Os meus dedos no teu rosto
Farão desenhos de amor
E os caminhos que fizerem
Os meus lábios no teu corpo
Terão da ternura o gosto
E a força que vem da dor
Um minuto è quanto quero / Para que possa tocar-te
Como quem descobre a casa / Onde sempre quis viver
Com assíduo desespero / De ser gente e dar por isso
E a furia quase rasa / De não querermos morrer
È preciso ter coragem / P'ra enlouquecer devagar
Na saudade adivinhada / Das saudades que nos comem
Vamos saír de viagem / Meu amor, por um minuto
Que è o tempo que a madrugada / Leva a ser mulher e homem