- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Canal de JOSÉ FERNANDES CASTRO em parceria com RÁDIO MIRA

RÁDIO apadrinhada pelo mestre *RODRIGO*

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
AS LETRAS PUBLICADAS REFEREM A FONTE DE EXTRAÇÃO, OU SEJA: NEM SEMPRE SÃO MENCIONADOS OS LEGÍTIMOS CRIADORES
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
ATINGIDO ESTE VALOR // QUE ME FAZ SENTIR HONRADO // CONTINUO, COM AMOR // A SER SERVIDOR DO FADO
POIS MESMO DESAGRADANDO // A TROIANOS MALDIZENTES // OS GREGOS VÃO APOIANDO // E VÃO FICANDO CONTENTES
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
6.830 LETRAS PUBLICADAS <> 2.700.000 VISITAS < > 01 MARÇO 2023
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Memórias de um chapéu

Aldina Duarte / Armando Machado *fado cunha e silva*
Repertório de Camané

Quisera então saber toda a verdade
Dum chapéu na rua encontrado
Trazendo a esse dia uma saudade
D'algum segredo antigo e apagado

Sentado junto à porta desse encontro
Ficando sem saber a quem falar
Parado, sem saber qual era o ponto
Em que devia então eu começar

Parada na varanda, estava ela a meditar
Quem sabe se na chuva, no sol, no vento, ou mar
E eu ali parado, perdi-me a delirar
Se aquela beleza era meu segredo a desvendar
Porém… apagou-se a incerteza
Eram traços de beleza os seus olhos a brilhar
E vendo que outro olhar em frente havia
Só não via quem não queria da paixão ouvir falar


Um dia, entre a memória e o esquecimento
Colhi aquele chapéu envelhecido
Soltei o pó antigo entregue ao vento
Lembrando aquele sorriso prometido


As abas tinham vincos mal traçados
Marcados pelas penas ressequidas
As curvas eram restos enfeitados
De um corte de paixões então vividas