Repertório de António Laranjeira
Dentro da minha garganta
Há uma mulher que canta
Um fado lento e sentido;
Só para amar de verdade
E depois sentir saudade
Vale a pena ter nascido
A cidade onde desperto
Fica tão longe e tão perto
Do vão da minha janela
Que sou feliz quando penso
Que nem sequer me pertenço
Que sou feliz quando penso
Que nem sequer me pertenço
Porque faço parte dela
Gosto da noite em que canto
O amor, o ciúme, o pranto
Gosto da noite em que canto
O amor, o ciúme, o pranto
E os segredos que não digo
Sinto-me bem na cidade
Posso perder-me á vontade
Sinto-me bem na cidade
Posso perder-me á vontade
Porque me encontro contigo
No cansaço da procura
Nem a ilusão perdura
No cansaço da procura
Nem a ilusão perdura
Já tudo se esvaneceu
Percorridos os caminhos
Ficamos os três sozinhos
Percorridos os caminhos
Ficamos os três sozinhos
A cidade, tu e eu