Valentim Matias / Eduardo Lemos
Repertório de Valentim Matias
Ainda era miúdo
E se brincava a seu lado
Já dava ares de graúdo
De graúdo apaixonado;
Ela p’ra ele era tudo
Ele era o seu namorado
É ilusão, todos diziam
Sempre que os viam
De mão na mão
Era paixão, o que ele sentia
E lhe dizia, o coração
Já no liceu, o amor cresceu
E os seus desejos eram iguais
Trocavam beijos e algo mais
E muito mais
Hoje casados, felizes
Ainda de mão na mão
Rodeados de petizes
Fruto da sua união;
Criaram novas raízes
Que alimentam, sua paixão
Foi graças a Deus
Letra de Artur Ribeiro
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Deus pôs com graça divina
Nesta voz tons magoados
E eu canto d’ olhos cerrados
Como quem preces entoa
E vou cumprindo esta sina
De cantar e ser fadista
Naquele estilo fatalista
Que há no fado de Lisboa
O fado prendeu-se a mim
Como se fosse uma amarra
E ao ouvir uma guitarra
Cerro meus olhos e canto
Entrego-me toda assim
De coração feito voz
E se o fado fala em nós
Enche meus olhos de pranto
Ninguém se pode alhear
Daquilo que Deus destina
E o que se traz de menina
Rege a nossa vida inteira
Eu nasci para cantar
E trouxe o fado comigo
Mesmo que cumpra um castigo
Eu canto à minha maneira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Deus pôs com graça divina
Nesta voz tons magoados
E eu canto d’ olhos cerrados
Como quem preces entoa
E vou cumprindo esta sina
De cantar e ser fadista
Naquele estilo fatalista
Que há no fado de Lisboa
O fado prendeu-se a mim
Como se fosse uma amarra
E ao ouvir uma guitarra
Cerro meus olhos e canto
Entrego-me toda assim
De coração feito voz
E se o fado fala em nós
Enche meus olhos de pranto
Ninguém se pode alhear
Daquilo que Deus destina
E o que se traz de menina
Rege a nossa vida inteira
Eu nasci para cantar
E trouxe o fado comigo
Mesmo que cumpra um castigo
Eu canto à minha maneira
Abril
Manuel Alegre / Alain Oulman
Repertório de Amália
Habito o sol dentro de ti
Descubro a terra, aprendo o mar
Por tuas mãos, naus antigas, chego ao longe
Que era sempre tão longe, aqui tão perto
Tu és meu vinho, tu és meu pão
Guitarra e fruto, meu navio
Este navio onde embarquei
Para encontrar, dentro de ti
O país de Abril
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
Cantava, adivinhando-te cantava
Quando o País de Abril se vestia de ti
E eu perguntava quem eras
Meu amor, por ti cantei
E tu me deste um chão tão puro
Algarves de ternura
Por ti cantei à beira-povo, à beira-terra
E achei achando-te o País de Abril
Repertório de Amália
Habito o sol dentro de ti
Descubro a terra, aprendo o mar
Por tuas mãos, naus antigas, chego ao longe
Que era sempre tão longe, aqui tão perto
Tu és meu vinho, tu és meu pão
Guitarra e fruto, meu navio
Este navio onde embarquei
Para encontrar, dentro de ti
O país de Abril
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
Cantava, adivinhando-te cantava
Quando o País de Abril se vestia de ti
E eu perguntava quem eras
Meu amor, por ti cantei
E tu me deste um chão tão puro
Algarves de ternura
Por ti cantei à beira-povo, à beira-terra
E achei achando-te o País de Abril
O meu fado é outro fado
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
O meu fado é outro fado
Decidi-me a pôr de lado
A aventura de te amar
Talvez haja mais tortura;
Mais mágoa, mais desventura
Mas há outro procurar
O meu fado é noutro estilo
Desisti de tudo aquilo
Que julgava conseguido
Mais dorido, mais plangente;
Mais cansado, mais doente
Mais doido, mas mais vivido
O meu fado é outro fado
Mais sozinho, mais chorado
Mais sem nada, mais sofrido
Mas diferente do castigo;
De andar a sofrer contigo
Um erro não cometido
O meu fado, este d’agora
Feito raiva que devora
O que julguei conquistado
Foi moldado em desamor;
Não tem gosto, nem sabor
Mas p’ra mim é outro fado
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
O meu fado é outro fado
Decidi-me a pôr de lado
A aventura de te amar
Talvez haja mais tortura;
Mais mágoa, mais desventura
Mas há outro procurar
O meu fado é noutro estilo
Desisti de tudo aquilo
Que julgava conseguido
Mais dorido, mais plangente;
Mais cansado, mais doente
Mais doido, mas mais vivido
O meu fado é outro fado
Mais sozinho, mais chorado
Mais sem nada, mais sofrido
Mas diferente do castigo;
De andar a sofrer contigo
Um erro não cometido
O meu fado, este d’agora
Feito raiva que devora
O que julguei conquistado
Foi moldado em desamor;
Não tem gosto, nem sabor
Mas p’ra mim é outro fado
Caír da tarde
José Luís Gordo / Paulo de Carvalho
Repertório de Alexandra
Acenaste-me um adeus
E vi teus dedos no céu
Como aves de ansiedade
Levei teus olhos comigo;
Deixei meus olhos contigo
P’ra não sentirmos saudade
E foi no cair da tarde
Quando o sol no céu não arde
E a lua já nos namora
Veio a noite de mansinho;
E tu lá foste sozinho
Ao regresso que demora
Fiquei sozinha à janela
A olhar aquela estrela
Que me fez de companhia
A saudade foi punhal
Que se cravou devagar
E teima em matar o dia
Repertório de Alexandra
Acenaste-me um adeus
E vi teus dedos no céu
Como aves de ansiedade
Levei teus olhos comigo;
Deixei meus olhos contigo
P’ra não sentirmos saudade
E foi no cair da tarde
Quando o sol no céu não arde
E a lua já nos namora
Veio a noite de mansinho;
E tu lá foste sozinho
Ao regresso que demora
Fiquei sozinha à janela
A olhar aquela estrela
Que me fez de companhia
A saudade foi punhal
Que se cravou devagar
E teima em matar o dia
Jardim dos meus afetos
Leonel Moura / Carlos da Maia
Repertório de Leonel Moura
Nasceram no meu jardim
De uma beleza sem fim
Três cravos e duas rosas
Tão belos e tão formosas
Meus netinhos meus amores
Suas maldades adoro
Se choram eu também choro
É grande a minha afeição
Os seus beijos de ternura
Enchem até à loucura
O meu pobre coração
São tão grandes os afetos
Que dedico aos meus netos
Neste mundo que Deus fez
E digo de viva voz
É tão bom sermos avós
Ou meninos outra vez
Que bom é vê-los crescer
Neste meu entardecer
E sentir os seus carinhos
São lindos botões em flor
E frutos do meu amor
Meus adorados netinhos
Repertório de Leonel Moura
Nasceram no meu jardim
De uma beleza sem fim
Três cravos e duas rosas
Tão belos e tão formosas
Meus netinhos meus amores
Suas maldades adoro
Se choram eu também choro
É grande a minha afeição
Os seus beijos de ternura
Enchem até à loucura
O meu pobre coração
São tão grandes os afetos
Que dedico aos meus netos
Neste mundo que Deus fez
E digo de viva voz
É tão bom sermos avós
Ou meninos outra vez
Que bom é vê-los crescer
Neste meu entardecer
E sentir os seus carinhos
São lindos botões em flor
E frutos do meu amor
Meus adorados netinhos
A sorte do cavaleiro
Maria Manuel Cid / Georgino de Sousa
Repertório de António de Noronha
Toureiro que entras na arena
Tua figura serena
Vai ao encontro da morte
O teu coração padece
Rezando a Deus uma prece
Que dê sorte à tua sorte
E dessa prece sentida
Vai depender tua vida
Da divina proteção
Enquanto dura a faena
A praça fica pequena
E grande o teu coração
Toureiro, quanta virtude
Há nessa calma que ilude
A nobreza do teu porte
Em cada ferro dos teus
Pedes baixinho a Deus
Que dê sorte à tua sorte
E quando a sorte não falha
Quando a alegria se espalha
É já longa a tua prece
Por ter poupado a vida
Ao terminar a corrida
Rezando a Deus, agradece
Repertório de António de Noronha
Toureiro que entras na arena
Tua figura serena
Vai ao encontro da morte
O teu coração padece
Rezando a Deus uma prece
Que dê sorte à tua sorte
E dessa prece sentida
Vai depender tua vida
Da divina proteção
Enquanto dura a faena
A praça fica pequena
E grande o teu coração
Toureiro, quanta virtude
Há nessa calma que ilude
A nobreza do teu porte
Em cada ferro dos teus
Pedes baixinho a Deus
Que dê sorte à tua sorte
E quando a sorte não falha
Quando a alegria se espalha
É já longa a tua prece
Por ter poupado a vida
Ao terminar a corrida
Rezando a Deus, agradece
Faz do passado presente
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De cada vez que o passado
Ao pensamento me vem
Vejo-te sempre a meu lado
Sempre tu e mais ninguém
Sinto o calor dos teus braços
A carícia dos teus beijos
O fulgor dos teus abraços
O anseio dos teus desejos
O vigor da tua imagem
Na minha mente perdura
Passam sombras em romagem
Todas co’a tua figura
Por mais que tente não posso
Tirar-te do meu passado
Um passado que foi nosso
E que puseste de lado
Por favor dá aos teus passos
O rumo de antigamente
Volta amor, volta aos meus braços
Faz do passado, presente
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De cada vez que o passado
Ao pensamento me vem
Vejo-te sempre a meu lado
Sempre tu e mais ninguém
Sinto o calor dos teus braços
A carícia dos teus beijos
O fulgor dos teus abraços
O anseio dos teus desejos
O vigor da tua imagem
Na minha mente perdura
Passam sombras em romagem
Todas co’a tua figura
Por mais que tente não posso
Tirar-te do meu passado
Um passado que foi nosso
E que puseste de lado
Por favor dá aos teus passos
O rumo de antigamente
Volta amor, volta aos meus braços
Faz do passado, presente
Bom dia, bom dia
Rogério Bracinha / Ferrer Trindade
Repertório de Fernanda Batista
Nasce o sol em cada dia
Numa alegria que é sempre nova
Sobe no céu a alvorada
E a passarada solta uma trova
Passa o rico igual ao pobre
Pois somos povo do mesmo manto
Foi o sol quem fez a vida
Mais a cor garrida
O seu maior encanto
Surge o sol numa alegria
Dizendo p’rá gente: bom dia, bom dia
Logo o passarinho pia
Alegre e contente: bom dia, bom dia;
Toda a rua é uma orgia
De luz que anuncia ser dia de festa
Que o sol se conserve com luz como esta
É bem certo ser milagre
Torna verdes as campinas
Lindas meninas, noivas do Tejo
Põe nas faces das moçoilas
Belas papoilas, cor de desejo
Enche as praias com crianças
Risos e esperanças, traz mocidade
Mais para a tarde é sol-poente
Logo toda a gente pensa na saudade
Repertório de Fernanda Batista
Nasce o sol em cada dia
Numa alegria que é sempre nova
Sobe no céu a alvorada
E a passarada solta uma trova
Passa o rico igual ao pobre
Pois somos povo do mesmo manto
Foi o sol quem fez a vida
Mais a cor garrida
O seu maior encanto
Surge o sol numa alegria
Dizendo p’rá gente: bom dia, bom dia
Logo o passarinho pia
Alegre e contente: bom dia, bom dia;
Toda a rua é uma orgia
De luz que anuncia ser dia de festa
Que o sol se conserve com luz como esta
É bem certo ser milagre
Torna verdes as campinas
Lindas meninas, noivas do Tejo
Põe nas faces das moçoilas
Belas papoilas, cor de desejo
Enche as praias com crianças
Risos e esperanças, traz mocidade
Mais para a tarde é sol-poente
Logo toda a gente pensa na saudade
O meu sonho de criança
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ouvi meus pais em criança
Nas canções do meu encanto
Nesta mais querida lembrança
A razão deste meu canto
No norte de Portugal
Eu nasci e fui criado
Ouvi fado e por tal
Trago o destino marcado
Canto o fado que mais sinto
A verdade que vos dou
Por ser fadista não minto
A cantar sei quem eu sou
Ser fadista foi p’ra mim
Ter asas para voar
De sonhos ter um jardim
Dia a dia a despertar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ouvi meus pais em criança
Nas canções do meu encanto
Nesta mais querida lembrança
A razão deste meu canto
No norte de Portugal
Eu nasci e fui criado
Ouvi fado e por tal
Trago o destino marcado
Canto o fado que mais sinto
A verdade que vos dou
Por ser fadista não minto
A cantar sei quem eu sou
Ser fadista foi p’ra mim
Ter asas para voar
De sonhos ter um jardim
Dia a dia a despertar
Brincadeira
Inês de Vasconcellos / Fernando Pinto do Amaral / Ricardo Cruz
Repertório de Inês de Vasconcellos
Brinca comigo à procura
De uma estrela noutro céu
Brinca e lava a noite escura
Com os sonhos que Deus te deu
Começa devagarinho
Por favor, não tenhas medo
Que o meu coração fez ninho
Dentro do teu em segredo
Acorda os anjos que dormem
Com a luz do teu sorriso
Faz com que não se conformem
E saiam do paraíso
Deixa-os entrar de repente
No teu quarto, a esta hora
Em que a verdade mais quente
É o sono que te devora
Brinca comigo às escuras
Ensina-me o que não sei
Onde estás? Porque procuras
O coração que te dei?
Repertório de Inês de Vasconcellos
Brinca comigo à procura
De uma estrela noutro céu
Brinca e lava a noite escura
Com os sonhos que Deus te deu
Começa devagarinho
Por favor, não tenhas medo
Que o meu coração fez ninho
Dentro do teu em segredo
Acorda os anjos que dormem
Com a luz do teu sorriso
Faz com que não se conformem
E saiam do paraíso
Deixa-os entrar de repente
No teu quarto, a esta hora
Em que a verdade mais quente
É o sono que te devora
Brinca comigo às escuras
Ensina-me o que não sei
Onde estás? Porque procuras
O coração que te dei?
Afã de Lisboa
Valentim Matias / Eduardo Lemos
Repertório de Valentim Matias
Se queres sentir o afã de Lisboa
Levanta bem cedinho e vem comigo
Mas não vagueies por aí à toa
Vem até aos lugares que te digo
Verás gente a correr, sair dum cacilheiro
E cada um quer ser primeiro
Vai ao Cais do Sodré, ao Rossio também
Calçada de carriche e Sacavém;
Passa em Santa Apolónia, espreita marginal
E até na ponte o apego é sempre igual
À tarde vem de novo a confusão
É o regresso a casa à desfilada
E então há outros que entram em função
São os que vão fazer sua noitada
Começam p’la sardinha num bairro popular
Ou em qualquer tasquinha a petiscar
Depois vem o cinema, o teatro de revista
E há quem vá para as docas p’rá conquista;
Discotecas e bares, amor em qualquer lado
Mas a noitada no acaba sem ter fado
Repertório de Valentim Matias
Se queres sentir o afã de Lisboa
Levanta bem cedinho e vem comigo
Mas não vagueies por aí à toa
Vem até aos lugares que te digo
Verás gente a correr, sair dum cacilheiro
E cada um quer ser primeiro
Vai ao Cais do Sodré, ao Rossio também
Calçada de carriche e Sacavém;
Passa em Santa Apolónia, espreita marginal
E até na ponte o apego é sempre igual
À tarde vem de novo a confusão
É o regresso a casa à desfilada
E então há outros que entram em função
São os que vão fazer sua noitada
Começam p’la sardinha num bairro popular
Ou em qualquer tasquinha a petiscar
Depois vem o cinema, o teatro de revista
E há quem vá para as docas p’rá conquista;
Discotecas e bares, amor em qualquer lado
Mas a noitada no acaba sem ter fado
Fado de salto alto
Leonel Moura / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Leonel Moura
Sonhei com a Mouraria
Aonde o fado vivia
Na rua do Capelão
Onde um fadista com garra
Cantava um fado à guitarra
P'ra manter a tradição
Depois fui pela Moirama
E às vielas de Alfama
Aos retiros do passado
Fui ouvir uma guitarra
E uma voz que desgarra
A nostalgia de um fado
Depois subi ao Castelo
Imponente e sempre belo
Essa figura que invejo
Vi o Cristo-Rei abraçar
Os barcos a navegar
E as gaivotas do Tejo
E para a noite acabar
E o sonho terminar
Fui saber da realeza
Fui parar ao Bairro Alto
Onde o fado de salto alto
Tem mais encanto e beleza
Repertório de Leonel Moura
Sonhei com a Mouraria
Aonde o fado vivia
Na rua do Capelão
Onde um fadista com garra
Cantava um fado à guitarra
P'ra manter a tradição
Depois fui pela Moirama
E às vielas de Alfama
Aos retiros do passado
Fui ouvir uma guitarra
E uma voz que desgarra
A nostalgia de um fado
Depois subi ao Castelo
Imponente e sempre belo
Essa figura que invejo
Vi o Cristo-Rei abraçar
Os barcos a navegar
E as gaivotas do Tejo
E para a noite acabar
E o sonho terminar
Fui saber da realeza
Fui parar ao Bairro Alto
Onde o fado de salto alto
Tem mais encanto e beleza
Meus olhos cheios de ti
Letra de Artur Ribeiro
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Meus olhos cheios de ti
Que perdi quando te vi
Pois não vêem nada mais
Devem ser desconfiados
Pois por mal dos meus pecados
Só vão aonde tu vais
Tem cuidado meu amor
Não tentes seja o que for
Que nos possa separar
Recalca tais devaneios
Que os meus olhos de ti cheios
Nem por mim podem chorar
Meus olhos cheios de ti
A quem nunca conheci
Outra razão de viver
Até mesmo no altar
Quando por nós vou rezar
Nunca deixam de te ver
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Meus olhos cheios de ti
Que perdi quando te vi
Pois não vêem nada mais
Devem ser desconfiados
Pois por mal dos meus pecados
Só vão aonde tu vais
Tem cuidado meu amor
Não tentes seja o que for
Que nos possa separar
Recalca tais devaneios
Que os meus olhos de ti cheios
Nem por mim podem chorar
Meus olhos cheios de ti
A quem nunca conheci
Outra razão de viver
Até mesmo no altar
Quando por nós vou rezar
Nunca deixam de te ver
Bergantim
Eduardo Olímpio / Paco Bandeira
Repertório de Maria Dilar
Fui à cidade p’ra ver o mar
Trago um recado p’ra lhe contar
Que a minha terra é de gente boa
Sonha Lisboa
Repertório de Maria Dilar
Fui à cidade p’ra ver o mar
Trago um recado p’ra lhe contar
Que a minha terra é de gente boa
Sonha Lisboa
Chora Lisboa;
Que a minha terra é toda o mundo
Eu trago um rumo alto e profundo
Ai Lisboa, Lisboa, Lisboa
Voa gaivota, gaivota voa
Ai Lisboa, Lisboa, Lisboa
Mulher na proa, numa canoa
Nasci dum povo de trovadores
Canto cidades, encanto amores
Desci o Tejo e não sabia
Que no teu leito me descobria;
Desci o Tejo num bergantim
Lancei as redes que havia em mim
A tua história, quem me contou
Disse que Ulisses aqui chegou
Aqui chegaram as caravelas
Quem vinha nelas?
Que a minha terra é toda o mundo
Eu trago um rumo alto e profundo
Ai Lisboa, Lisboa, Lisboa
Voa gaivota, gaivota voa
Ai Lisboa, Lisboa, Lisboa
Mulher na proa, numa canoa
Nasci dum povo de trovadores
Canto cidades, encanto amores
Desci o Tejo e não sabia
Que no teu leito me descobria;
Desci o Tejo num bergantim
Lancei as redes que havia em mim
A tua história, quem me contou
Disse que Ulisses aqui chegou
Aqui chegaram as caravelas
Quem vinha nelas?
Quem vinha nelas?
Daqui partiram as caravelas
Que é feito delas?
Daqui partiram as caravelas
Que é feito delas?
Que é feito delas?
Tive saudades tuas
Letra de Artur Ribeiro
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu tive saudades tuas
Tive saudades sem fim
E fui chamar pelas ruas
A ver se tu continuas
A ter saudades de mim
Eu tive saudades minhas
Quando a teu lado morei
Falei às tuas vizinhas
Revi as coisas que tinhas
Mas contigo não falei
Quando olho o teu retrato
E não oiço a tua voz
Fico farto do meu quarto
E não sei como não parto
P’ró quarto que era de nós
Se queres voltar ao passado
Vê se deixas os porquês
Vê se voltas ao meu lado
Vê se voltas ao meu fado
Vê se voltas duma vez
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Eu tive saudades tuas
Tive saudades sem fim
E fui chamar pelas ruas
A ver se tu continuas
A ter saudades de mim
Eu tive saudades minhas
Quando a teu lado morei
Falei às tuas vizinhas
Revi as coisas que tinhas
Mas contigo não falei
Quando olho o teu retrato
E não oiço a tua voz
Fico farto do meu quarto
E não sei como não parto
P’ró quarto que era de nós
Se queres voltar ao passado
Vê se deixas os porquês
Vê se voltas ao meu lado
Vê se voltas ao meu fado
Vê se voltas duma vez
Balelas
Cuca, Pedro Silva Martins / Pedro Silva Martins
Repertório de Cuca Roseta
Ando feita ao bife com este xerife
Armado em patife com seu ar naïf
Conversa para cá e conversa para lá
Vai passando graxa, conversa de chacha
Agora é que são
É que vão ser elas
Balelas, balelas, balelas
Balelas, balelas, balelas
Ora vira o disco ora toca o mesmo
Já não corro risco, já não corro a esmo
Já são muitos anos, virei muitos frangos
Chega-me a mostarda e não baixo a guarda
Tira o cavalinho da chuva e olha
Quem com fogo brinca um dia ‘inda se molha
Acabou-se a trela se queres ter abébia
Toma lá cautela junta água e bebe-a
Isto tudo são
Balelas, balelas, balelas
Isto tudo são
Balelas, balelas, balelas
Palavras em vão
Balelas, balelas, balelas
Mas comigo não
Repertório de Cuca Roseta
Ando feita ao bife com este xerife
Armado em patife com seu ar naïf
Conversa para cá e conversa para lá
Vai passando graxa, conversa de chacha
Agora é que são
É que vão ser elas
Balelas, balelas, balelas
Balelas, balelas, balelas
Ora vira o disco ora toca o mesmo
Já não corro risco, já não corro a esmo
Já são muitos anos, virei muitos frangos
Chega-me a mostarda e não baixo a guarda
Tira o cavalinho da chuva e olha
Quem com fogo brinca um dia ‘inda se molha
Acabou-se a trela se queres ter abébia
Toma lá cautela junta água e bebe-a
Isto tudo são
Balelas, balelas, balelas
Isto tudo são
Balelas, balelas, balelas
Palavras em vão
Balelas, balelas, balelas
Mas comigo não
Hoje canto p’ra vocês
Leonel Moura / Pedro Rodrigues
Repertório de Leonel Moura
A gente do meu país
Repertório de Leonel Moura
A gente do meu país
Tem mais beleza e encanto
Gente de casta raiz
É o povo que assim diz
Gente de casta raiz
É o povo que assim diz
Desta terra que hoje canto;
Gente de casta raiz
A gente do meu país
Gente de casta raiz
A gente do meu país
Tem mais beleza e encanto
Esta terra portuguesa
Esta terra portuguesa
Onde o sol veio morar
É bela pois concerteza
Cheia de rara beleza
É bela pois concerteza
Cheia de rara beleza
De um jardim à beira-mar;
É bela pois com certeza
Esta terra portuguesa
É bela pois com certeza
Esta terra portuguesa
Onde o sol veio morar
Há fado toiros e vinho
Há fado toiros e vinho
Neste cantinho do céu
Tem paz amor e carinho
Tem um cheiro a rosmaninho
Tem paz amor e carinho
Tem um cheiro a rosmaninho
E a graça que Deus lhe deu;
Tem paz amor e carinho
Há fado toiros e vinho
Tem paz amor e carinho
Há fado toiros e vinho
Neste cantinho do céu
E a luz do sol a brilhar
E a luz do sol a brilhar
No doirado do seu pão
E os rouxinóis a cantar
Em tudo fazem lembrar
E os rouxinóis a cantar
Em tudo fazem lembrar
O cante do coração;
E os rouxinóis a cantar
E a luz do sol a brilhar
E os rouxinóis a cantar
E a luz do sol a brilhar
No doirado do seu pão
Hoje canto p’ra vocês
Hoje canto p’ra vocês
Este fado e sou feliz
Porque sou bom português
Tenho orgulho e altivez
Porque sou bom português
Tenho orgulho e altivez
No fado do meu país;
Porque sou bom português
Hoje canto p’ra vocês
Porque sou bom português
Hoje canto p’ra vocês
O fado do me país
Balada de novembro
Tiago Correia / Florêncio de Carvalho
Repertório de Tiago Correia
Entre sombras fugidias vejo a lua
Minha amante de segredos nesta vida
É novembro, noite fria, nua a rua
Quando a folha do outono cai perdida
Há um esvoaçar de sonhos p’lo caminho
Ao ouvir em cada casa uma criança
Dando cor à madrugada, que, sozinho
Me desperta no olhar, a doce esperança
Navego pelas ruas da cidade
Na noite em que o silêncio me procura
E o fado tão vestido de saudade
Entrega-se em meus braços com loucura
E em cada pensamento, fantasia
E em cada rima escrita, ilusão
Em novembro, a própria dor é alegria
E a tristeza é mais feliz no coração
Repertório de Tiago Correia
Entre sombras fugidias vejo a lua
Minha amante de segredos nesta vida
É novembro, noite fria, nua a rua
Quando a folha do outono cai perdida
Há um esvoaçar de sonhos p’lo caminho
Ao ouvir em cada casa uma criança
Dando cor à madrugada, que, sozinho
Me desperta no olhar, a doce esperança
Navego pelas ruas da cidade
Na noite em que o silêncio me procura
E o fado tão vestido de saudade
Entrega-se em meus braços com loucura
E em cada pensamento, fantasia
E em cada rima escrita, ilusão
Em novembro, a própria dor é alegria
E a tristeza é mais feliz no coração
Não chores mais, cantador
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravadaTranscrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não chores mais cantador
Adormece o teu tormento
Porque a morte dum amor
Não merece tal lamento
Vejo o teu vulto sozinho
A sombra vaga e sem cor
Ébrio, afogado em vinho
Não chores mais cantador
Não te mates de paixão
Só porque um amor morreu
Faz morrer no coração
Essa paixão que ele viveu
A um canto da taberna
Atascado em carrascão
À fosca luz da lanterna
Afogaste essa paixão
Faz sentir a voz bizarra
Que enrouqueceste na dor
Faz carpir essa guitarra
Não chores mais cantador
Bate a chuva na janela
Letra e música de Carlos Faria de Jesus
Repertório de Pedro Lisboa
Bate a chuva na janela
Nas grades da minha cela
Feitas de amor e saudade
Bate a chuva na vidraça
E a noite que não passa
Atiça a minha ansiedade
Bate em mim esta paixão
No silêncio da solidão
Bate a chuva na janela
E neste compasso triste
Meu coração não resiste
E bate louco por ela
Bate a chuva num lamento
Despertando sentimentos
Que eu quero tanto esquecer
Bate, bate, gota a gota
Numa toada tão louca
Não me deixa adormecer
O vento passa e sussurra
Que vá levar esta chuva
Vá cair onde ela mora
Que lhe bata na janela
E lhe diga que é por ela
Que o meu coração chora
Repertório de Pedro Lisboa
Bate a chuva na janela
Nas grades da minha cela
Feitas de amor e saudade
Bate a chuva na vidraça
E a noite que não passa
Atiça a minha ansiedade
Bate em mim esta paixão
No silêncio da solidão
Bate a chuva na janela
E neste compasso triste
Meu coração não resiste
E bate louco por ela
Bate a chuva num lamento
Despertando sentimentos
Que eu quero tanto esquecer
Bate, bate, gota a gota
Numa toada tão louca
Não me deixa adormecer
O vento passa e sussurra
Que vá levar esta chuva
Vá cair onde ela mora
Que lhe bata na janela
E lhe diga que é por ela
Que o meu coração chora
Fadista antigo
Jorge Rosa / Jaime Santos
Repertório de Natércia Maria
Por acaso ouvi falar
Duma canção portuguesa
Toda feita de chorar
Toda feita de tristeza
Encontrei no meu caminho
Um cantador do passado
E pedi-lhe com carinho
Que me falasse do fado
Aconchegou junto ao peito, com jeito
A guitarra, docemente
E dedilhou guitarradas, baladas
Toadas de antigamente
Cantou-me lindas cantigas, antigas
Canções tristes do passado
Fez-me sentir a magia que havia
Na melodia do fado
Vi bailarem os seus dedos
P’la guitarra com ternura
Ouvi contar seus segredos
De amorosa desventura
Senti toda a nostalgia
Duma sentida saudade
E sentindo o que sentia
De cantar senti vontade
Aconcheguei junto ao peito, com jeito
A guitarra, docemente
E dedilhei guitarradas, baladas
Toadas de antigamente
Cantei também as cantigas, antigas
Dum cantador do passado
Fez-me sentir a magia que havia
E agora no coração, desde então
Trago a magia do fado
Repertório de Natércia Maria
Por acaso ouvi falar
Duma canção portuguesa
Toda feita de chorar
Toda feita de tristeza
Encontrei no meu caminho
Um cantador do passado
E pedi-lhe com carinho
Que me falasse do fado
Aconchegou junto ao peito, com jeito
A guitarra, docemente
E dedilhou guitarradas, baladas
Toadas de antigamente
Cantou-me lindas cantigas, antigas
Canções tristes do passado
Fez-me sentir a magia que havia
Na melodia do fado
Vi bailarem os seus dedos
P’la guitarra com ternura
Ouvi contar seus segredos
De amorosa desventura
Senti toda a nostalgia
Duma sentida saudade
E sentindo o que sentia
De cantar senti vontade
Aconcheguei junto ao peito, com jeito
A guitarra, docemente
E dedilhei guitarradas, baladas
Toadas de antigamente
Cantei também as cantigas, antigas
Dum cantador do passado
Fez-me sentir a magia que havia
E agora no coração, desde então
Trago a magia do fado
Lisboa é uma guitarra
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Lisboa
É uma guitarra feliz
Que no seu trinado diz
Coisas da sua alegria
Lisboa
É uma guitarra que embala
Nas suas cordas a fala
Que aprendeu na Mouraria
Lisboa
É uma guitarra que sonha
Mas sua vida risonha
Quanta vez não é verdade
Lisboa
Também sofre, também chora
Quando o amor se demora
É guitarra de saudade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Lisboa
É uma guitarra feliz
Que no seu trinado diz
Coisas da sua alegria
Lisboa
É uma guitarra que embala
Nas suas cordas a fala
Que aprendeu na Mouraria
Lisboa
É uma guitarra que sonha
Mas sua vida risonha
Quanta vez não é verdade
Lisboa
Também sofre, também chora
Quando o amor se demora
É guitarra de saudade
Quando acontece
Rogério Ferreira / Frederico de Brito *fado dos sonhos*
Repertório de Eliana Castro
Estou sempre a ver a maneira
De chegar à tua beira
Ai de mim se não consigo
Desde que te conheci
Fiquei carente de ti
Só sonho sonhar contigo
Quando o amor acontece
A nossa alma estremece
E há perfumes no ar
De nada temos receio
0 nosso rio vai cheio
Que importa se transbordar
Nos abraços somos laços
Danças, desenhos e traços
Somos um só, Santo Deus
Todos os beijos são poucos
Todos são doces e loucos
Desde que sejam os teus
Repertório de Eliana Castro
Estou sempre a ver a maneira
De chegar à tua beira
Ai de mim se não consigo
Desde que te conheci
Fiquei carente de ti
Só sonho sonhar contigo
Quando o amor acontece
A nossa alma estremece
E há perfumes no ar
De nada temos receio
0 nosso rio vai cheio
Que importa se transbordar
Nos abraços somos laços
Danças, desenhos e traços
Somos um só, Santo Deus
Todos os beijos são poucos
Todos são doces e loucos
Desde que sejam os teus
Morrer de saudades
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quando partires voltarei
A cantar o nosso fado
Longe de ti ficarei
No nosso mundo encantado
Viverá no nosso fado
As horas que nos uniram
Caminhos que, lado a lado
Os nossos passos seguiram
Lado a lado, longe e triste
Sempre comigo vivi
E o amor que em nós existe
Podes crer, bem o mereci
E sinto tantas saudades
Das saudades que vou ter
Que quero ter mais saudades
P’ra de saudades morrer
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quando partires voltarei
A cantar o nosso fado
Longe de ti ficarei
No nosso mundo encantado
Viverá no nosso fado
As horas que nos uniram
Caminhos que, lado a lado
Os nossos passos seguiram
Lado a lado, longe e triste
Sempre comigo vivi
E o amor que em nós existe
Podes crer, bem o mereci
E sinto tantas saudades
Das saudades que vou ter
Que quero ter mais saudades
P’ra de saudades morrer
A verdade dos sonhos
Leonel Moura / Carlos da Maia
Repertório de Leonel Moura
Os sonhos que nós sonhamos
E depois quando acordamos
Voltamos à realidade
Às vezes nos nossos sonhos
Vivem-se mundos risonhos
Coisas que não são verdade
Nesta vida de quimeras
Não sei quantas Primaveras
Nascem no peito da gente
Os desejos e paixões
Tristezas, desilusões
Tudo se vai de repente
Verdadeiros ou ditosos
Risonhos ou mentirosos
Sonham-se da mesma maneira
Se os sonhos são ilusões
As suas recordações
Perduram pela vida inteira
Nesta vida de encantar
Os sonhos fazem lembrar
Tudo o que se vive em vão
A gente vive a sonhar
Que um dia pode alcançar
Os sonhos do coração
Repertório de Leonel Moura
Os sonhos que nós sonhamos
E depois quando acordamos
Voltamos à realidade
Às vezes nos nossos sonhos
Vivem-se mundos risonhos
Coisas que não são verdade
Nesta vida de quimeras
Não sei quantas Primaveras
Nascem no peito da gente
Os desejos e paixões
Tristezas, desilusões
Tudo se vai de repente
Verdadeiros ou ditosos
Risonhos ou mentirosos
Sonham-se da mesma maneira
Se os sonhos são ilusões
As suas recordações
Perduram pela vida inteira
Nesta vida de encantar
Os sonhos fazem lembrar
Tudo o que se vive em vão
A gente vive a sonhar
Que um dia pode alcançar
Os sonhos do coração
Algemas de vidro
António José / Ferrer Trindade
Repertório de Fernanda Maria
Já não importa que tu me jures mentiras
Que batas a outra porta
Já sei que não me pertences
Não sou cobarde, eu aceito o que quiseres
Mas não escondas a verdade
A mentir não me convences
Disseste um dia, numa data já esquecida
Que nos prendia este amor por toda a vida
Porquê? velhas palavras, quem as disse não sentiu
Eram algemas de vidro que a vida agora partiu
Ganhaste um jeito de ficar sempre à distância
E no teu peito, amar tem pouca importância
Não é segredo, tens-me ensinado
Fazes de mim um brinquedo
De que não gostas e pões de lado;
A todas essas que tu preferes
Prendes algemas de vidro
Que vais quebrando quando quiseres
Repertório de Fernanda Maria
Já não importa que tu me jures mentiras
Que batas a outra porta
Já sei que não me pertences
Não sou cobarde, eu aceito o que quiseres
Mas não escondas a verdade
A mentir não me convences
Disseste um dia, numa data já esquecida
Que nos prendia este amor por toda a vida
Porquê? velhas palavras, quem as disse não sentiu
Eram algemas de vidro que a vida agora partiu
Ganhaste um jeito de ficar sempre à distância
E no teu peito, amar tem pouca importância
Não é segredo, tens-me ensinado
Fazes de mim um brinquedo
De que não gostas e pões de lado;
A todas essas que tu preferes
Prendes algemas de vidro
Que vais quebrando quando quiseres
Bendita a hora
Rosa Lobato Faria / Mário Pacheco
Repertório de Paulo Bragança
Tu… a quem eu minto tantas vezes
E tenho modos descorteses
Se me descuido de te amar;
Tu… que por mais tarde que eu chegue
Que por mais sustos que eu te pregue
Não tens censuras no olhar;
Tu… entendes tudo e nada dizes
E dás-me dias tão felizes
E enches as noites de luar
Bendita a hora em que te vi
E o filho meu, florindo em ti
Bendito seja o fruto do teu ventre
Eu sou ateu, não sei rezar
Mas dou comigo a suplicar
Que Deus me dê o teu amor para sempre
Eu… que desarrumo a casa inteira
Deixo a toalha na banheira
E a roupa suja pelo chão;
Eu… que às vezes sou autoritário
E esqueço o teu aniversário
E até me zango sem razão;
Eu… que sou mordaz e cabeçudo
Encontro sempre um beijo mudo
No teu sorriso brincalhão
Eu… que sou egoísta e desatento
Que às vezes mudo como o vento
E ainda teimo em ser assim;
Eu… quando chego em desespero
Nem sequer gabo o teu tempero
Nem o teu corpo de cetim;
Tu… sem reparar no que eu não faço
Prendes-me todo num abraço
Dizes que é bom gostar de mim
Repertório de Paulo Bragança
Tu… a quem eu minto tantas vezes
E tenho modos descorteses
Se me descuido de te amar;
Tu… que por mais tarde que eu chegue
Que por mais sustos que eu te pregue
Não tens censuras no olhar;
Tu… entendes tudo e nada dizes
E dás-me dias tão felizes
E enches as noites de luar
Bendita a hora em que te vi
E o filho meu, florindo em ti
Bendito seja o fruto do teu ventre
Eu sou ateu, não sei rezar
Mas dou comigo a suplicar
Que Deus me dê o teu amor para sempre
Eu… que desarrumo a casa inteira
Deixo a toalha na banheira
E a roupa suja pelo chão;
Eu… que às vezes sou autoritário
E esqueço o teu aniversário
E até me zango sem razão;
Eu… que sou mordaz e cabeçudo
Encontro sempre um beijo mudo
No teu sorriso brincalhão
Eu… que sou egoísta e desatento
Que às vezes mudo como o vento
E ainda teimo em ser assim;
Eu… quando chego em desespero
Nem sequer gabo o teu tempero
Nem o teu corpo de cetim;
Tu… sem reparar no que eu não faço
Prendes-me todo num abraço
Dizes que é bom gostar de mim
Cantigas de atirar
Desgarrada de Henrique Rego
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
(Ele)
Minha linda cantadeira
Boquinha de amor perfeito
No meu peito que é lareira
Vem aquecer o teu peito
(Ela)
Falinhas de bem dizer
Meu coração não suporta
Deixa-me em paz, vai bater
Ao ferrolho doutra porta
(Ele)
Nunca bati ao ferrolho
Duma porta, minha amiga
Sem trazer “debaixo de olho”
A mulher que lá se abriga
(Ela)
Com cantigas não me embalas
Nem te dou essa ventura
Para mim as tuas falas
São cheques sem cobertura
(Ele)
Tens a língua bem comprida
Mas a pimenta, meu bem
Não se põe só na comida
Põe-se na língua também
(Ela)
Cantador da minha estima
Tu és como o caracol
Quando o sol lhe bate em cima
Põe os “pauzinhos” ao sol
(Ele)
Minha papoila vermelha
As respostas que me dás
São ferroadas de abelha
P’ra quem é tão bom rapaz
(Ela)
Nossa Senhora te valha
Senhor Deus te dê juízo
Só te falta uma mortalha
Para entrares no paraíso
(Ele)
Hei-de tirar-te os espinhos
Meu figuinho de piteira
Com abraços e beijinhos
Dados de certa maneira
(Ela)
Beijinhos, só de meus pais
Acredita e ouve bem
’Inda sou nova de mais
P’ra ter sogra em vez de mãe
(Ele)
Ser-se novo nada prova
Meu coração lindo e moço
Quando uma azeitona é nova
Até lhe trinco o caroço
(Ela)
Vou fazer contigo as pazes
Porque o ditado nos diz
Quem se mete com rapazes
Deve apertar o nariz
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
(Ele)
Minha linda cantadeira
Boquinha de amor perfeito
No meu peito que é lareira
Vem aquecer o teu peito
(Ela)
Falinhas de bem dizer
Meu coração não suporta
Deixa-me em paz, vai bater
Ao ferrolho doutra porta
(Ele)
Nunca bati ao ferrolho
Duma porta, minha amiga
Sem trazer “debaixo de olho”
A mulher que lá se abriga
(Ela)
Com cantigas não me embalas
Nem te dou essa ventura
Para mim as tuas falas
São cheques sem cobertura
(Ele)
Tens a língua bem comprida
Mas a pimenta, meu bem
Não se põe só na comida
Põe-se na língua também
(Ela)
Cantador da minha estima
Tu és como o caracol
Quando o sol lhe bate em cima
Põe os “pauzinhos” ao sol
(Ele)
Minha papoila vermelha
As respostas que me dás
São ferroadas de abelha
P’ra quem é tão bom rapaz
(Ela)
Nossa Senhora te valha
Senhor Deus te dê juízo
Só te falta uma mortalha
Para entrares no paraíso
(Ele)
Hei-de tirar-te os espinhos
Meu figuinho de piteira
Com abraços e beijinhos
Dados de certa maneira
(Ela)
Beijinhos, só de meus pais
Acredita e ouve bem
’Inda sou nova de mais
P’ra ter sogra em vez de mãe
(Ele)
Ser-se novo nada prova
Meu coração lindo e moço
Quando uma azeitona é nova
Até lhe trinco o caroço
(Ela)
Vou fazer contigo as pazes
Porque o ditado nos diz
Quem se mete com rapazes
Deve apertar o nariz
A vida que não te dei
Fernando Peres / Pedro Rodrigues *fado primavera*
Repertório de Madalena Ferraz
É quase sombra perdida
A promessa arrependida
Que a tua boca não deu
O meu coração resiste
Na certeza de ser triste
Mais triste porque sofreu
Saudades duma saudade
Saudades doutra verdade
Feita da mesma ilusão
Do fogo que não aquece
Duma verdade que esquece
E morre no coração
Os beijos que não se deram
Braços que não se estenderam
Lágrimas que eu não chorei
Nas horas da tua ausência
Ando a pedir clemência
À vida que te não dei
Repertório de Madalena Ferraz
É quase sombra perdida
A promessa arrependida
Que a tua boca não deu
O meu coração resiste
Na certeza de ser triste
Mais triste porque sofreu
Saudades duma saudade
Saudades doutra verdade
Feita da mesma ilusão
Do fogo que não aquece
Duma verdade que esquece
E morre no coração
Os beijos que não se deram
Braços que não se estenderam
Lágrimas que eu não chorei
Nas horas da tua ausência
Ando a pedir clemência
À vida que te não dei
Boca encarnada
*Joaquina*
Amália Rodrigues / Carlos Gonçalves
Repertório de Gonçalo Salgueiro
Amarelo é ouro e branca é a prata
Encarnada a boca de quem me mata
Amarelo é ouro e branca é a prata
Encarnada a boca de quem me mata
Ai Joaqulna
Dás um lindo amor perfeito
Cintura fina, e a blusadinha no peito
Ai Joaquina
Levas os olhos no chão
Vê se me encontras
No chão o meu coração
Quem fora negro
Quem fora negro gatinho
E na janela
Na tua janela entrasse
E a ti te desse, e a ti te desse um beijinho
E a tua mãe
E a tua mãe arranhasse
Quando te vejo
Quando te vejo Joaquina
Meu coração, meu coração a saltar
Diz-me que linda
Diz-me que linda pedrinha
Para eu poder
Para eu poder tropeçar
Amarelo é ouro, branca é a platina
Encarnada a boca da minha Joaquina
Amália Rodrigues / Carlos Gonçalves
Repertório de Gonçalo Salgueiro
Amarelo é ouro e branca é a prata
Encarnada a boca de quem me mata
Amarelo é ouro e branca é a prata
Encarnada a boca de quem me mata
Ai Joaqulna
Dás um lindo amor perfeito
Cintura fina, e a blusadinha no peito
Ai Joaquina
Levas os olhos no chão
Vê se me encontras
No chão o meu coração
Quem fora negro
Quem fora negro gatinho
E na janela
Na tua janela entrasse
E a ti te desse, e a ti te desse um beijinho
E a tua mãe
E a tua mãe arranhasse
Quando te vejo
Quando te vejo Joaquina
Meu coração, meu coração a saltar
Diz-me que linda
Diz-me que linda pedrinha
Para eu poder
Para eu poder tropeçar
Amarelo é ouro, branca é a platina
Encarnada a boca da minha Joaquina
Vagabundo
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nessas ruelas bizarras
Onde trinavam guitarras
Conheci há muitos anos
Um boémio, um vagabundo
Que na vida, a correr mundo
Espalhava seus desenganos
Tinha um ar afidalgado
Que naquele rosto enrugado
Se expressava debilmente
Olhar vago de saudade
Contido pela infelicidade
Sempre a sorrir tristemente
Tinha a história bem comprida
Dessa experiência vivida
De quem vive a correr mundo
Passeava a horas mortas
Pelas toscas ruas tortas
Era assim o vagabundo
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Nessas ruelas bizarras
Onde trinavam guitarras
Conheci há muitos anos
Um boémio, um vagabundo
Que na vida, a correr mundo
Espalhava seus desenganos
Tinha um ar afidalgado
Que naquele rosto enrugado
Se expressava debilmente
Olhar vago de saudade
Contido pela infelicidade
Sempre a sorrir tristemente
Tinha a história bem comprida
Dessa experiência vivida
De quem vive a correr mundo
Passeava a horas mortas
Pelas toscas ruas tortas
Era assim o vagabundo
A boneca
Letra de Artur Soares Pereira
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Pelo Natal fui pedir
A Jesus para me dar
Uma boneca a sorrir
Dessas que sabem falar
Em seguida me deitei
Na cama, entusiasmada
E toda a noite sonhei
Com a boneca engraçada
Toda vestida, a preceito
A seda azul, vinha já
Eu dava-lhe um certo jeito
la dizia «Papá»
Quando com ela a brincar
Minha mãe sorria mais
Eu cheguei a desejar
Um ano com mais Natais
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Pelo Natal fui pedir
A Jesus para me dar
Uma boneca a sorrir
Dessas que sabem falar
Em seguida me deitei
Na cama, entusiasmada
E toda a noite sonhei
Com a boneca engraçada
Toda vestida, a preceito
A seda azul, vinha já
Eu dava-lhe um certo jeito
la dizia «Papá»
Quando com ela a brincar
Minha mãe sorria mais
Eu cheguei a desejar
Um ano com mais Natais
Baila Lisboa
Letra e música de Verónica
Repertório de Ada de Castro
Estou a ver nosso Senhor
Por esta janela aberta
Mais além um rouxinol
Canta a Lisboa liberta
Canto um hino ao amor
E canto um hino à paz
Canto ao meu dia de sol
De chorar não sou capaz
Baila Lisboa
Com o povo que te ama
Teu nome com ele voa
Desde a Sé até Alfama
Deixa Lisboa
Que te adorem dia a dia
Já conheceste a vitória
Dá-nos a tua alegria
Com o Tejo a rebrilhar
Sob um céu de mil estrelas
Segue Lisboa cantando
Melodias das mais belas
Com o pé a saltitar
Vês moçoilas a sorrir
Só a ti estão louvando
Agora não vão partir
Repertório de Ada de Castro
Estou a ver nosso Senhor
Por esta janela aberta
Mais além um rouxinol
Canta a Lisboa liberta
Canto um hino ao amor
E canto um hino à paz
Canto ao meu dia de sol
De chorar não sou capaz
Baila Lisboa
Com o povo que te ama
Teu nome com ele voa
Desde a Sé até Alfama
Deixa Lisboa
Que te adorem dia a dia
Já conheceste a vitória
Dá-nos a tua alegria
Com o Tejo a rebrilhar
Sob um céu de mil estrelas
Segue Lisboa cantando
Melodias das mais belas
Com o pé a saltitar
Vês moçoilas a sorrir
Só a ti estão louvando
Agora não vão partir
Depois da tua ausência
Letra de Artur Ribeiro
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Só depois da tua ausência
É que fiquei a saber
Que sem ti o meu viver
É feito de negros dias
Sem ti a minha existência
Não tem a menor razão
E as minhas noites são
Acordadas e sombrias
Só quando saíste a porta
É que notei a diferença
E vi que a tua presença
Não pode ser afastada
Vi que nada mais importa
Neste mundo além de ti
E até tu voltares aqui
A vida ficou parada
Tentei ver-me noutro sonho
Tendo alguém no teu lugar
Alguém que me venha dar
Outra razão de viver
Meu olhar ficou tristonho
A olhar a casa nossa
E vi que não há quem possa
O teu lugar preencher
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Só depois da tua ausência
É que fiquei a saber
Que sem ti o meu viver
É feito de negros dias
Sem ti a minha existência
Não tem a menor razão
E as minhas noites são
Acordadas e sombrias
Só quando saíste a porta
É que notei a diferença
E vi que a tua presença
Não pode ser afastada
Vi que nada mais importa
Neste mundo além de ti
E até tu voltares aqui
A vida ficou parada
Tentei ver-me noutro sonho
Tendo alguém no teu lugar
Alguém que me venha dar
Outra razão de viver
Meu olhar ficou tristonho
A olhar a casa nossa
E vi que não há quem possa
O teu lugar preencher
Fado das ruas sem sol
José Régio / Francisco Viana *fado vianinha*
Repertório de Eliana Castro
Naquela rua, à tardinha
Já quase nada se via
Parece que o sol fugia
Daquela rua mesquinha
Mas tinha prédios imensos
Entrechocando telhados
Tão altos, como suspensos
De lá dos céus afastados
Por isso, logo à tardinha
Parece que o sol fugia
Daquela rua sombria
Onde a vida que se tinha
Nem vivia, e todavia
Mãe vida, que força a tua
Pululava e refervia
Das próprias pedras da rua
E até na meia cantiga
Que por sobre esses telhados
Numa voz de oiro sem liga
Lançava aos céus afastados;
Lançava aos céus afastados
Um sonho de rapariga
Repertório de Eliana Castro
Naquela rua, à tardinha
Já quase nada se via
Parece que o sol fugia
Daquela rua mesquinha
Mas tinha prédios imensos
Entrechocando telhados
Tão altos, como suspensos
De lá dos céus afastados
Por isso, logo à tardinha
Parece que o sol fugia
Daquela rua sombria
Onde a vida que se tinha
Nem vivia, e todavia
Mãe vida, que força a tua
Pululava e refervia
Das próprias pedras da rua
E até na meia cantiga
Que por sobre esses telhados
Numa voz de oiro sem liga
Lançava aos céus afastados;
Lançava aos céus afastados
Um sonho de rapariga
Guitarra fiel amiga
Leonel Moura / Alberto Correia *fado solene*
Repertório de Leonel Moura
Num retiro à moda antiga
Onde o fado vem dar brado
Guitarra fiel amiga
Vamos cantar mais um fado
Nas horas de pranto e dor
Quando a voz é mais dolente
Cantamos versos de amor
Que vem do peito da gente
Se aos fadistas dás abrigo
Nas horas de solidão
Passa esta noite comigo
Amiga do coração
E um dia quando eu deixar
As nossas noites de farra
A trinar hás-de chorar
Oh minha velha guitarra
Repertório de Leonel Moura
Num retiro à moda antiga
Onde o fado vem dar brado
Guitarra fiel amiga
Vamos cantar mais um fado
Nas horas de pranto e dor
Quando a voz é mais dolente
Cantamos versos de amor
Que vem do peito da gente
Se aos fadistas dás abrigo
Nas horas de solidão
Passa esta noite comigo
Amiga do coração
E um dia quando eu deixar
As nossas noites de farra
A trinar hás-de chorar
Oh minha velha guitarra
Ah não
Vasco Graça Moura / Carlos Paredes
Repertório de Mísia
Meu amor, meu amor
Foste-me sonho e pão
Foste febre e fervor
Razão e sem razão
E sede e sabor das manhãs de verão
Mas minha prisão, ah não
E em tanto calor nada foi em vão
Mas minha prisão, ah não
Meu amor, meu amor
Não te peço perdão
Não te peço favor
Não te peço aversão
Não te peço dor, nem a contrição
Nem o coração, ah não
Agora ao sol-pôr meus olhos se vão
E não voltarão, ah não
Repertório de Mísia
Meu amor, meu amor
Foste-me sonho e pão
Foste febre e fervor
Razão e sem razão
E sede e sabor das manhãs de verão
Mas minha prisão, ah não
E em tanto calor nada foi em vão
Mas minha prisão, ah não
Meu amor, meu amor
Não te peço perdão
Não te peço favor
Não te peço aversão
Não te peço dor, nem a contrição
Nem o coração, ah não
Agora ao sol-pôr meus olhos se vão
E não voltarão, ah não
Beijo procura-se
Alberto Aguabrava / Manuel da Graça Pereira
Repertório de Catarina Rocha
Passo o meu dia à procura
De ti, criatura
Do teu beijo
Ao dobrar de cada esquina
Na rua de cima
Não te vejo
Becos, pracetas
Jardins nos quais adormeço
Noite na qual prometemos
Amar-nos até do avesso
Vou andar por onde calhe
Mesmo que me espalhe
No pó do caminho
Eu não quero o meu amor
Só porque eu demore
A ficar sozinho
Já com a cristã quebrada
A língua cansada
E com sono
Vejo surgir duma sombra
Tua boca redonda
Não sei como
Grito bem alto:
Meu bem, por onde é que andaste?
Calma! talvez não te lembres
Fiquei onde tu me beijaste
Repertório de Catarina Rocha
Passo o meu dia à procura
De ti, criatura
Do teu beijo
Ao dobrar de cada esquina
Na rua de cima
Não te vejo
Becos, pracetas
Jardins nos quais adormeço
Noite na qual prometemos
Amar-nos até do avesso
Vou andar por onde calhe
Mesmo que me espalhe
No pó do caminho
Eu não quero o meu amor
Só porque eu demore
A ficar sozinho
Já com a cristã quebrada
A língua cansada
E com sono
Vejo surgir duma sombra
Tua boca redonda
Não sei como
Grito bem alto:
Meu bem, por onde é que andaste?
Calma! talvez não te lembres
Fiquei onde tu me beijaste
Mercado da Ribeira
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
É na faina da Ribeira
Que esta Lisboa velhinha
Ali com o Tejo à beira
É a mais bela alfacinha
Entre canastras e chitas
Andam risos aos montões
Entre cantigas bonitas
Andam pragas e pregões
E é tal o encanto seu
Para ver quem grita mais
Gritam gaivotas no céu
Gritam varinas no cais
Entre a folia de cor
Das fragatas em quermesse
Cada riso é uma prece
E cada vela parece
Branco círio de um andor
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
É na faina da Ribeira
Que esta Lisboa velhinha
Ali com o Tejo à beira
É a mais bela alfacinha
Entre canastras e chitas
Andam risos aos montões
Entre cantigas bonitas
Andam pragas e pregões
E é tal o encanto seu
Para ver quem grita mais
Gritam gaivotas no céu
Gritam varinas no cais
Entre a folia de cor
Das fragatas em quermesse
Cada riso é uma prece
E cada vela parece
Branco círio de um andor
Abre a tua janela
Manuel Paião / Eduardo Damas
Repertório de Hermínia Silva
Abre a tua janela e vê Lisboa
Tão bela e tão boa, tão bela e tão boa
E vê o Tejo a passar
Levando um adeus ao mar;
Abre a tua janela e vê Lisboa
Mas não à toa, mas não à toa
Abre a tua janela
E vê por ela esta Lisboa
Vê a graça da Graça
E como há raça na Madragoa
Vê as velhas trapeiras
Com sardinheiras na Mouraria
Vê como tudo canta
Canta e encanta da Sé à Guia
Quando vem a noite e o céu estrelado
Ouve-se o fado, ouve-se o fado
E a lua sempre a brilhar
Faz poeta o próprio ar;
E quando está triste esta cidade
É a saudade, é a saudade
Repertório de Hermínia Silva
Abre a tua janela e vê Lisboa
Tão bela e tão boa, tão bela e tão boa
E vê o Tejo a passar
Levando um adeus ao mar;
Abre a tua janela e vê Lisboa
Mas não à toa, mas não à toa
Abre a tua janela
E vê por ela esta Lisboa
Vê a graça da Graça
E como há raça na Madragoa
Vê as velhas trapeiras
Com sardinheiras na Mouraria
Vê como tudo canta
Canta e encanta da Sé à Guia
Quando vem a noite e o céu estrelado
Ouve-se o fado, ouve-se o fado
E a lua sempre a brilhar
Faz poeta o próprio ar;
E quando está triste esta cidade
É a saudade, é a saudade
Rua sombria
Manuel de Andrade / Joaquim Campos *fado vitória*
Repertório de Carlos Zel
Tenho saudades da rua
Sombria, tristonha e nua
Onde o nosso amor morou
Pobre dessa rua esguia
Pobre rua, não sabia
Que afinal tudo acabou
Ali juntos ao luar
Corriam sem se notar
Horas e horas seguidas
E só a rua escutava
O rumor que mal escapava
Das nossas frases mentidas
Pobre dessa rua esguia
Não sabia que mentia
Ao falar pelas nossas bocas
Essa rua nos juntou
Triste rua, apadrinhou
As nossas promessas loucas
Repertório de Carlos Zel
Tenho saudades da rua
Sombria, tristonha e nua
Onde o nosso amor morou
Pobre dessa rua esguia
Pobre rua, não sabia
Que afinal tudo acabou
Ali juntos ao luar
Corriam sem se notar
Horas e horas seguidas
E só a rua escutava
O rumor que mal escapava
Das nossas frases mentidas
Pobre dessa rua esguia
Não sabia que mentia
Ao falar pelas nossas bocas
Essa rua nos juntou
Triste rua, apadrinhou
As nossas promessas loucas
Cana verde do mar
Popular
Repertório de Amália
Caninha verde, ó minha verde caninha
Ó minha caninha verde, ó minha verde caninha
Anda, não anda, ai minha verde caninha
Salpicadinha d’amores, de amores salpicadinha
Ó cana verde, de amores salpicadinha
Verde no mar, anda à volta do vapor
A cana verde no mar anda à volta do vapor
Anda, não anda, anda à volta do vapor
Ainda está para nascer quem há-de ser meu amor
Ai cana verde, quem há-de ser meu amor
Caninha verde à porta do escondidinho
Ó minha caninha verde, à porta do escondidinho
Anda, não anda, à porta do escondidinho
Uma rola que a viu e não a quis fazer-lhe o ninho
Ó cana verde, não a quis fazer-lhe o ninho
Colher cerejas para andar de cano em cano
Ó cana, ó verde cana, para andar de cano em cano
Anda, não anda, para andar de cano em cano
Eu hei-de ir à tua porta fazer sombra todo ano
Ai cana verde, fazer sombra todo ano
Repertório de Amália
Caninha verde, ó minha verde caninha
Ó minha caninha verde, ó minha verde caninha
Anda, não anda, ai minha verde caninha
Salpicadinha d’amores, de amores salpicadinha
Ó cana verde, de amores salpicadinha
Verde no mar, anda à volta do vapor
A cana verde no mar anda à volta do vapor
Anda, não anda, anda à volta do vapor
Ainda está para nascer quem há-de ser meu amor
Ai cana verde, quem há-de ser meu amor
Caninha verde à porta do escondidinho
Ó minha caninha verde, à porta do escondidinho
Anda, não anda, à porta do escondidinho
Uma rola que a viu e não a quis fazer-lhe o ninho
Ó cana verde, não a quis fazer-lhe o ninho
Colher cerejas para andar de cano em cano
Ó cana, ó verde cana, para andar de cano em cano
Anda, não anda, para andar de cano em cano
Eu hei-de ir à tua porta fazer sombra todo ano
Ai cana verde, fazer sombra todo ano
Nem um adeus me disseste
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ao longe o teu vulto agreste
Para sempre se perdia
Nem um adeus me disseste
Nunca vi mais triste dia
Não foram saudades tuas
Que me fizeram cantar
Foi o silêncio das ruas
Que não posso suportar
Que sina desventurada
Me criou só para a dor
Cada ventura sonhada
É desventura maior
Acerquei-me duma cruz
Meu olhar foi oração
Não reza quem sabe orar
Reza quem tem coração
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Ao longe o teu vulto agreste
Para sempre se perdia
Nem um adeus me disseste
Nunca vi mais triste dia
Não foram saudades tuas
Que me fizeram cantar
Foi o silêncio das ruas
Que não posso suportar
Que sina desventurada
Me criou só para a dor
Cada ventura sonhada
É desventura maior
Acerquei-me duma cruz
Meu olhar foi oração
Não reza quem sabe orar
Reza quem tem coração
Ali em Alfama
Carlos Conde / Miguel Ramos *fado margarida*
Repertório de Raúl Pereira
O Chico Estivador, homem de fama
Por render culto ao fado e à profissão
Mora no bairro típico de Alfama
E trabalha no Cais da Fundição
Namora com a Rosa * a cotovia*
Cachopa de olhar vivo, encantador
Com lugar de hortaliça e peixaria
Mesmo em frente do Chico Estivador
Como a Rosa por vezes também canta
Aos domingos de tarde vão ao fado
E fazem desfiar pela garganta
As rimas dum poeta consagrado
Casam já no domingo, ali na Sé
E p’ra casa do Chico vão morar
Ele tem o trabalho mesmo ao pé
E a Rosa fica em frente do lugar
Repertório de Raúl Pereira
O Chico Estivador, homem de fama
Por render culto ao fado e à profissão
Mora no bairro típico de Alfama
E trabalha no Cais da Fundição
Namora com a Rosa * a cotovia*
Cachopa de olhar vivo, encantador
Com lugar de hortaliça e peixaria
Mesmo em frente do Chico Estivador
Como a Rosa por vezes também canta
Aos domingos de tarde vão ao fado
E fazem desfiar pela garganta
As rimas dum poeta consagrado
Casam já no domingo, ali na Sé
E p’ra casa do Chico vão morar
Ele tem o trabalho mesmo ao pé
E a Rosa fica em frente do lugar
Boatos
Letra e música de Jorge Cruz
Repertóri0o de Cristina Branco
Dizem por aí desde o dia em que apareci
Que não há um lar seguro na cidade
Muito patuá se ouve no salão de chá
Sobre o que esta sabe e a outra ouviu dizer
É o senhor doutor, é o juiz, é o prior
O que não falta é suspeitos das andanças
Tudo o que é marido pelos vistos, eu persigo
Até me chamam menina das alianças
Mas são boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço, de onde vim
São boatos, são só boatos
Todos falam
Repertóri0o de Cristina Branco
Dizem por aí desde o dia em que apareci
Que não há um lar seguro na cidade
Muito patuá se ouve no salão de chá
Sobre o que esta sabe e a outra ouviu dizer
É o senhor doutor, é o juiz, é o prior
O que não falta é suspeitos das andanças
Tudo o que é marido pelos vistos, eu persigo
Até me chamam menina das alianças
Mas são boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço, de onde vim
São boatos, são só boatos
Todos falam
Mas ninguém conhece os factos
Não passam de boatos
Dizem que conheço
Não passam de boatos
Dizem que conheço
Camas grandes de mansões
Apesar de ter um pobre apartamento
Na Rua de São Brás, 27 - 5º- trás
Onde o escândalo vem a acontecer
Homens bem casados
Apesar de ter um pobre apartamento
Na Rua de São Brás, 27 - 5º- trás
Onde o escândalo vem a acontecer
Homens bem casados
Diz que esbanjam ordenados
Em floristas, joias, prendas e jantares
Agem sem alarde, mesmo
Em floristas, joias, prendas e jantares
Agem sem alarde, mesmo
Quando chegam tarde
Têm sempre um álibi para escapar
Qual a verdade? o que é que importa
Se fico só quando chega o amanhecer
Resta-me o pouco que me bate à porta
E se alguém me perguntar
Ainda tenho de dizer
Teorias, fantasias, aparatos
Devaneios, mexericos, desacatos
Todos falam
Têm sempre um álibi para escapar
Qual a verdade? o que é que importa
Se fico só quando chega o amanhecer
Resta-me o pouco que me bate à porta
E se alguém me perguntar
Ainda tenho de dizer
Teorias, fantasias, aparatos
Devaneios, mexericos, desacatos
Todos falam
Mas ninguém conhece os factos
Não passam de boatos
Não passam de boatos
Carnaval
Letra de Manuel de Andrade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Pelas horas matutinas
O céu vermelho raiou
E do carnaval ficou
Um montão de serpentinas
Pelos salões, o folguedo
Pouco a pouco se esvaiu
E a noite guardou segredo
Daquilo que consentiu;
Amanhã serão lembrados
Romances de namorados
De rostos que ninguém viu
Naquela alegre tipóia
Corremos de lado a lado
E essa noite de rambóia
Terminou ao som do fado
E corridas as cortinas
Essa tipóia abalou
E do carnaval ficou
Um montão de serpentinas
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Pelas horas matutinas
O céu vermelho raiou
E do carnaval ficou
Um montão de serpentinas
Pelos salões, o folguedo
Pouco a pouco se esvaiu
E a noite guardou segredo
Daquilo que consentiu;
Amanhã serão lembrados
Romances de namorados
De rostos que ninguém viu
Naquela alegre tipóia
Corremos de lado a lado
E essa noite de rambóia
Terminou ao som do fado
E corridas as cortinas
Essa tipóia abalou
E do carnaval ficou
Um montão de serpentinas
A voz da poesia
Kátia Guerreiro / Rui Veloso
Repertório de Kátia Guerreiro
Eu dei a minha voz à poesia
E ao fado asas para eu voar
Encontrei no teu amor a alegria
Que me dá esta coragem para cantar
Tens sonho, tens cor e liberdade
Tens tudo o que eu queria p’ra viver
És ternura e conforto, és verdade
Sou mais forte e segura, mais mulher
Veio a vida ensinar-me que o destino
É traçado em cada passo que eu der
E que o fado não é mais do que um caminho
Que os poetas traçam ao escrever
No meu fado sinto todo o nosso amor
P’ra ti canto e solto a minha voz
Sou gaivota, mas contigo sou maior
No poema, somos mais, nós somos nós
Repertório de Kátia Guerreiro
Eu dei a minha voz à poesia
E ao fado asas para eu voar
Encontrei no teu amor a alegria
Que me dá esta coragem para cantar
Tens sonho, tens cor e liberdade
Tens tudo o que eu queria p’ra viver
És ternura e conforto, és verdade
Sou mais forte e segura, mais mulher
Veio a vida ensinar-me que o destino
É traçado em cada passo que eu der
E que o fado não é mais do que um caminho
Que os poetas traçam ao escrever
No meu fado sinto todo o nosso amor
P’ra ti canto e solto a minha voz
Sou gaivota, mas contigo sou maior
No poema, somos mais, nós somos nós
Beija-me e foge
Maria de Lourdes Carvalho / Franklim Godinho
Repertório de Dina do Carmo
É vontade de te ver
Fogo da minha ternura
Luz dos meus olhos cansados
É medo de te perder
O pranto desta loucura
Meus sorrisos desmaiados
Sei que já não me pertences
Que vives com outro alguém
Que teu amor me roubou
Teu sorriso não me ofereces
Tua boca, eu sei bem
Meu sabor nela secou
Se sentes algum carinho
Peço-te, por caridade
Traz-me esse tempo já longe
E junto a mim, de mansinho
Num minuto de saudade
Vem amor, beija-me e foge
Repertório de Dina do Carmo
É vontade de te ver
Fogo da minha ternura
Luz dos meus olhos cansados
É medo de te perder
O pranto desta loucura
Meus sorrisos desmaiados
Sei que já não me pertences
Que vives com outro alguém
Que teu amor me roubou
Teu sorriso não me ofereces
Tua boca, eu sei bem
Meu sabor nela secou
Se sentes algum carinho
Peço-te, por caridade
Traz-me esse tempo já longe
E junto a mim, de mansinho
Num minuto de saudade
Vem amor, beija-me e foge
Santo oleiro
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não deixes que o teu amor
A brincar te quebre a bilha
Qu’isso do Santo a compor
É conversa, minha filha
Tanta vez o pucarinho
Vai à fonte, minha filha
Deixa lá! Santo Antoninho
Dá um jeito e arranja a bilha
Santo António vê se deixas
As cantarinhas em paz
E atende também às queixas
Do pobre oleiro que as faz
Não critiques o acerto
Dos gatos que eu pus na bilha
Viu Santo António o concerto
E disse: que maravilha
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não deixes que o teu amor
A brincar te quebre a bilha
Qu’isso do Santo a compor
É conversa, minha filha
Tanta vez o pucarinho
Vai à fonte, minha filha
Deixa lá! Santo Antoninho
Dá um jeito e arranja a bilha
Santo António vê se deixas
As cantarinhas em paz
E atende também às queixas
Do pobre oleiro que as faz
Não critiques o acerto
Dos gatos que eu pus na bilha
Viu Santo António o concerto
E disse: que maravilha
Canção de embalar o amor
Tiago Salazari / Vitorino
Repertório de Carlos Leitão
Vem ver onde nasce o deserto
Vem ver onde é a foz do luar
Dunas e estrelas são o tecto
Anjos cintilam no seu lugar
Vem ver onde fica o oceano
Vem ver o canto do nosso mar
Onde és um amor sem engano
És minha canção de embalar
Porque antes de ti nada era
Porque depois de ti tudo foi
Porque a vida é valsa cantada
Porque o amor é o tempo dos dois;
Porque a vida é valsa cantada
Porque o amor é o tempo dos dois
Repertório de Carlos Leitão
Vem ver onde nasce o deserto
Vem ver onde é a foz do luar
Dunas e estrelas são o tecto
Anjos cintilam no seu lugar
Vem ver onde fica o oceano
Vem ver o canto do nosso mar
Onde és um amor sem engano
És minha canção de embalar
Porque antes de ti nada era
Porque depois de ti tudo foi
Porque a vida é valsa cantada
Porque o amor é o tempo dos dois;
Porque a vida é valsa cantada
Porque o amor é o tempo dos dois
A minha terra é Viana
Pedro Homem de Mello / Alain Oulman
Repertório de Amália Rodrigues
A minha terra é Viana
Sou do monte e sou do mar
Só dou o nome de terra
Onde o da minha chegar;
Ó minha terra vestida
Da cor da folha da rosa
Ó brancos saios de Perre
Vermelhinhos de Areosa
Virei costas à Galiza
Repertório de Amália Rodrigues
A minha terra é Viana
Sou do monte e sou do mar
Só dou o nome de terra
Onde o da minha chegar;
Ó minha terra vestida
Da cor da folha da rosa
Ó brancos saios de Perre
Vermelhinhos de Areosa
Virei costas à Galiza
Voltei-me antes para o mar
Santa Marta, saias negras
Santa Marta, saias negras
Tem vidrilhos de luar
Dancei a Gota em Carreço
O Verde Gaio em Afife
Dancei-o devagarinho
Como a lei manda bailar;
Como a lei manda bailar
Dancei em Vila a Tirana
E dancei em todo o Minho
E quem diz Minho diz Viana
Virei costas à Galiza
Dancei a Gota em Carreço
O Verde Gaio em Afife
Dancei-o devagarinho
Como a lei manda bailar;
Como a lei manda bailar
Dancei em Vila a Tirana
E dancei em todo o Minho
E quem diz Minho diz Viana
Virei costas à Galiza
Voltei-me então para o sul
Santa Marta, saias verdes
Santa Marta, saias verdes
Deram-lhe o nome de azul
A minha terra é Viana
São estas ruas estreitas
São os navios que partem
São as pedras que ficam;
É este sol que me abrasa
Este amor que não engana
Estas sombras que me assustam
A minha terra é Viana
Virei costas à Galiza
A minha terra é Viana
São estas ruas estreitas
São os navios que partem
São as pedras que ficam;
É este sol que me abrasa
Este amor que não engana
Estas sombras que me assustam
A minha terra é Viana
Virei costas à Galiza
Pus-me a remar contra o vento
Santa Marta, saias rubras
Santa Marta, saias rubras
Da cor do meu pensamento
Restos de penas e dores
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Faço aquilo que mais quero
Quero lá saber de mim
Ser da vida é desespero
O que quero não tem fim
As tuas mãos são senhoras
De sonhos, de fantasias
Das saudades criadoras
Que sentes todos os dias
Trazem pedras, trazem flores
Conchas do rio e do mar
Restos de penas e dores
E beleza a transbordar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Faço aquilo que mais quero
Quero lá saber de mim
Ser da vida é desespero
O que quero não tem fim
As tuas mãos são senhoras
De sonhos, de fantasias
Das saudades criadoras
Que sentes todos os dias
Trazem pedras, trazem flores
Conchas do rio e do mar
Restos de penas e dores
E beleza a transbordar
Ai Lisboa
José Galhardo / Frederico Valério
Repertório de Amália
Eu nasci
Numa cidade que em verso
Escreveu alguém, que foi berço
Dos caminhantes do mar
Eu vivi
Entre pardais e andorinhas
E gaivotas ribeirinhas
Que andam no céu a cantar
Ai Lisboa
Terra bem nobre e leal
És o castelo da proa
Da velha nau Portugal
Ai Lisboa
Cheiram a sal os teus ares
Deus pôs-te as onda aos pés
Porque és, tu a rainha dos mares
Foi ali
Que para brincar com o demónio
Veio até nós Santo António
Que ainda na sé tem solar
E eu abri
Nos varandins dum eirado
Uma voz gritando (?) fado
Nesta canção popular
Repertório de Amália
Eu nasci
Numa cidade que em verso
Escreveu alguém, que foi berço
Dos caminhantes do mar
Eu vivi
Entre pardais e andorinhas
E gaivotas ribeirinhas
Que andam no céu a cantar
Ai Lisboa
Terra bem nobre e leal
És o castelo da proa
Da velha nau Portugal
Ai Lisboa
Cheiram a sal os teus ares
Deus pôs-te as onda aos pés
Porque és, tu a rainha dos mares
Foi ali
Que para brincar com o demónio
Veio até nós Santo António
Que ainda na sé tem solar
E eu abri
Nos varandins dum eirado
Uma voz gritando (?) fado
Nesta canção popular
Acabar não fica mal
José Teles da Silva / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Mercês da Cunha Rego
Acabar não fica mal
Quando gostar, afinal
É uma simples ilusão
Mas a ilusão passou
E apenas ali ficou
Um pouco de compaixão
E a compaixão que nasceu
Foi vida que já morreu
Nos meus olhos muito tristes
E agora tudo mudou
E entre nós tudo acabou
Pois já nem penso que existes
Mas não julgues que eu esqueci
Aquilo que fiz por ti
Quando tudo era ilusão
E hoje já não o fazia
Pois com certeza sabia
Que tu não tens coração
Repertório de Mercês da Cunha Rego
Acabar não fica mal
Quando gostar, afinal
É uma simples ilusão
Mas a ilusão passou
E apenas ali ficou
Um pouco de compaixão
E a compaixão que nasceu
Foi vida que já morreu
Nos meus olhos muito tristes
E agora tudo mudou
E entre nós tudo acabou
Pois já nem penso que existes
Mas não julgues que eu esqueci
Aquilo que fiz por ti
Quando tudo era ilusão
E hoje já não o fazia
Pois com certeza sabia
Que tu não tens coração
Promessa de liberdade
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
São juras de fé perdida
As asas de dar à vida
Quando a vida entristece
Num destino de viagem
O pranto será coragem
Para o sol que arrefece
Uma jura em cada mão
E um desgosto de traição
Nasceram no meu amor
Senti a vida fugir
E com ela quis partir
Sem saudades e sem dor
Mas de longe pombos brancos
Vieram e foram tantos
A segredar a verdade
Que das juras fiz um beijo
Jura de puro desejo
Promessa de liberdade
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
São juras de fé perdida
As asas de dar à vida
Quando a vida entristece
Num destino de viagem
O pranto será coragem
Para o sol que arrefece
Uma jura em cada mão
E um desgosto de traição
Nasceram no meu amor
Senti a vida fugir
E com ela quis partir
Sem saudades e sem dor
Mas de longe pombos brancos
Vieram e foram tantos
A segredar a verdade
Que das juras fiz um beijo
Jura de puro desejo
Promessa de liberdade
Ai quisesses Deus
Cancioneiro tradicional
Repertório de Amália
Não sei, ó amigo de quem padecesse
Mágoas que padeço e que não morresse
Senão eu, coitada
Antes não nascesse
Já que não vos vejo
Como merecia
Ah, quisesse Deus
Que eu vos esquecesse
Amigo, que vi
Em tão triste dia
Não sei, ó amigo ,de outra que penasse
Penas como eu peno e as sepultasse
E que não morresse
Ou desesperasse
Já que não vos vejo
Como merecia!
Ah, quisesse Deus
Que eu vos não lembrasse
Amigo, que vi
Em tão triste dia
Não se, ó amigo de quem tal sentisse
E que assim sentindo, o sol encobrisse
Senão eu, coitada,
A quem Deus maldisse
Já que não vos vejo
Como merecia
Ah, quisesse Deus
Que nunca eu vos visse
Amigo que vi
Em tão triste dia
Repertório de Amália
Não sei, ó amigo de quem padecesse
Mágoas que padeço e que não morresse
Senão eu, coitada
Antes não nascesse
Já que não vos vejo
Como merecia
Ah, quisesse Deus
Que eu vos esquecesse
Amigo, que vi
Em tão triste dia
Não sei, ó amigo ,de outra que penasse
Penas como eu peno e as sepultasse
E que não morresse
Ou desesperasse
Já que não vos vejo
Como merecia!
Ah, quisesse Deus
Que eu vos não lembrasse
Amigo, que vi
Em tão triste dia
Não se, ó amigo de quem tal sentisse
E que assim sentindo, o sol encobrisse
Senão eu, coitada,
A quem Deus maldisse
Já que não vos vejo
Como merecia
Ah, quisesse Deus
Que nunca eu vos visse
Amigo que vi
Em tão triste dia
Flor de rosa
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Neste só teu Alentejo
Sem serras, sem sete fontes
De ceifeira eu te vejo
Flor da Rosa, pedras, montes
Arde o azinho, o sobreiro
A tua imaginação
No fado meu companheiro
Que me canta a solidão
A raposa que fugiu
O vento frio que esqueci
O Natal que a dor não viu
Primeiro que me esqueci
Depois do frio nevoeiro
Que existe em mim e em ti
Seja o que for verdadeiro
Foi contigo que vivi
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Neste só teu Alentejo
Sem serras, sem sete fontes
De ceifeira eu te vejo
Flor da Rosa, pedras, montes
Arde o azinho, o sobreiro
A tua imaginação
No fado meu companheiro
Que me canta a solidão
A raposa que fugiu
O vento frio que esqueci
O Natal que a dor não viu
Primeiro que me esqueci
Depois do frio nevoeiro
Que existe em mim e em ti
Seja o que for verdadeiro
Foi contigo que vivi
Amor doentio
Leandro Belo / Francisco J. Marques *fado zé negro*
Repertório de Leandro Belo
Já corri montes e vales
Ruas e becos sem fim
Na esperança de te ver
À espera que tu me fales
Daquilo que sinto em mim
E dar fim ao meu sofrer
Amar é dor permanente
Faz-nos sentir tanto mal
E leva-nos à loucura
Quero sentir como gente
O porquê da razão qual
Andar à tua procura
Após a tua partida
Fiquei só sem guarida
Neste mundo de escolhos
Ausência que sinto agora
Ao olhar a linda aurora
Na lucidez dos meus olhos
Amor que tanto quero
E sinto no meu peito
Será doença ou paixão
É por ti amor que espero
Seja de qualquer jeito
P’ra descansar meu coração
Repertório de Leandro Belo
Já corri montes e vales
Ruas e becos sem fim
Na esperança de te ver
À espera que tu me fales
Daquilo que sinto em mim
E dar fim ao meu sofrer
Amar é dor permanente
Faz-nos sentir tanto mal
E leva-nos à loucura
Quero sentir como gente
O porquê da razão qual
Andar à tua procura
Após a tua partida
Fiquei só sem guarida
Neste mundo de escolhos
Ausência que sinto agora
Ao olhar a linda aurora
Na lucidez dos meus olhos
Amor que tanto quero
E sinto no meu peito
Será doença ou paixão
É por ti amor que espero
Seja de qualquer jeito
P’ra descansar meu coração
Agora é que vai ser
Catarina Rocha / Manuel Graça Pereira
Repertório de Catarina Rocha
Hoje acordei a pensar
Que volta devia dar
A esta minha vida
Senti que a estrada onde entrei
Era apenas afinal
Uma estrada sem saída
Quero tentar renovar
A forma de pensar
E de ver as situações
Pois meu foco eram problemas
E tornei um dos meus lemas
Procurar as soluções
Agora é que eu vou cantar
E até já decidi ser maís feliz
Agora nem vou mais ligar
Ao que dizem, ao que pensam
E a quem nada me diz
Não vivo mais do passado
Já pus isso de lado
Porque não me faz sorrir
Desta vontade flamejante
Percebi que o importante
É o que ainda está p’ra vir
Vou-me deixar de ilusões
Mudar as atenções
Há muito que fazer
Sei daquilo que consigo
Pois a força está comigo
E agora é que vai ser
Repertório de Catarina Rocha
Hoje acordei a pensar
Que volta devia dar
A esta minha vida
Senti que a estrada onde entrei
Era apenas afinal
Uma estrada sem saída
Quero tentar renovar
A forma de pensar
E de ver as situações
Pois meu foco eram problemas
E tornei um dos meus lemas
Procurar as soluções
Agora é que eu vou cantar
E até já decidi ser maís feliz
Agora nem vou mais ligar
Ao que dizem, ao que pensam
E a quem nada me diz
Não vivo mais do passado
Já pus isso de lado
Porque não me faz sorrir
Desta vontade flamejante
Percebi que o importante
É o que ainda está p’ra vir
Vou-me deixar de ilusões
Mudar as atenções
Há muito que fazer
Sei daquilo que consigo
Pois a força está comigo
E agora é que vai ser
Amor traído
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Oiço as queixas dos amigos
Que esperam por emigrar
Oiço as queixas e os castigos
Que este país lhes quis dar
Oiço as queixas dos amigos
Oiço as queixas dum irmão
Vão p’ra longe, eu não consigo
Ter outra terra, outro chão
Tudo o mais é só desejo
De tanto te recordar
Além mundo não te vejo
És somente no pensar
Boa-noite, dou-te um beijo
Penso em ti quando acordar
Oiço sinos, oiço vozes
Que de ti vêm falar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Oiço as queixas dos amigos
Que esperam por emigrar
Oiço as queixas e os castigos
Que este país lhes quis dar
Oiço as queixas dos amigos
Oiço as queixas dum irmão
Vão p’ra longe, eu não consigo
Ter outra terra, outro chão
Tudo o mais é só desejo
De tanto te recordar
Além mundo não te vejo
És somente no pensar
Boa-noite, dou-te um beijo
Penso em ti quando acordar
Oiço sinos, oiço vozes
Que de ti vêm falar
Ai o amor
Letra e música de Hélder Moutinho
Repertório de Cuca Roseta
Ai o amor
Coração na minha alma
Que umas vezes se acalma
Outras perde a razão
Ai o amor
Desespero infinito
Umas vezes maldito
Outras vezes paixão
Ai o amor
Uma praia deserta
E o luar que desperta
Entre sonho e a esperança
Ai o amor
Uma rosa a secar
À janela do olhar
De uma eterna criança
Ai o amor
Se a verdade é incerta
Há uma rua deserta
Ao redor do pecado
Ai do amor
Se o desejo nos mata
A saudade é ingrata
Do mistério do fado
Ai do amor
Lucidez imperfeita
Quando a gente se deita
Ao cair da ternura
Ai o amor
Desespero infinito
Umas vezes maldito
Outras vezes loucura
Repertório de Cuca Roseta
Ai o amor
Coração na minha alma
Que umas vezes se acalma
Outras perde a razão
Ai o amor
Desespero infinito
Umas vezes maldito
Outras vezes paixão
Ai o amor
Uma praia deserta
E o luar que desperta
Entre sonho e a esperança
Ai o amor
Uma rosa a secar
À janela do olhar
De uma eterna criança
Ai o amor
Se a verdade é incerta
Há uma rua deserta
Ao redor do pecado
Ai do amor
Se o desejo nos mata
A saudade é ingrata
Do mistério do fado
Ai do amor
Lucidez imperfeita
Quando a gente se deita
Ao cair da ternura
Ai o amor
Desespero infinito
Umas vezes maldito
Outras vezes loucura
Um fado a ninguém
Artur Ribeiro / Franklim Godinho
Repertório de Francisco Pedro
Eu canto um fado a ninguém
Ninguém é como quem diz
Um fado p’ra toda a gente
E só eu conheço bem
A razão por que não quis
Cantá-lo p’ra ti somente
Eu canto um fado sem tema
Não fala de mim agora
Nem fala do meu passado
Não vem pôr qualquer dilema
Não fala de nós nem chora
O nosso amor fracassado
Eu canto um fado a ninguém
Para deixar bem vincado
Que tudo chegou ao fim
Para que tu saibas bem
Que não entras no meu fado
E já não moras em mim
Repertório de Francisco Pedro
Eu canto um fado a ninguém
Ninguém é como quem diz
Um fado p’ra toda a gente
E só eu conheço bem
A razão por que não quis
Cantá-lo p’ra ti somente
Eu canto um fado sem tema
Não fala de mim agora
Nem fala do meu passado
Não vem pôr qualquer dilema
Não fala de nós nem chora
O nosso amor fracassado
Eu canto um fado a ninguém
Para deixar bem vincado
Que tudo chegou ao fim
Para que tu saibas bem
Que não entras no meu fado
E já não moras em mim
Ai, ai, ai, meu irmão
António Nássara / António Almeida
Repertório de Amália
Ai, ai, ai, meu irmão
Ai, ai, ai
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
Quando eu era pequenino
O meu pai me avisou
Meu filho, tu não te cases
Que teu pai não se casou
E agora que já sou grande
Sou da mesma opinião
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
A Maria desmanchou
Seu noivado com Manel
Pois eles vão se casar
Depois da lua-de-mel
Agora que já sou grande
Sou da mesma opinião
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
Repertório de Amália
Ai, ai, ai, meu irmão
Ai, ai, ai
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
Quando eu era pequenino
O meu pai me avisou
Meu filho, tu não te cases
Que teu pai não se casou
E agora que já sou grande
Sou da mesma opinião
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
A Maria desmanchou
Seu noivado com Manel
Pois eles vão se casar
Depois da lua-de-mel
Agora que já sou grande
Sou da mesma opinião
A mulher deve casar, meu irmão
Mas o homem não
Oito anos são passados
Letra de João de Freitas
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Letra do arquivo de Luís Alberto Freitas Hilário, com a indicação de os versos
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Letra do arquivo de Luís Alberto Freitas Hilário, com a indicação de os versos
se destinarem a ser cantados no dia 20/10/1963, 8.º aniversário de A Severa
Oito anos são passados
Que, no Bairro Alto, abriu
SEVERA, casa de fados
Que deu ao Fado mais brio
Fizeram esta conquista
Cheios de esperança e de fé
O Barros Evangelista
Mais a Maria José
Ela é uma simpatia
Ele, um belo companheiro
E os petiscos da Maria
Conhece-os o mundo inteiro
E por isso, quem vier
A “SEVERA” visitar
Dê lá as voltas que der
Tem que à “SEVERA” voltar
Pois sente doçura infinda
E benfazeja alegria
Nesta casinha tão linda
Do Barros e da Maria
P’ra eles, mil felicidades
Eu rogo a Deus, neste fado
E p’ra vós, prosperidades
E a todos, muito obrigado
Oito anos são passados
Que, no Bairro Alto, abriu
SEVERA, casa de fados
Que deu ao Fado mais brio
Fizeram esta conquista
Cheios de esperança e de fé
O Barros Evangelista
Mais a Maria José
Ela é uma simpatia
Ele, um belo companheiro
E os petiscos da Maria
Conhece-os o mundo inteiro
E por isso, quem vier
A “SEVERA” visitar
Dê lá as voltas que der
Tem que à “SEVERA” voltar
Pois sente doçura infinda
E benfazeja alegria
Nesta casinha tão linda
Do Barros e da Maria
P’ra eles, mil felicidades
Eu rogo a Deus, neste fado
E p’ra vós, prosperidades
E a todos, muito obrigado
Foram tantos os meus passos
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Foram tantos os meus passos
Que o meu corpo, acontecia
Fica assim como a terra
Meia noite, meio dia;
Terra que tive entre os braços
Quando, ao nascer, eu morria
Foram tantos os meus passos
E nem minha Mãe sabia
Foram tantos, tantos, tantos
Que, ao nascer, já eu morria;
Foram tantos os meus passos
Ai, meu Pai, ninguém diria
E aqui estou, feito saudade
Da criança que matei
Rasgando o ventre do amor
Com os beijos que gritei;
Beijando tão sem maldade
Que choro fora da lei
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Foram tantos os meus passos
Que o meu corpo, acontecia
Fica assim como a terra
Meia noite, meio dia;
Terra que tive entre os braços
Quando, ao nascer, eu morria
Foram tantos os meus passos
E nem minha Mãe sabia
Foram tantos, tantos, tantos
Que, ao nascer, já eu morria;
Foram tantos os meus passos
Ai, meu Pai, ninguém diria
E aqui estou, feito saudade
Da criança que matei
Rasgando o ventre do amor
Com os beijos que gritei;
Beijando tão sem maldade
Que choro fora da lei
Sodade meu bem, sodade
Tradicional / Arranjo de Zé do Norte
Repertório de Ricardo Ribeiro
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Foi-se embora, não disse nada
Nem uma carta deixou
Foi-se embora, não disse nada
Nem uma carta deixou
E os olhos da cobra-verde
Hoje foi que reparei
Se eu reparasse há mais tempo
Não amava quem amei
Quem levou o meu amor
Deve ser o meu amigo
Levou pena, deixou glória
Levou trabalho consigo
E arrenego a quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou
Repertório de Ricardo Ribeiro
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Sodade, meu bem, sodade
Sodade do meu amor
Foi-se embora, não disse nada
Nem uma carta deixou
Foi-se embora, não disse nada
Nem uma carta deixou
E os olhos da cobra-verde
Hoje foi que reparei
Se eu reparasse há mais tempo
Não amava quem amei
Quem levou o meu amor
Deve ser o meu amigo
Levou pena, deixou glória
Levou trabalho consigo
E arrenego a quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou
Às vezes parece fado
Artur Ribeiro / Júlio Proença *fado puxavante*
Repertório de Hélder Cruz
Às vezes parece fado
Isto que trago comigo
Este sonho inacabado
Restos dum amor antigo
Às vezes parece fado
Os meus anseios dispersos
Só contados a mim mesmo
Às vezes parecem versos
Dum fado cantado a esmo
Os meus anseios dispersos
Este deixar que aconteça
Mesmo que seja o contrário
Muito embora não pareça
É de muitos o fadário
Este deixar que aconteça
Às vezes parece fado
Este nosso desencontro
Este morar a teu lado
Sabendo que não te encontro
Às vezes parece fado
Repertório de Hélder Cruz
Às vezes parece fado
Isto que trago comigo
Este sonho inacabado
Restos dum amor antigo
Às vezes parece fado
Os meus anseios dispersos
Só contados a mim mesmo
Às vezes parecem versos
Dum fado cantado a esmo
Os meus anseios dispersos
Este deixar que aconteça
Mesmo que seja o contrário
Muito embora não pareça
É de muitos o fadário
Este deixar que aconteça
Às vezes parece fado
Este nosso desencontro
Este morar a teu lado
Sabendo que não te encontro
Às vezes parece fado
O jeito de te cantar
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Aquela estrela
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Aquela estrela
Sempre na minha frente
O teu olhar
O teu olhar
Sempre no meu olhar
O meu fado
O meu fado
Em ti sempre diferente
O meu amor
O meu amor
O jeito de te cantar
Aquele teu xaile branco, nuvem branca
Aquele meu céu azul onde tu passas
Aquele grito que a vida nos arranca
De um triste carnaval e de caraças
Aquele teu xaile branco, nuvem branca
Aquele meu céu azul onde tu passas
Aquele grito que a vida nos arranca
De um triste carnaval e de caraças
Alvorada
Letra e música de Luís Severo
Repertório de Cristina Branco
Meu amor tão transparente
Meu reverso de loucura
Tens o dom de olhar em frente
Para além da desventura
Ancorei na voz que canta
Esse teu olhar profundo
Cada nó desta garganta
Plantou flores pelo mundo
Queria ficar mais um pouco
Mas chegou a alvorada
Quem dera que fosse
para sempre madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
Cada marca no meu corpo
Vejo eu que te não pesa
Cada dia é um dia novo
Cada beijo uma reza
Alvorada amor ardente
Soube bem velar-te o sono
Já esquecemos tanta gente
Ainda nem é o Outono
O amor fica diferente
Quando chega a alvorada
Mas já se reaprende
Quando for de madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
Repertório de Cristina Branco
Meu amor tão transparente
Meu reverso de loucura
Tens o dom de olhar em frente
Para além da desventura
Ancorei na voz que canta
Esse teu olhar profundo
Cada nó desta garganta
Plantou flores pelo mundo
Queria ficar mais um pouco
Mas chegou a alvorada
Quem dera que fosse
para sempre madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
Cada marca no meu corpo
Vejo eu que te não pesa
Cada dia é um dia novo
Cada beijo uma reza
Alvorada amor ardente
Soube bem velar-te o sono
Já esquecemos tanta gente
Ainda nem é o Outono
O amor fica diferente
Quando chega a alvorada
Mas já se reaprende
Quando for de madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
Alentejo céu do mundo
António Laranjeira / Susana Castro Santos
Repertório de António Laranjeira
Foi neste Alentejo céu do mundo
Que me descobri aberto à vida
Num segundo, apenas num segundo
Acendi em mim a luz perdida
Foi neste Alentejo quente e doce
Que vi a solidão ficar à espera
Neste chão moreno que me trouxe
Voltou a ser de novo primavera
Voltou a ser de novo claridade
Agora que te vejo quando canto
Até meu coração sente saudade
Meu Alentejo em flor, que quero tanto
Vou fazer contigo esta viagem
É para ti que falo quando digo
Minha seara acesa de coragem
Alentejo céu do mundo, meu amigo
Repertório de António Laranjeira
Foi neste Alentejo céu do mundo
Que me descobri aberto à vida
Num segundo, apenas num segundo
Acendi em mim a luz perdida
Foi neste Alentejo quente e doce
Que vi a solidão ficar à espera
Neste chão moreno que me trouxe
Voltou a ser de novo primavera
Voltou a ser de novo claridade
Agora que te vejo quando canto
Até meu coração sente saudade
Meu Alentejo em flor, que quero tanto
Vou fazer contigo esta viagem
É para ti que falo quando digo
Minha seara acesa de coragem
Alentejo céu do mundo, meu amigo
Abana
Cancioneiro popular
Repertório de Amália
Abana casaca, abana
Abana sacode o pó
Eu tenho sete casacas
Todas elas de filó
Abana casaca, abana
Abana devagarinho
Eu tenho setes casacas
Todas elas de paninho
Abana casaca, abana
Abana, não tenhas dó
Eu tenho sete casacas
Do tempo da minha avó
Abana casaca, abana
Abana, torna a abanar
Quem tiver casaca abana
Quem a não tem, vai comprar
Abana a casaca, abana
Abana, torna a abanar
Eu tenho sete casacas
Todas elas por talhar
Abana a casaca, abana
Abana, sacode o pó
Eu tenho sete casacas
Dos tempos da minha avó
Repertório de Amália
Abana casaca, abana
Abana sacode o pó
Eu tenho sete casacas
Todas elas de filó
Abana casaca, abana
Abana devagarinho
Eu tenho setes casacas
Todas elas de paninho
Abana casaca, abana
Abana, não tenhas dó
Eu tenho sete casacas
Do tempo da minha avó
Abana casaca, abana
Abana, torna a abanar
Quem tiver casaca abana
Quem a não tem, vai comprar
Abana a casaca, abana
Abana, torna a abanar
Eu tenho sete casacas
Todas elas por talhar
Abana a casaca, abana
Abana, sacode o pó
Eu tenho sete casacas
Dos tempos da minha avó
Gaivota do meu romance
Jorge Rosa / Alfredo Duarte *Marceneiro*
Repertório de Francisco Pedro
Gaivota do meu romance
Asas brancas cor da neve
Olhos verdes cor do mar
Não há braço que te alcance
Nem força que torne breve
O teu constante voar
Esse céu onde desenhas
Iluminuras de sonho
É distante do meu cais
Vivo na esperança que venhas
Mas andas longe e suponho
Que não voltas nunca mais
Gaivota das minhas histórias
Razão dos meus desenganos
Motivo do meu penar
Vivem na minha memória
Teus olhos cor de oceanos
Teu corpo cor do luar
Se um golpe de viração
Alertar os teus sentidos
Fizer eco dos meus ais
Muda a tua direção
Procura rumos perdidos
E vem pousar no meu cais
Repertório de Francisco Pedro
Gaivota do meu romance
Asas brancas cor da neve
Olhos verdes cor do mar
Não há braço que te alcance
Nem força que torne breve
O teu constante voar
Esse céu onde desenhas
Iluminuras de sonho
É distante do meu cais
Vivo na esperança que venhas
Mas andas longe e suponho
Que não voltas nunca mais
Gaivota das minhas histórias
Razão dos meus desenganos
Motivo do meu penar
Vivem na minha memória
Teus olhos cor de oceanos
Teu corpo cor do luar
Se um golpe de viração
Alertar os teus sentidos
Fizer eco dos meus ais
Muda a tua direção
Procura rumos perdidos
E vem pousar no meu cais
Até o sol te esquecer
Leandro Belo / Joaquim Campos *fado amora*
Repertório de Leandro Belo
Se o sol se põe à tardinha
No doirado do teu rosto
Só para ver o sol posto
Eu daria a vida minha
Teus olhos amendoados
E tão verdes, volta e meia
Tão lindos, ajardinados
Lembram-me a lua cheia
Que importa a cor dos olhos
Se é tão grande o seu fulgor
Neste mundo de escolhos
Não vivo sem o teu amor
Serei eterno prisioneiro
Deste meu grande sofrer
Vivo agora o dia inteiro
Até o sol te esquecer
Repertório de Leandro Belo
Se o sol se põe à tardinha
No doirado do teu rosto
Só para ver o sol posto
Eu daria a vida minha
Teus olhos amendoados
E tão verdes, volta e meia
Tão lindos, ajardinados
Lembram-me a lua cheia
Que importa a cor dos olhos
Se é tão grande o seu fulgor
Neste mundo de escolhos
Não vivo sem o teu amor
Serei eterno prisioneiro
Deste meu grande sofrer
Vivo agora o dia inteiro
Até o sol te esquecer
Escutai os sinos da Sé
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De manhã, ainda o sol
Entre as dobras do lençol
Estremunhado se espreguiça
Já na Sé se ouvem os sinos
Convidando em sons divinos
Os fiéis p’rá santa missa
Escutai os sinos da Sé
Escutai que os ouvis dizer
Alfama é aqui ao pé
Venham ver como é
Bonita a valer
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
De manhã, ainda o sol
Entre as dobras do lençol
Estremunhado se espreguiça
Já na Sé se ouvem os sinos
Convidando em sons divinos
Os fiéis p’rá santa missa
Escutai os sinos da Sé
Escutai que os ouvis dizer
Alfama é aqui ao pé
Venham ver como é
Bonita a valer
Escutai os sinos da Sé
Que os ouvis dizer decerto
Alfama é um mar de fé
E cada maré
É um céu aberto
À tardinha ao fim do dia
Há sempre uma melodia
Na voz dos sinos também
Cantam preces, marcam horas
Sem ter pressas nem demoras
Tudo em paz, amor e bem
Que os ouvis dizer decerto
Alfama é um mar de fé
E cada maré
É um céu aberto
À tardinha ao fim do dia
Há sempre uma melodia
Na voz dos sinos também
Cantam preces, marcam horas
Sem ter pressas nem demoras
Tudo em paz, amor e bem
Não creias que me magoas
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não creias que me magoas
Sem mais nada para dizer
Basta-me o céu de Lisboa
Mais forte que tu mulher
Podes partir e voltar
Para voltar e partir
Basta-me o gosto de mar
Que ficando vou sentir
Não me importam desenganos
Nas tuas mãos sem sentido
Bastam-me as horas os anos
Que ganhei por ter perdido
Basta-me o sol e o vento
Do monte basta-me a terra
Bastam-me no pensamento
Segredos que o teu encerra
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não creias que me magoas
Sem mais nada para dizer
Basta-me o céu de Lisboa
Mais forte que tu mulher
Podes partir e voltar
Para voltar e partir
Basta-me o gosto de mar
Que ficando vou sentir
Não me importam desenganos
Nas tuas mãos sem sentido
Bastam-me as horas os anos
Que ganhei por ter perdido
Basta-me o sol e o vento
Do monte basta-me a terra
Bastam-me no pensamento
Segredos que o teu encerra
Terras dum mar interior
Letra e música de Amélia Muge
Repertório de Ricardo Ribeiro
Eu estou na flor da amendoeira
E vou no vento, aonde ele quiser
E sou o cheiro a erva cidreira
E dou a sombra que o sobreiro tiver
Sinto-me fruto da oliveira
No travo amargo tão bom de trincar
A luz da vela, fagulha da fogueira
Cal na parede que sabe a casa limpar
No regresso a casa sou a Garça
Gaivota em grito aberto frente ao mar
Andorinha com seu negro golpe de asa
Sou da gente de partir e de voltar
Em mim o mel que há na videira
Bebo da taça de velhos faraós
Dou corda ao tempo à minha maneira
Laranja em gomo do sumo dos avós
Repertório de Ricardo Ribeiro
Eu estou na flor da amendoeira
E vou no vento, aonde ele quiser
E sou o cheiro a erva cidreira
E dou a sombra que o sobreiro tiver
Sinto-me fruto da oliveira
No travo amargo tão bom de trincar
A luz da vela, fagulha da fogueira
Cal na parede que sabe a casa limpar
No regresso a casa sou a Garça
Gaivota em grito aberto frente ao mar
Andorinha com seu negro golpe de asa
Sou da gente de partir e de voltar
Em mim o mel que há na videira
Bebo da taça de velhos faraós
Dou corda ao tempo à minha maneira
Laranja em gomo do sumo dos avós
Quem é que não tem tristezas
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quem é que não tem tristezas
Que me dê um bocadinho
Minha menina princesa
Meu rubro copo de vinho
A vida é esta agonia
Sabemos que vamos morrer
Viver não é alegria
Saudades de não esquecer
Nós passamos, pouco morre
Temos sorte em ficar
Nós somos todos a morte
Bem antes d’ela chegar
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quem é que não tem tristezas
Que me dê um bocadinho
Minha menina princesa
Meu rubro copo de vinho
A vida é esta agonia
Sabemos que vamos morrer
Viver não é alegria
Saudades de não esquecer
Nós passamos, pouco morre
Temos sorte em ficar
Nós somos todos a morte
Bem antes d’ela chegar
Versos tristes do meu fado
Artur Ribeiro / Popular *fado corrido*
Repertório de Manuel Dias
Se vives de mim perdida
Meu amor quero morrer
Viver sem ti não é vida
Que valha a pena viver
Eu não te quero perder
E se teimas em partir
Deixa que eu morra a seguir
Quando deixar de te ver
Temos todos uma cruz
Mas a minha é tão pesada
Que já a deixei cair
No começo da jornada
De braço dado comigo
A dona fatalidade
Anda a cumprir um castigo
Maior que a sua maldade
Fatalidade é desculpa
Dada a tudo o que é ruim
Mas olha amor não tem culpa
Que tu não gostes de mim
Teimo sempre em dar guarida
À dor no meu coração
Pois sem sofrer sinto a vida
Mais vazia e sem razão
Segredos da minha cama
Do meu travesseiro amigo
Que noite fora me chama
P’ra fazer versos comigo
Quando acontecem meus versos
Tenho a sensação estranha
De que só Deus me acompanha
Nos meus anseios dispersos
Repertório de Manuel Dias
Se vives de mim perdida
Meu amor quero morrer
Viver sem ti não é vida
Que valha a pena viver
Eu não te quero perder
E se teimas em partir
Deixa que eu morra a seguir
Quando deixar de te ver
Temos todos uma cruz
Mas a minha é tão pesada
Que já a deixei cair
No começo da jornada
De braço dado comigo
A dona fatalidade
Anda a cumprir um castigo
Maior que a sua maldade
Fatalidade é desculpa
Dada a tudo o que é ruim
Mas olha amor não tem culpa
Que tu não gostes de mim
Teimo sempre em dar guarida
À dor no meu coração
Pois sem sofrer sinto a vida
Mais vazia e sem razão
Segredos da minha cama
Do meu travesseiro amigo
Que noite fora me chama
P’ra fazer versos comigo
Quando acontecem meus versos
Tenho a sensação estranha
De que só Deus me acompanha
Nos meus anseios dispersos
Temos mesmo é que amar
Leandro Belo / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Leandro Belo
Na linda estrada da vida
Amamos quem nos dá guarida
Se caminhamos à toa
É tão grande a incerteza
Que até sentimos tristeza
Por quem nos atraiçoa
Amigos tive-os aos centos
Não só em meus pensamentos
Que me fizeram tão feliz
Porém ao perder o norte
Até me abandonou a sorte
Porque o destino assim quis
Somos nós que procuramos
Nossos tão lindos ramos
Que nos ajudam a ver
Não vale a pena odiar
Temos mesmo é que amar
Porque o destino é morrer
Repertório de Leandro Belo
Na linda estrada da vida
Amamos quem nos dá guarida
Se caminhamos à toa
É tão grande a incerteza
Que até sentimos tristeza
Por quem nos atraiçoa
Amigos tive-os aos centos
Não só em meus pensamentos
Que me fizeram tão feliz
Porém ao perder o norte
Até me abandonou a sorte
Porque o destino assim quis
Somos nós que procuramos
Nossos tão lindos ramos
Que nos ajudam a ver
Não vale a pena odiar
Temos mesmo é que amar
Porque o destino é morrer
Adeus ao fado
Guerreiro Bruno / Casal Ribeiro
Repertório de Fernanda Batista
Morreu o faia da tradição
Pobre Severa do Capelão
O fado é fino
Já não anda com a malta
Da viela, ganhando bem
Como a vida assim é bela
O velho fado do Marceneiro
Agora canta só por dinheiro
Adeus ó fado, gingão, castiço
Sofrer misérias, já não vai nisso
Exige o isco, perde a noite nas boîtes
Com uns modos esquisitos
Vejam lá que disparates
Adeus ó fado que estás mudado
Todo moderno e estilizado
Menino bem, com as manias de estrangeiro
Como isto mói, até parece um Tedy Boy
Deu volta ao mundo, muito importante
Falando caro com ar pedante
Até já foi
Todo chique a Hollywood
De avião, igual ao fado
Não há outro, isso não
Mesmo estafado, tem sempre bis
Em todo o lado mete o nariz
Repertório de Fernanda Batista
Morreu o faia da tradição
Pobre Severa do Capelão
O fado é fino
Já não anda com a malta
Da viela, ganhando bem
Como a vida assim é bela
O velho fado do Marceneiro
Agora canta só por dinheiro
Adeus ó fado, gingão, castiço
Sofrer misérias, já não vai nisso
Exige o isco, perde a noite nas boîtes
Com uns modos esquisitos
Vejam lá que disparates
Adeus ó fado que estás mudado
Todo moderno e estilizado
Menino bem, com as manias de estrangeiro
Como isto mói, até parece um Tedy Boy
Deu volta ao mundo, muito importante
Falando caro com ar pedante
Até já foi
Todo chique a Hollywood
De avião, igual ao fado
Não há outro, isso não
Mesmo estafado, tem sempre bis
Em todo o lado mete o nariz
Tirai os olhos de mim
Gil Vicente / Alain Oulman
Repertório de Ricardo Ribeiro
Tirai os olhos de mim
Minha vida e meu descanso
Que me estais namorando
Tirai os olhos de mim
Os vossos olhos senhora
Senhora da formosura
Por cada momento da hora
Dão mil anos de tristura
Temo de não ter ventura
Vida, não me estais olhando
Que me estais namorando
Tirai os olhos de mim
Repertório de Ricardo Ribeiro
Tirai os olhos de mim
Minha vida e meu descanso
Que me estais namorando
Tirai os olhos de mim
Os vossos olhos senhora
Senhora da formosura
Por cada momento da hora
Dão mil anos de tristura
Temo de não ter ventura
Vida, não me estais olhando
Que me estais namorando
Tirai os olhos de mim
Maria da Fé
Artur Ribeiro / Nóbrega e Sousa
Repertório de Artur Ribeiro
Maria da Fé bonita
Se acaso um dia dou fé
Que tens fé noutro qualquer
Por minha fé acredita
Nem que seja à falsa fé
Hás-de ser minha mulher
Maria da Fé
Por quem vais rezar sózinha à igreja
Repertório de Artur Ribeiro
Maria da Fé bonita
Se acaso um dia dou fé
Que tens fé noutro qualquer
Por minha fé acredita
Nem que seja à falsa fé
Hás-de ser minha mulher
Maria da Fé
Por quem vais rezar sózinha à igreja
Maria da Fé
Diz-me por quem é, seja por quem seja
Por que me castigas
E por que me obrigas a sofrer assim
E se és Maria da Fé
Diz também porquê não tens fé em mim
Se podes de mim gostar
Faz-me a vontade Maria
Casa comigo na Sé
Que eu juro nunca te dar
Motivo para que um dia
Sejas Maria sem fé
Diz-me por quem é, seja por quem seja
Por que me castigas
E por que me obrigas a sofrer assim
E se és Maria da Fé
Diz também porquê não tens fé em mim
Se podes de mim gostar
Faz-me a vontade Maria
Casa comigo na Sé
Que eu juro nunca te dar
Motivo para que um dia
Sejas Maria sem fé
Mouraria
Letra de João Ferreira Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não sou mais nada, senão
A fadista que tu vês
Tenho a voz no coração
Destroçado e português
O meu destino, o meu fado
É feito de quase nada
De tristezas do passado
Duma sina desgraçada
Num soluço na garganta
Numa lágrima no olhar
Há tanta amargura. tanta
Como a água que há no mar
O meu xaile negro cai
Dos meus ombros para os teus
Como a ternura em que vai
Todo o perdão que há nos céus
Mas quando acabo a canção
Mais triste e desenganada
Vem a noite e a solidão
E vou sozinha na estrada
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Não sou mais nada, senão
A fadista que tu vês
Tenho a voz no coração
Destroçado e português
O meu destino, o meu fado
É feito de quase nada
De tristezas do passado
Duma sina desgraçada
Num soluço na garganta
Numa lágrima no olhar
Há tanta amargura. tanta
Como a água que há no mar
O meu xaile negro cai
Dos meus ombros para os teus
Como a ternura em que vai
Todo o perdão que há nos céus
Mas quando acabo a canção
Mais triste e desenganada
Vem a noite e a solidão
E vou sozinha na estrada
De fado em fado
Artur Ribeiro / Alfredo Duarte *fado mocita dos caracóis*
Repertório de Adelaide Rodrigues
Quando contigo a meu lado
Eu de fado me disfarço
E vestida de pecado
Eu ando de fado em fado
Pendurada no teu braço
De fado em fado lá vamos
Tu vais seguindo o meu canto
E quando menos esperamos (pensamos)
Em qualquer lado encontramos
Uma guitarra em quebranto
Guitarras (guitarra) que vai seguindo
À voltas dos fados meus
E ao vento vai repetindo
Este meu sonho tão lindo
De ficar nos olhos teus
E assim de fado vestida
Contigo de fado em fado
Na minha prece sentida
Rogo a Deus que toda a vida
Me deixe andar a teu lado
Repertório de Adelaide Rodrigues
Quando contigo a meu lado
Eu de fado me disfarço
E vestida de pecado
Eu ando de fado em fado
Pendurada no teu braço
De fado em fado lá vamos
Tu vais seguindo o meu canto
E quando menos esperamos (pensamos)
Em qualquer lado encontramos
Uma guitarra em quebranto
Guitarras (guitarra) que vai seguindo
À voltas dos fados meus
E ao vento vai repetindo
Este meu sonho tão lindo
De ficar nos olhos teus
E assim de fado vestida
Contigo de fado em fado
Na minha prece sentida
Rogo a Deus que toda a vida
Me deixe andar a teu lado
Ilusões perdidas
Leandro Belo / Armando Machado *fado licas*
Repertório de Leandro Belo
Se alguém por ti quiser, gritar lá fora
A pensar que tem esse direito
De saber o porquê de me ir embora
Responde que só a nós diz respeito
Quando eu partir amor, e te perder
Deste mundo cruel e tão ruim
Vê se podes então cravos colher
E leva-os humildemente só para mim
Para quê mostrar, tanta felicidade
Nesta vida ingrata e de escolhos
Quando a triste e mera realidade
Está bem patente em nossos olhos
Ilusões perdidas, em nosso tempo
Apenas e só me fazem lembrar
Este meu triste e forte lamento
De te não poder continuar a amar
Repertório de Leandro Belo
Se alguém por ti quiser, gritar lá fora
A pensar que tem esse direito
De saber o porquê de me ir embora
Responde que só a nós diz respeito
Quando eu partir amor, e te perder
Deste mundo cruel e tão ruim
Vê se podes então cravos colher
E leva-os humildemente só para mim
Para quê mostrar, tanta felicidade
Nesta vida ingrata e de escolhos
Quando a triste e mera realidade
Está bem patente em nossos olhos
Ilusões perdidas, em nosso tempo
Apenas e só me fazem lembrar
Este meu triste e forte lamento
De te não poder continuar a amar
Essa mulher que eu amei
Letra de João Fezas Vital
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Essa mulher que eu amei
Noutro nome que lhe dei
O amor levou consigo
Disse adeus e foi-se embora
E quando me vê agora
Ri da dor que anda comigo
No meu peito o coração
Fez desenhos de paixão
Viagens de caravela
Andei doido p’la cidade
Esqueci-me da saudade
Fui mais contente com ela
Na lembrança que ficou
D’amargura que deixou
Vou fingindo alegria
Mesmo nos fados que canto
Escondo a dor do desencanto
Sofrido naquele dia
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Essa mulher que eu amei
Noutro nome que lhe dei
O amor levou consigo
Disse adeus e foi-se embora
E quando me vê agora
Ri da dor que anda comigo
No meu peito o coração
Fez desenhos de paixão
Viagens de caravela
Andei doido p’la cidade
Esqueci-me da saudade
Fui mais contente com ela
Na lembrança que ficou
D’amargura que deixou
Vou fingindo alegria
Mesmo nos fados que canto
Escondo a dor do desencanto
Sofrido naquele dia
Pedido
Fábia Rebordão / Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Fábia Rebordão
Pedi para não te apaixonares
Vivermos bons momentos, por momentos
Pedi para não te deslumbrares
Só é traído quem tem sentimentos
Disse para andarmos lado a lado
Que fosse cada um pelo seu pé
Que fosses meu eterno namorado
Sem juras por um Deus de qualquer fé
Disse-te o segredo do qu’rer bem
De dar e receber sem duvidar
Se existe um modo de prender alguém
É deixar livre quem nos quer amar
Repertório de Fábia Rebordão
Pedi para não te apaixonares
Vivermos bons momentos, por momentos
Pedi para não te deslumbrares
Só é traído quem tem sentimentos
Disse para andarmos lado a lado
Que fosse cada um pelo seu pé
Que fosses meu eterno namorado
Sem juras por um Deus de qualquer fé
Disse-te o segredo do qu’rer bem
De dar e receber sem duvidar
Se existe um modo de prender alguém
É deixar livre quem nos quer amar
Vira-voltas
Francisco Guimarães / Ricardo Ribeiro
Repertório de Ricardo Ribeiro
Oh menina dos meus olhos
Anda cá e dá-me um beijo
Que o meu beijo sai das rosas
Roda a saia que eu não te aleijo;
Oh menina dos meus olhos
Anda ter ao meu regaço
Que os meus olhos ficam cegos
Se não têm o teu abraço
Vens do norte até ao sul
Que te norteia o coração
Não me causes tal desnorte
Que eu sou forte e dou-te a mão
Guardo aqui a calma e vem comigo
É silêncio puro e meu amigo
É um chão maduro, meu centro
O Alentejo é voz que vem de dentro
E o sobreiro erguido em largo azul
Tem no seu corpo a cor que tem o sul
O suão balança no chão
E é branca a cor da solidão
E se o trigo aquece em sol dourado
Será minha a sombra no montado
E no teu canto o cante é fado
Repertório de Ricardo Ribeiro
Oh menina dos meus olhos
Anda cá e dá-me um beijo
Que o meu beijo sai das rosas
Roda a saia que eu não te aleijo;
Oh menina dos meus olhos
Anda ter ao meu regaço
Que os meus olhos ficam cegos
Se não têm o teu abraço
Vens do norte até ao sul
Que te norteia o coração
Não me causes tal desnorte
Que eu sou forte e dou-te a mão
Guardo aqui a calma e vem comigo
É silêncio puro e meu amigo
É um chão maduro, meu centro
O Alentejo é voz que vem de dentro
E o sobreiro erguido em largo azul
Tem no seu corpo a cor que tem o sul
O suão balança no chão
E é branca a cor da solidão
E se o trigo aquece em sol dourado
Será minha a sombra no montado
E no teu canto o cante é fado
Os teus olhos
Artur Ribeiro / Armandinho *fado da adiça*
Repertório de Adelaide Rodrigues
Os teus olhos são janelas
Onde me vou debruçar
A ver as coisas mais belas
Que possas imaginar
Vejo uma nesga de céus
E tenho sonhos infindos
Quando afundo os olhos meus
Nesses teus olhos tão lindos
Diviso mundos estranhos
Lindas noites de luar
Nuns olhos assim tamanhos
Ninguém se pode fiar
Fazem loucos desacatos
Ao carinho mais fiel
Esses teus olhos gaiatos
Têm a doçura do mel
Quando juntinhos dos meus
Aliam no mesmo olhar
Toda a bondade dos céus
E a falsidade do mar
Os teus olhos são janelas
Onde me vou debruçar
A ver as coisas mais belas
Que possas imaginar
Vejo uma nesga de céus
E tenho sonhos infindos
Quando afundo os olhos meus
Nesses teus olhos tão lindos
Diviso mundos estranhos
Lindas noites de luar
Nuns olhos assim tamanhos
Ninguém se pode fiar
Fazem loucos desacatos
Ao carinho mais fiel
Esses teus olhos gaiatos
Têm a doçura do mel
Quando juntinhos dos meus
Aliam no mesmo olhar
Toda a bondade dos céus
E a falsidade do mar
Diz-me Lisboa
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Cansei-me de procurar
Por essas ruas à toa
Coisas de que ouvi falar
No cenário de Lisboa
Desapareceu das ruelas
O ferro-velho, o ardina
O cheiro a iscas com elas
E o pregão duma varina
Diz-me, Lisboa
Que é feito do velho fado
Da “Garrett” no Chiado
Do “Martinho” no Rossio
Diz-me, Lisboa
P’ra onde foram coitados
Os velhinhos “atrelados”
Mais as fragatas do rio
Diz-me, Lisboa
Por onde anda o Pirolito
A “Gazeta” e o “Mosquito”
E o “Borda” das sementeiras
O graxa a c’roa
E a dez tostões matinais
O “Século” e outros jornais
Com notícias verdadeiras
O carnaval na Avenida
A Feira na Palhavã
O Parque Mayer com vida
Até romper a manhã
A Amália a cantar no Luso
Os brinquedos no Camões
As ruas sem o abuso
De pragas e de pregões
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Cansei-me de procurar
Por essas ruas à toa
Coisas de que ouvi falar
No cenário de Lisboa
Desapareceu das ruelas
O ferro-velho, o ardina
O cheiro a iscas com elas
E o pregão duma varina
Diz-me, Lisboa
Que é feito do velho fado
Da “Garrett” no Chiado
Do “Martinho” no Rossio
Diz-me, Lisboa
P’ra onde foram coitados
Os velhinhos “atrelados”
Mais as fragatas do rio
Diz-me, Lisboa
Por onde anda o Pirolito
A “Gazeta” e o “Mosquito”
E o “Borda” das sementeiras
O graxa a c’roa
E a dez tostões matinais
O “Século” e outros jornais
Com notícias verdadeiras
O carnaval na Avenida
A Feira na Palhavã
O Parque Mayer com vida
Até romper a manhã
A Amália a cantar no Luso
Os brinquedos no Camões
As ruas sem o abuso
De pragas e de pregões
Só contamos nós
Artur Ribeiro / Carlos Simões Neves *fado tamanquinhas*
Repertório de Eurico Pavia
Que importa que finde o dia
E o sol se esconda no mar
Se os teus olhos de magia
Trazem raios de luar
À minha casa sombria
Que importa que a noite venha
E o sol durma nas alturas
Se a terra do sol desdenha
Pois que se deite às escuras
E eu que teus olhos tenha
Que importa que o mundo esteja
Sedento de primavera
Se enquanto a gente se beija
O frio fica à espera
Por mais inverno que seja
Que importa nuvens no céu
Ou a chuva nos telhados
Sei lá se a noite é de breu
Para dois enamorados
Só contamos tu e eu
Repertório de Eurico Pavia
Que importa que finde o dia
E o sol se esconda no mar
Se os teus olhos de magia
Trazem raios de luar
À minha casa sombria
Que importa que a noite venha
E o sol durma nas alturas
Se a terra do sol desdenha
Pois que se deite às escuras
E eu que teus olhos tenha
Que importa que o mundo esteja
Sedento de primavera
Se enquanto a gente se beija
O frio fica à espera
Por mais inverno que seja
Que importa nuvens no céu
Ou a chuva nos telhados
Sei lá se a noite é de breu
Para dois enamorados
Só contamos tu e eu
Poema para ti
Leandro Belo / Joaquim Campos *fado rosita*
Repertório de Leandro Belo
Nas ondas do mar errante
Silhuetas fazem lembrar
O teu rosto deslumbrante
Que eu adoro recordar
Quando o oceano se agita
Aumenta a minha ilusão
Sinto-te amor, acredita
Dentro do meu coração
Na penumbra dos meus olhos
Vejo teus lábios sorrir
Navegando em lindos sonhos
Volto então a dormir
E ao acordar lembrando
A felicidade sentida
Mesmo apenas divagando
Amar-te-ei toda a vida
Repertório de Leandro Belo
Nas ondas do mar errante
Silhuetas fazem lembrar
O teu rosto deslumbrante
Que eu adoro recordar
Quando o oceano se agita
Aumenta a minha ilusão
Sinto-te amor, acredita
Dentro do meu coração
Na penumbra dos meus olhos
Vejo teus lábios sorrir
Navegando em lindos sonhos
Volto então a dormir
E ao acordar lembrando
A felicidade sentida
Mesmo apenas divagando
Amar-te-ei toda a vida
Não me quiseste avisar
Letra e música de Luísa Sobral
Repertório de Fábia Rebordão
Não me quiseste avisar
Quando ias chegar
Entraste sorrateiro
Mas vieste p'ra ficar
Falaste dos planos
Que tinhas para nós
Que de então em diante
Não estaríamos mais sós
E eu bebi as tuas palavras
Sem saber que tinha sede
Abri-te a minha porta
Deitei-te na minha rede;
Fiz planos eternos
Sem nunca me lembrar
Que a vida também faz planos
Planeou-te levar
Não me quiseste avisar
Quando las chegar
Baralhaste a minha vida
E ela ficou no lugar
Sabias-me ao pormenor
Cada traço de cor
Hoje sei que sou metade
A outra morreu de saudade
Não me quiseste avisar
Repertório de Fábia Rebordão
Não me quiseste avisar
Quando ias chegar
Entraste sorrateiro
Mas vieste p'ra ficar
Falaste dos planos
Que tinhas para nós
Que de então em diante
Não estaríamos mais sós
E eu bebi as tuas palavras
Sem saber que tinha sede
Abri-te a minha porta
Deitei-te na minha rede;
Fiz planos eternos
Sem nunca me lembrar
Que a vida também faz planos
Planeou-te levar
Não me quiseste avisar
Quando las chegar
Baralhaste a minha vida
E ela ficou no lugar
Sabias-me ao pormenor
Cada traço de cor
Hoje sei que sou metade
A outra morreu de saudade
Não me quiseste avisar
Quando las partir
Mistério da vida
Leandro Belo / Raúl Ferrão *fado carriche*
Repertório de Leandro Belo
A linda estrada da vida
Tal como outras estradas
Tem subidas e descidas
E muitas encruzilhadas
A vida é como um rio
Que desagua no mar
Para quem viveu sem brio
Não tem forma de voltar
A solidão triste da mente
Permanece dentro de nós
Quando o amor forte e dolente
Nos consome aquando sós
Quando partem os que amamos
Sem aparente razão
É aí que nos lembramos
Que somos um, na multidão
Estarmos, porém, inseridos
Nesta nossa rude lida
É sentirmo-nos perdidos
Neste mistério da vida
Repertório de Leandro Belo
A linda estrada da vida
Tal como outras estradas
Tem subidas e descidas
E muitas encruzilhadas
A vida é como um rio
Que desagua no mar
Para quem viveu sem brio
Não tem forma de voltar
A solidão triste da mente
Permanece dentro de nós
Quando o amor forte e dolente
Nos consome aquando sós
Quando partem os que amamos
Sem aparente razão
É aí que nos lembramos
Que somos um, na multidão
Estarmos, porém, inseridos
Nesta nossa rude lida
É sentirmo-nos perdidos
Neste mistério da vida
Alfama
Letra de Jorge Rosa
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quem não acredita que Alfama é bonita
Por não ter a dita de nunca a ter visto
Que venha até cá ver o que bom há
E depois não vá a dizer mal disto
Quem ’inda duvida d’Alfama garrida
Cheiinha de vida pelo São João
Venha cá em Junho vê-la d’arco em punho
Será testemunho da minha razão
Ai Ai Ai
Que linda que Alfama vai
P'ró meu bairro não há pai
Diga o povo o que disser
Ai Ai Ai
Alfama, como vai linda
Quem ’inda a não viu, ainda
Está muito a tempo de a ver
Quem por má memória s'esqueceu da história
E jogou à glória, coisas do passado
Venha revivê-las cá nestas vielas
Pois à sombra delas muito foi contado
Quem não vê que nós somos porta-voz
De heróicos avós que a história nos deu
Venha até Alfama recordar a fama
Que nas naus do Gama mundos percorreu
Desconheço se esta letra foi gravada
Transcrevo-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Quem não acredita que Alfama é bonita
Por não ter a dita de nunca a ter visto
Que venha até cá ver o que bom há
E depois não vá a dizer mal disto
Quem ’inda duvida d’Alfama garrida
Cheiinha de vida pelo São João
Venha cá em Junho vê-la d’arco em punho
Será testemunho da minha razão
Ai Ai Ai
Que linda que Alfama vai
P'ró meu bairro não há pai
Diga o povo o que disser
Ai Ai Ai
Alfama, como vai linda
Quem ’inda a não viu, ainda
Está muito a tempo de a ver
Quem por má memória s'esqueceu da história
E jogou à glória, coisas do passado
Venha revivê-las cá nestas vielas
Pois à sombra delas muito foi contado
Quem não vê que nós somos porta-voz
De heróicos avós que a história nos deu
Venha até Alfama recordar a fama
Que nas naus do Gama mundos percorreu
Tu não tens culpa
Artur Ribeiro / Armando Machado *fado súplica*
Repertório de Adelaide Rodrigues
Tu não tens culpa não como insinua
Quem sabe o que entre nós aconteceu
Muito embora a traição seja só tua
O culpado de tudo fui só eu
Fui eu que te pintei dum modo estranho
Como nunca foste nem serás
Fui eu que ao teu amor dei um tamanho
Que tu nunca lhe deste nem darás
Fui eu que confiei dia após dia
E em ti acreditei tão cegamente
Que não acreditava no que via
Pois te pintei melhor que toda a gente
Quem pinta o que não vê sofre revezes
E arrisca-se ficar só e tristonho
Tu não tens culpa não de que eu às vezes
Pinte as minhas paixões tal como as sonho
Tu não tens culpa não como insinua
Quem sabe o que entre nós aconteceu
Muito embora a traição seja só tua
O culpado de tudo fui só eu
Fui eu que te pintei dum modo estranho
Como nunca foste nem serás
Fui eu que ao teu amor dei um tamanho
Que tu nunca lhe deste nem darás
Fui eu que confiei dia após dia
E em ti acreditei tão cegamente
Que não acreditava no que via
Pois te pintei melhor que toda a gente
Quem pinta o que não vê sofre revezes
E arrisca-se ficar só e tristonho
Tu não tens culpa não de que eu às vezes
Pinte as minhas paixões tal como as sonho
Se me deixares
António Botto / Ricardo Ribeiro
Repertório de Ricardo Ribeiro
Se me deixares eu digo
O contrário a toda a gente
E neste mundo de enganos
Fala verdade quem mente
Tu dizes que a minha boca
Já não acorda desejos
Já não aquece outra boca
Já não acorda os teus beijos;
Mas tem cuidado comigo
Não procures ser ausente
Aqui na casa branca
A vida é feita de luz
Quando el Kiko avança
Ele a todos seduz
El Kiko é uma criança
Que a todos vai trazer esperança
Quando el Kiko avança
Ele a todos seduz
Repertório de Ricardo Ribeiro
Se me deixares eu digo
O contrário a toda a gente
E neste mundo de enganos
Fala verdade quem mente
Tu dizes que a minha boca
Já não acorda desejos
Já não aquece outra boca
Já não acorda os teus beijos;
Mas tem cuidado comigo
Não procures ser ausente
Aqui na casa branca
A vida é feita de luz
Quando el Kiko avança
Ele a todos seduz
El Kiko é uma criança
Que a todos vai trazer esperança
Quando el Kiko avança
Ele a todos seduz
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