Maria do Rosário Bettencourt
Nada tem mais que o valor
Que tivermos p’ra lhe dar
Uma vida, um grande amor
Todo um sonho num só olhar
Porque olhar de uns é ouro
A outros parece mal
Podemos ver um tesouro
Nas mãos e ele ser um cardo
Se uns nascem p’ra amar
As coisas pequenas
Um lago, um poema
Um lago, um poema
As espigas morenas
Há outros que nascem
Há outros que nascem
P’ra abrirem caminhos
Dirigirem povos
Dirigirem povos
E mudar destinos
Amo a poesia, um poeta
Quer escreva versos ou não
O lavrador ama a terra
Seja pouco ou muito pão
Cada um ama o que vê
Para além do seu olhar
E o valor está no que crê
Nos caminhos por onde andar
Amo a poesia, um poeta
Quer escreva versos ou não
O lavrador ama a terra
Seja pouco ou muito pão
Cada um ama o que vê
Para além do seu olhar
E o valor está no que crê
Nos caminhos por onde andar