António Vilar da Costa / Fernando Freitas
Repertório de Fernanda Maria
Viela triste e deserta
Uma casinha bizarra
Numa porta entreaberta
Ela, ele e uma guitarra
Manjericos ao luar
Noite serena hora morta
E a minh'alma a palpitar
Através daquela porta
Enquanto a guitarra abraça
Ele em voz velada e triste
Lembra a voz da própria raça
A dizer que o fado existe
Ela no menor que entoa
Estila com tal verdade
Que é a Severa em pessoa
Disfarçadinha em saudade
Depois dum beijo fremente
A voz do fado calou-se
A lua tornou-se ausente
E a velha porta fechou-se