Repertório de Florência
De mãos vazias sem nada de nada
Um pouco de céu pretendo alcançar
São os meus dias, janela fechada
Onde não há madrugada
Onde a luz não quer entrar
Ai os meus dias que são tudo e não são nada
São liberdade amarrada
São silêncios a falar
Olhos fechados
P'rá maldade não ver
Braços cruzados
Braços cruzados
Deixar a vida correr
Lábios cerrados
Lábios cerrados
E não dizer a verdade
Mas ter voz e estar calado
Mas ter voz e estar calado
É perder a liberdade
Meu grito aberto, meu grito calado
Eu atiro ao vento sem ninguém ouvir
Longe e tão perto, princípio acabado
Onde o meu amor cansado
Anda a sonhar sem dormir
Tudo é deserto no meu sonho povoado
Onde um povo amordaçado
Não sabe cantar nem rir
Meu grito aberto, meu grito calado
Eu atiro ao vento sem ninguém ouvir
Longe e tão perto, princípio acabado
Onde o meu amor cansado
Anda a sonhar sem dormir
Tudo é deserto no meu sonho povoado
Onde um povo amordaçado
Não sabe cantar nem rir