Repertório de Maria da Nazaré
O fado, esse aventureiro
Que é livre como as estradas
Pensou em ser marinheiro
E anda nas águas salgadas
Lutou em longínquas placas
Voltou coberto de loiros
Depois de amansar as vacas
Pensou amansar os toiros
E fez-se campino
Foi o forcado pimpão
Montou cavalos de ensino
Montou cavalos de ensino
E até montou o arrojão
Tresmalhou manadas
Tresmalhou manadas
Abriu os currais
E foi o rei das cavalhadas
E foi o rei das cavalhadas
Pelos arraiais
Pegou na banza, afinou-a
E como quis dar nas vistas
Andou aí por Lisboa
Atrás de fáceis conquistas
Levou fidalgos de fama
À vida de sobressalto
Já não lhe chegava Alfama
Mouraria, Bairro Alto
Pegou na banza, afinou-a
E como quis dar nas vistas
Andou aí por Lisboa
Atrás de fáceis conquistas
Levou fidalgos de fama
À vida de sobressalto
Já não lhe chegava Alfama
Mouraria, Bairro Alto