Alta roda
Nóbrega e Sousa / António José
Repertório de António Calvário
Não me procures, nem me sigas, por favor
Mesmo que jures, que é sincero o teu amor
Não me convenço, pois nada tenho de meu
E o mundo a que pertenço é tão diferente do teu
Vem ver a rua pobrezinha aonde eu moro
Vem, porque não te demoro
Não tem muito para ver
Eu sei que a tua, fica da minha distante
E é num bairro elegante
Onde gostas de viver;
É tão diferente a tua casa, da minha
Mas a trapeira velhinha
Por nada posso trocar
Entre esta gente, estou talvez, fora de moda
E na vida da alta roda
Para mim não há lugar
Sei que onde moras, só lá vive a altivez
E não deploras, porque até gostas, talvez
No meu cantinho não há lustres nem cristais
Mas não se vive sózinho com os ninhos nos beirais
Repertório de António Calvário
Não me procures, nem me sigas, por favor
Mesmo que jures, que é sincero o teu amor
Não me convenço, pois nada tenho de meu
E o mundo a que pertenço é tão diferente do teu
Vem ver a rua pobrezinha aonde eu moro
Vem, porque não te demoro
Não tem muito para ver
Eu sei que a tua, fica da minha distante
E é num bairro elegante
Onde gostas de viver;
É tão diferente a tua casa, da minha
Mas a trapeira velhinha
Por nada posso trocar
Entre esta gente, estou talvez, fora de moda
E na vida da alta roda
Para mim não há lugar
Sei que onde moras, só lá vive a altivez
E não deploras, porque até gostas, talvez
No meu cantinho não há lustres nem cristais
Mas não se vive sózinho com os ninhos nos beirais