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O Casino da Mariquinhas

Paulo Conde / Popular *fado mouraria*

Resta apenas a lembrança
Das vistosas tabuinhas,
Hoje acolhe a vizinhança
Num Casino, a Mariquinhas

A Mariquinhas zangada 
Com gente sem coração
Tem agora a pretensão 
De provar que é muito honrada
Já não resta quase nada 
Da sua pesada herança
Foi assim, cheia de esperança 
Que rasgou as bambinelas
E das tábuas das janelas
Resta apenas a lembrança

Até o Chico, apostado 
Em mudar de profissão
Anda a montar um salão 
P’ra lá se cantar o fado
Já morreu todo o passado 
Da formosa Mariquinhas
No bairro não há vizinhas 
Fugiram p’rá Liberdade
Já nem lá mora a saudade
Das vistosas tabuinhas

P’ra limpar a sua história 
Esta infinita mulher
Vai morar junto ao Vitória 
Ali no Parque Mayer
Mas agora o que ela quer 
É que a malta da finança
Vá lá gastar a herança 
No vicio do seu Salão
As invejas já lá vão
Hoje acolhe a vizinhança

É de um luxo que só vendo 
Peças de ouro, sedas puras
Até houve assinaturas 
P’ra fazer um referendo
Era apenas um diferendo 
Politiquices mesquinhas
É por isso que as vizinhas 
A trazem de braço dado
Pois pensa cantar o fado
Num Casino, a Mariquinhas!