Repertório de Maria da Fé
Ó Madragoa
Das bernardas e das trinas
És, Madragoa
Dos pescadores, das varinas
Da tradição
És a Lisboa
És a Lisboa
Que nos fala doutra idade
Doutros tempos da cidade
Que já lá vão
Bairro cercado
Bairro cercado
Por igrejas e conventos
Com tão santos monumentos
Com tão santos monumentos
Na vizinhança
Meu bairro amado
Meu bairro amado
Vem provar como é verdade
Que entre a fé e a caridade
Que entre a fé e a caridade
Pôs Deus a esperança
Ó Madragoa
Que és a mãe da minha mãe
Ó gente boa do meu bairro, escutem bem
Ó Madragoa
Que és a mãe da minha mãe
Ó gente boa do meu bairro, escutem bem
Nesta Lisboa
Do progresso e da vaidade
É ali na Madragoa que mora a saudade
Do progresso e da vaidade
É ali na Madragoa que mora a saudade
És, Madragoa
Mais cristã que a Mouraria
Mais alegre que a alegria e até mais bela
Mais alegre que a alegria e até mais bela
Doa a quem doa
Não há bairro com mais raça
Tem mais graça até que a Graça
Tem mais graça até que a Graça
Mais luz que a Estrela
Ali viveram sempre
Ali viveram sempre
Os bravos mareantes
Foi ali que os navegantes
Foi ali que os navegantes
Tiveram ninho
Muitos morreram
Muitos morreram
Mas há um que a gente chora
Esse herói que o povo adora
Esse herói que o povo adora
Gago Coutinho