Ary dos Santos / Nuno Nazareth Fernandes
Repertório de Maria Armanda
Nabo, batata e cabeça
Nabo, batata e cabeça
Do porco que somos nós
Quando o cozido começa
Quando o cozido começa
Temos fervura na voz;
Lombarda do sentimento
Lombarda do sentimento
Hortelã do teu olhar
Chouriço, sangue cinzento
Chouriço, sangue cinzento
Palácio do paladar
Esta receita bem mexidinha
Põe a cenoura namorando com o nabo
E quando há um quartinho de galinha
Inté do porco a orelha torce o rabo
Ai cozidinho, cozidinho à portuguesa
Na panela da ternura que é um pouco de nós todos
Ai cozidinho, cozidinho à portuguesa
Farinheira da tristeza deste cozido com todos
Falta hortaliça, falta a carne e o toicinho
E o cozido à portuguesa fica triste, fica mau
Pois a colher com que eu mexo o cozidinho
Antes era de madeira, mas agora é só de pau
Eu sei lá do meu cozido
Esta receita bem mexidinha
Põe a cenoura namorando com o nabo
E quando há um quartinho de galinha
Inté do porco a orelha torce o rabo
Ai cozidinho, cozidinho à portuguesa
Na panela da ternura que é um pouco de nós todos
Ai cozidinho, cozidinho à portuguesa
Farinheira da tristeza deste cozido com todos
Falta hortaliça, falta a carne e o toicinho
E o cozido à portuguesa fica triste, fica mau
Pois a colher com que eu mexo o cozidinho
Antes era de madeira, mas agora é só de pau
Eu sei lá do meu cozido
Sei lá o prato que dou
Talvez um prato comido
Talvez um prato comido
Por tantas bocas que eu sou;
Bocas da força da vida
Bocas da força da vida
Cozido como se fosse
Maré farta de comida
Maré farta de comida
E depois dele arroz doce