Repertório de Alfredo Marceneiro
Antes que queira não posso
Deixar o fado é morrer
É ele o meu Padre-nosso
Que eu vou rezando a sofrer
Se a minha sina é cantar
O fado, que é meu e vosso
Como é que o posso deixar
Antes que queira não posso
Sou fadista à moda antiga
Quero cantar e viver
Aprendi numa cantiga
Antes quebrar que torcer
Se o fado tem amargor
É a cantar que o adoço
Num misto de graça e dor
É ele o meu Padre-nosso
É acto de contrição
É credo que faz querer
É a mais bela canção
Que eu vou rezando a sofrer