Letra e
música de Frederico de Brito
Repertório
de Manuel Fernandes
Bati à porta do fado
Bati à porta do fado
Eu
sei onde o fado mora
Olhou-me
desconfiado
Por
me ver àquela hora
E fez tamanha algazarra
E fez tamanha algazarra
Gritou-me
sem ter razão
Disse
que a minha guitarra
Nem
merece afinação
Zangou-se o fado comigo
Zangou-se o fado comigo
Vá lá, não foi ordinário
Senão pegava o rastilho
E então o sarilho
Virava ao contrário
Ouvi-o tão pianinho
Na voz tinha tais lamentos
Que eu disse do coração
Aí seu pimpão
Marque lá dois tentos
Agora ao fado, o que resta
Agora ao fado, o que resta
Se
não lhe arranjam um prémio
É
ter de dar uma festa
P’ra
deixar de ser boémio
Não se lembra, o malfadado
Que
andou nas tascas mais rascas
E
no tempo em que era fado
Jogava o liques nas tascas