Repertório de Camané
A cantar...
A cantar é que te deixas levar
A cantar...
A cantar...
Tantas vezes enganada te vi
Ai Lisboa...
Ai Lisboa...
Quem te dera estar segura
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
Lenço branco perdeste-te no cais
Pensaste "nunca mais"
Que o teu canto é sem mistura
E nasce mesmo de ti
Lenço branco perdeste-te no cais
Pensaste "nunca mais"
Disseram-te "até quando"?
A cantar... fizeram-te calar
A dor que, para dentro, ias chorando
Tanta vez quiseste desistir
E vimos-te partir sem norte
A cantar... fizeram-te rimar
A sorte que te davam com má sorte
Tanta vez... p'ra te enganar a fome
Usaram o teu nome
A cantar... fizeram-te calar
A dor que, para dentro, ias chorando
Tanta vez quiseste desistir
E vimos-te partir sem norte
A cantar... fizeram-te rimar
A sorte que te davam com má sorte
Tanta vez... p'ra te enganar a fome
Usaram o teu nome
Nas marchas da Avenida
A cantar... puseram-te a marchar
Enquanto ias cantando distraída
A cantar... deixaram-te sonhar
Enquanto foi sonhar à toa
A meu ver, fizeram-te esquecer
A verdadeira marcha de Lisboa
A cantar... puseram-te a marchar
Enquanto ias cantando distraída
A cantar... deixaram-te sonhar
Enquanto foi sonhar à toa
A meu ver, fizeram-te esquecer
A verdadeira marcha de Lisboa