Desconheço se esta letra foi gravada
Publico-a na esperança de obter informação credível
Amor, não sei de coisa mais violenta
Que ficar de noite à tua espera
É triste como uma manhã cinzenta
Destruindo o coração da Primavera
E aqui como um pássaro deitado
Julgando ouvir na chuva a tua voz
A madrugada deita-se a meu lado
Fingindo que na terra estamos nós
Mas eu sinto chegar esta amargura
Que vem fechar-me os olhos e depois
Já nem sei se é um sono ou se é loucura
No quarto onde estou só, ficamos dois
E nada mais me importa, já não espero
Aquela que enche a noite de alegria
Então para dizer quanto te quero
Eu faço amor contigo até ser dia
Este poema foi gravado por Carlos Mendes em 1978
com o título *NOTURNO*