou sem calma
Melodia que nos prende
E que a gente compreende
Por mais que a tenham mudado
Com mais brilho ou menos brilho
Com estribilho ou sem estribilho
È sempre fado
Fado com alma ou sem alma
Cheio de calma ou sem calma
Num suspiro ou num rugido
È sempre canção magoada
Tanto numa gargalhada
È sempre canção magoada
Tanto numa gargalhada
Como num triste gemido
Só não perdeu esse jeito
De andar de guitarra ao peito
Só não perdeu esse jeito
De andar de guitarra ao peito
A gemer a cada instante
Vive da fé e da esperança
Em alma duma criança
Vive da fé e da esperança
Em alma duma criança
Dentro dum peito gigante