Repertório de Mafalda Arnauth
Tenho pouco tempo para dar como é preciso
Dizes tu... vejo eu
Tenho pouca coisa p’ra dizer, que eu sou assim
Tenho pouca coisa p’ra dizer, que eu sou assim
Mentes tu... oiço eu
Tenho que inventar mais um atalho
Tenho que inventar mais um atalho
Onde te percas até me encontrares
Ai de mim, que esta vida é um baralho
Por abrir e repartir, nem sequer sei o que valho
Sou simples triste fim
Por abrir e repartir, nem sequer sei o que valho
Sou simples triste fim
Ai de mim, ai de mim
Tenho pouca escolha nesta vida
Tenho pouca escolha nesta vida
Nem sorte à minha medida...
Choras tu
Tenho falta até do que nem sei
Mas sinto falta do que nunca dei...
Tenho falta até do que nem sei
Mas sinto falta do que nunca dei...
O quê não sei
Tenho tanto medo por rasgar tanto enredo
Por matar, antes que morra eu
Tenho tanta pedra por mexer
Tenho tanto medo por rasgar tanto enredo
Por matar, antes que morra eu
Tenho tanta pedra por mexer
Que já me dói só por saber que tem de ser
Que tem de ser... que tem de ser
Que há-de ser... que eu vou ser
Sei que ainda é cedo p’ra negar um novo dia
Sentes tu... sentes bem
Á mercê da alma há pouca calma
Que tem de ser... que tem de ser
Que há-de ser... que eu vou ser
Sei que ainda é cedo p’ra negar um novo dia
Sentes tu... sentes bem
Á mercê da alma há pouca calma
Mas há vida p’ra contar
Muito além da dor, há um lugar
Feito à medida do querer
Muito além da dor, há um lugar
Feito à medida do querer
Feito p’ra consolar
P’ra dizer que tudo o que há-de vir
P’ra dizer que tudo o que há-de vir
É medida do sentir que cada um tem
Foi simples triste fim
Foi simples triste fim
O que um dia foi em mim
Tenho urgente a vida á minha frente
Tenho urgente a vida á minha frente
Tenho pressa de ser gente, sabes tu
Num impulso, alcanças nova garra
Num impulso, alcanças nova garra
Novo pulso que há em ti rasga o ser
Tenho tanta sede e tanta fome
Tenho tanta sede e tanta fome
Pela dor que me consome
É tempo de a esquecer
Tenho horizontes por abrir
É tempo de a esquecer
Tenho horizontes por abrir
Do infinito que há-de vir
Porque eu vou ser... quem sabe, sou
É só eu querer e de tanto querer
Eu sei que sou... eu sempre fui
Porque eu vou ser... quem sabe, sou
É só eu querer e de tanto querer
Eu sei que sou... eu sempre fui