Reportório de Carolina
Falamos, demos abraços
Como era normal
Fechei-me ao som dos teus passos
No frio do jornal
Parecia ser o que foi
Bem pra lá do que crês
Um gesto a mais que nos dói
E o vazio que não vês
Não vês que me perco primeiro
E perco as razões a seguir
E que trago este amor de permeio
Por chegar e partir
E eu sorrio ao ver-te outra vez
Num dia descuidado
O lume mal apagado
E dizes tu que eu sou mais forte
E sei olhar por nós
Foi isto que há nos olhos meus
Que o que fica de um adeus
Às vezes faz-se voz
Só pra não estarmos sós
Pra quê palavras e verbos
De
querer ser feliz
Se somos escravos e servos
Do
que a alma nos diz
Sempre se cumprem as preces
De quem o amor tem
Que ao me acabar
Recomeces
às mãos de ninguém
Ninguém que te prenda num
beijo
Ninguém que te oculte de nós
O ninguém que te seja em
desejo
A nascente a e foz