Repertório de António Mourão
Minha voz embora triste
Cumpre um destino de amor
O direito que lhe assiste
De gritar a própria dor
Nenhuma ilusão que tive
Me tornou um prisioneiro
Mesmo preso era mais livre
Mesmo preso era mais livre
Que a alma do carcereiro
Não se pode abrir o peito
Não se pode abrir o peito
E matar o sentimento
Não há força com direito
Não há força com direito
De calar o pensamento
Não há fado sem verdade
Não há fado sem verdade
Nem verdade arrependida
Nem cantador sem vaidade
Nem cantador sem vaidade
De cantar a própria vida