Repertório de Maria da Fé
Quando alguém vive longe de quem ama
E sente a alma triste, dolorida
Há sempre uma saudade que nos chama
Para nos ir matando e dando vida
Quando a gente se esquece de lembrar
Aquilo que se lembra de esquecer
Há sempre uma saudade p’ra matar
E logo outra saudade p’ra viver
Venha a saudade...
Quero rir, brincar com ela
Quero espreitar-te
Quero espreitar-te
P’las cortinas da janela
Venha a tristeza...
Venha a tristeza...
Quero ter com quem chorar
Abro-te a porta
Abro-te a porta
Meu amor, podes entrar
Eu tive uma saudade que não digo
Ganhei-a na esperança da amizade
Ando agora a perdê-la por castigo
Na esperança que tive da saudade
A saudade que eu tenho e ando a cantar
É resto dum amor que alguém deixou
Se a vivo, lembro o sol que anda a brilhar
Se a esqueço, sinto a dor que já passou
Eu tive uma saudade que não digo
Ganhei-a na esperança da amizade
Ando agora a perdê-la por castigo
Na esperança que tive da saudade
A saudade que eu tenho e ando a cantar
É resto dum amor que alguém deixou
Se a vivo, lembro o sol que anda a brilhar
Se a esqueço, sinto a dor que já passou