Repertório
de Miguel Xavier
Como
o silêncio do punhal num peito
O
silêncio do sangue a converter
Em
fio breve o coração desfeito
Que
nas pedras acaba de morrer
Vive
em mim o teu nome, tão perfeito
Que
mais ninguém o pode conhecer
É
a morte que vivo e não aceito
É
uma vida que espero não perder
Viver
a vida e não viver a morte
Procurar
noutros olhos a medida
Vencer
o tempo, dominar uma sorte
Atraiçoar
a morte com a vida;
Depois
morrer de coração aberto
E
no sangue o teu nome já liberto