Repertório de Fernando Maurício
Ó Lisboa donairosa
Que fizeste à Mouraria
Que anda triste e desgostosa
A soluçar noite e dia
Coitada, pobre velhinha
Decerto foste ofendida
Perdeste a graça que tinhas
Estás muito mais abatida
Se era essa a tua sina
Não te queixes de Lisboa
Querias ser sempre menina
Mas o tempo não perdoa
E numa prece singela
P’ra que seu nome não mude
Fadistas rezai por ela
À Senhora da Saúde
Mataram a Mouraria
E vai morrendo o passado
Mas ninguém pense algum dia
Que pode matar o fado